Draco não sabia o porque estava fazendo almoço para quatro pessoas, já que havia apenas ele e os filhos, mas parte de si pensou que…talvez fosse uma boa ideia falar para Potter almoçar com eles. O moreno estava treinando Scorpius fazia um bom tempo, e achou que seria mais estranho só almoçar e deixar Potter ir embora, do que convida-lo. Mas isso não fazia seu nervoso ficar menor.- Lyra?
- Hum?- A menina virou rápido, se perguntando se iria levar uma bronca por ter comido um pedaço do bolo que tinha sobrado do café escondida. Mas o ômega nem tinha visto, estava distraído demais com seus próprios pensamentos, e tentando não fantasiar demais quando acabava vendo relances de Scorpius rindo enquanto jogava a bola em direção ao outro homem.
- Vai lá fora, chama seu irmão para almoçar. E…pergunta se o senhor Potter vai querer ficar para o almoço. Eu também fiz pra ele.- Tentou ignorar como sentiu seu rosto ficar mais quente ao dizer aquilo, assumir em voz alta que tinha feito mais só por conta do moreno.
A filha deu de ombros, não vendo nada de mais.
- Sim, senhor.- Ela falou sem notar o rosto corado do pai, indo em direção ao jardim. Para pessoas que não se davam bem no colégio, eles pareciam bem tranquilos um com o outro. Ela nunca ficaria assim com alguém que não gostasse.
Tinha uma menina insuportável no ano dela. Queria esgana-la toda vez que se viam, mas não o fazia, não queria acabar perdendo pontos para sua casa.
A adolescente suprimiu um riso ao ver seu irmão corado de tanto se exercitar, e com um punhado de grama no cabelo. Nott iria reclamar se visse a cena, brigaria com o pai dele por ter deixado o menino ficar todo bagunçado, mas… ele não estava ali. Isso já fazia as coisas muito mais leves. Mesmo sendo seu pai, Lyra queria que Theodore explodisse.
Sempre foi um babaca com ela e seu irmão, mas não podia perdoar um homem que fazia aquelas coisas com o próprio marido. Já tinha chorado durante a noite, tampando os próprios ouvidos com as mãos ou travesseiros, em uma tentativa desesperada e falha de não ouvir os gritos ou o choro de seu pai.
Achava que o pior era ver o resultado do dia seguinte, e saber que dormiu no quarto ao lado, e não fez nada para que Theodore parasse. Não que Draco fosse deixar, de qualquer maneira…
- Scorp! Papai tá chamando pra almoçar!- Ela falou um pouco alto, chamando a atenção do irmão mais novo, que logo saiu correndo em direção à ela. Nunca havia o visto tão energizado. Talvez fosse graças ao lugar onde viviam…
- Acho que acabamos por hoje.- Potter suspirou, tendo um sorriso tranquilo no rosto. Seus óculos estavam meio tortos e o cabelo estava mais bagunçado do que nunca, mas Draco ainda o achava lindo.
- Meu pai queria saber se o senhor vai ficar para o almoço…
- Ah.- Harry olhou surpreso para a adolescente, não esperando aquela pergunta.- Bem, se não for incomodar…
- Ele fez mais caso o senhor quisesse, de qualquer forma.
- Não precisa me chamar de senhor. Pode me chamar de Harry.
Ela assentiu, mas ele teve a impressão de que Lyra não iria o chamar de outro jeito tão cedo.
Até mesmo Scorpius, que só tinha 5 anos, teve um pouco de dificuldade em chamá-lo apenas pelo primeiro nome. Não esperava nada além dos filhos de Malfoy, os dois eram muito bem educados. Mesmo que obviamente traumatizados por conta de Nott.
Ele entrou na casa e viu que a mesa já estava arrumada, e mesmo que ele e Malfoy já fossem adultos, ainda ficou surpreso em ver o ômega arrumando tudo, literalmente cozinhado sozinho. Sempre imaginou Draco sendo servido por toda a vida.
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His Savior- Drarry
FanfictionQuando Harry aceitou a proposta de Ginny para ajudar a ensinar crianças à jogarem Quadribol, ele não imaginava que um de seus alunos faria ele reencontrar Draco Malfoy de todas as pessoas. Ele também não tinha ideia que seria quem salvaria o ômega...