2017
Narrator
Alguém aí já escreveu uma carta de amor? Eu nunca escrevi.
Mas Charles Xavier sim. Ele, em todos os seus 29 anos de vida, escreveu apenas uma carta de amor.
E foi para Erik Lehnsherr.
Charles se lembrava até que bem da madrugada em que ele levantou da cama, o seu sono era completamente desregulado (um dos vários sintomas da depressão que existe em todas as suas três fases), e com aquele sentimento de que ele precisava fazer alguma coisa relacionada a pessoa que ele evitava pensar na maioria das vezes: Erik.
Era estranho, mesmo tendo despertado o suficiente para controlar seus pensamentos, Charles não estava conseguindo parar de pensar em Erik.
E aquilo estava, por algum motivo, começando a deixar Charles desesperado.
“Eu tenho que fazer alguma coisa” ele pensou enquanto se transferindo da sua cama para a sua cadeira de rodas.
“Faça uma carta” ele pensou involuntariamente “Assim como da última vez”.
Charles achou aquilo uma boa ideia, então saiu do seu quarto com a intenção de ir para a sua sala no primeiro andar.
Foi um pouco trabalhoso para o telepata descer as escadas sem ajuda, algo que ele geralmente tinha todos os dias, mas, com o costume que ele tinha de se mover sozinho na maioria das vezes, conseguiu chegar no início da escadaria sem cair e morrer (embora ele desejasse aquilo).
O britânico abriu a porta da sua sala, entrou, ligou a luz e fechou a porta para ter privacidade. Ele já tinha algumas ideias na sua cabeça.
Ele se sentiu um pouco bobo quando pegou aquele papel amarelado e uma caneta, seus pensamentos era de que ele possivelmente iria precisar de mais um papel, porque com toda a certeza ele não ia escrever pouca coisa naquela carta de amor.
Ele hesitou antes de destampar a caneta e começar a escrever a saudação para Erik:
“Meu amado Erik,...”
[Dia seguinte]
— Professor, o senhor viu a Jean? — Peter entrou na sala de Charles sem bater na porta e correndo, mas o diretor já estava acostumado com aquilo.
— Se eu não me engano ela está na aula de alemão neste momento. — Charles respondeu dobrando a carta que havia sido escrita por ele — Por quê?
— Eu queria que ela me emprestasse o maior livro que ela tem.
Charles estranhou o motivo.
— É um novo desafio para si mesmo? — o europeu perguntou.
— Não, é porque tem uma aranha enorme no quarto que eu divido com o Kürt e nesse momento ele tá no sótão, ou seja, ele me no quarto deixou sozinho com a Dona Aranha!
Charles riu de leve. Podia-se dizer que Peter e suas brincadeiras, que lhe deixavam digno de ser chamado de “Jake Peralta”, eram as únicas que lhe faziam rir, mesmo que fossem só um pouco.
— Talvez você possa pegar um pedaço de tijolo tá fora. — Charles oferece pensando se aquilo era a coisa certa — Mas não quebre o quarto, Sr. Maximoff.
— Prometo, professor querido do meu coração. — Peter diz e então sai da sala correndo e fechando a porta.
Depois que Peter foi pegar o pedaço de tijolo, Charles voltou a ler as palavras que ele próprio havia escrito.
“Isso é ridículo!” ele pensou ao terminar de ler as duas folhas e as colocar do volta no envelope.
“Mas cartas de amor são ridículas, esqueceu?” outro pensamento involuntário.
Xavier apenas revirou os olhos antes de botar a cera, que ele iria usar para fechar o envelope, para derreter.
♡
N.I.:
Cap curto pq sim.
E agr eu vou voltar a vcs em 2018, a reta final...
Até lá!
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The Damned Seven Years
ФанфикApós os eventos em uma praia em Cuba, os mutantes Charles Xavier e Erik Lehnsherr começam a seguir suas vidas separadamente depois do ocorrido cujas consequências não foram tão boas, principalmente para Xavier. Em ambos os lados, progressos acontece...