His Savior- Drarry

asleep

  - Se precisar de algo, só me chamar. Ou o Ron, você já sabe.
  - Eu sei, eu sei... Boa noite, Mione'. Eu estou ótimo, não sou eu quem precisa de ajuda.
  Ela assentiu, não parecendo saber como ficar naquele ambiente. Incrivelmente, Harry estava sentindo que Ron tinha mais empatia com toda aquela situação do que Hermione, o que geralmente não acontecia.

  Não entendia o porquê de não entenderem sua necessidade em ajudar Draco. Ele estava frágil e traumatizado, precisava de ajuda. Não queria nem ver qual seria a reação dos seus amigos quando soubessem que ele e Malfoy eram almas gêmeas.

  Suspirou baixo quando a mulher saiu dali, fechando a porta com cuidado atrás de si.

  - Não precisa me encarar, Senhora Malfoy. Pode ter certeza que ela cuidou muito bem do Scorpius.
  - Não falei nada.- A loira falou sentada em uma das poltronas, sentada elegante como sempre, parando de olhar na direção de Potter, dirigindo seu olhar ao neto, que estava brincando um pouco afastado deles.
  - Nem precisa.
  Ele pensou que algum tipo de conflito iria acontecer ao vê-la se levantar, mas ela foi na direção do garotinho, se abaixando ao seu lado.

  Narcissa era um baita enigma para ele. Ela parecia fria, assim como Lucius, e Draco na época do colégio. Mas ficava doce ao lado do filho, e dos netos, aparentemente. Não sabia se ela só estava sendo assim naquele momento, ou algo do tipo, mas era bom saber que Draco tinha algum apoio além dele.

  - Tá tudo bem aqui em baixo?- Se virou para trás com tudo, ouvindo a voz do ômega soar um pouco fraca atrás de si. Sorriu de leve ao vê-lo com o cabelo preso em um rabo de cavalo alto.
  Ainda iria dizer para Draco em algum momento sobre como amava quando ele prendia o cabelo, e fazia o coração dele palpitar com algo tão simples. Malfoy tinha aquele efeito sobre si.

  Fazia coisas mundanas se tornarem mágicas.

  - Sim. E você?
  O loiro deu de ombros, não sabendo como descrever o que ele estava sentindo exatamente. Era um sentimento agridoce, ainda estava machucado de ter que relembrar tudo aquilo tão subitamente... Mas estar sendo cuidado daquela forma não deixava de fazê-lo radiante de felicidade.
  - Papai! Você acordou!
  - Oi, meu amor.- O ômega riu assim que o filho correu em sua direção, o apertando em um abraço carinhoso como sempre.

  - Que saudades que eu estava de você!
  - Mas o senhor me viu hoje de manhã.
  - É que eu te amo muito!- Draco disse após dar um beijo na bochecha do menino, que deu uma risada alta e feliz. O homem resolveu pegá-lo no colo, sabia que Scorpius já era bem grandinho, mas ignorava que ele já tinha 5 anos, e aproveitava todo tempo que podia.

  Iria segurá-lo no colo até quando fosse possível.

  - Pensei que já tinha ido embora..- O ômega comentou meio hesitante ao ver a própria mãe na sala de estar, observando a cena adorável dos dois loiros com uma expressão tranquila no rosto.
- Eu não vou sair de perto de você hoje, meu filho.
  - Mãe... A casa não é nossa.
  - Eu não me incomodo. Só se você não quiser que ela fique. Aí eu arrumo uma desculpa. - Harry chegou por trás do mais baixo, sussurrando o mais baixo que pôde. Draco teve que segurar o riso, com toda certeza. Mas tudo o que fez foi virar e sussurrar:

  "Eu não me importo."

  - Bem.... Não precisa se preocupar. Arrumamos um jeito.
  Narcissa o olhou menos esquisita daquela vez, o que fez Harry se sentir um pouco aliviado. Aquela mulher o deixava desnecessariamente nervoso.

  Deixava mesmo.

  Scorpius abraçou o pescoço do pai, se ajeitando silenciosamente, querendo aproveitar seu cheiro. Tinha percebido como ele parecia triste, e não gostava disso. Mas o menino sabia que Harry não era o culpado da tristeza de seu pai, o que era um baita alívio.

  - O que você fez hoje?- Draco não se sentia tão triste quando estava com seus filhos, do mesmo jeito que estava com o pequeno naquele momento.
  - Eu comi pipoca. E brinquei sozinho.
  - Sozinho? A Rose não quis ficar com você?- Harry perguntou, ficando bem ao lado do ômega, colocando sua mão nas costas dele com delicadeza. Narcissa, que percebeu aquele toque, ficou assistindo a reação do filho de forma discreta.