"safety"

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Draco sentiu uma dor no peito ao ver a forma que seus filhos o olharam confusos e até meio assustados quando disse que iriam precisar sair de casa.

- Como assim?

- É pela nossa segurança. É um pedido do Ministério.- Lyra parecia suspeita com aquela história, enquanto Scorpius só estava confuso. O que era um “Ministério” e por que queriam que eles saíssem de casa?

- E nós vamos pra onde??- A menina se levantou, vendo que o pai estava tirando seu irmão mais novo do lugar, o carregando no colo.

- Eu.. não sei. O Senhor Potter vai nos levar até lá, aparentemente.

- O Harry?

- Isso.- O pequeno loiro, inocente ao que estava acontecendo ao seu arredor, sorriu animado com a notícia. Gostava de Harry. Ele era divertido e gentil, costumava fazer ele rir bastante. Que nem seu pai.

Bem diferente de Nott.

Ele não era um alfa mau.

- O que ele tem a ver com essa situação toda?- Lyra sussurrou para o pai, não querendo correr o risco do alfa acabar ouvindo, caso ele estivesse perto.

- Não sei. Mas nós vamos agradecer de qualquer forma, okay?

- Isso é sobre o meu pai, não é? Ele tá solto?- O ômega ficou surpreso com a facilidade da filha em compreender as coisas. Tinha puxado a inteligência dele, infelizmente.

Queria que ela fosse pequena, para ficar tão tranquila quanto Scorpius, que não compreendia as coisas.

- Agora não, filha.. Só vamos pegar nossas coisas.- Ela não queria dar o braço a torcer, mas o nervosismo do loiro mais velho era claro, e resolveu só colaborar de uma vez. Ele já parecia uma pilha de nervos sem ela o enrolando, era melhor fazer perguntas depois.

Assim que saíram da cozinha, viram Harry, que estava no meio da sala, observando a casa silenciosamente. Era até estranho para Draco, estar na presença de outro Alfa mas não sentir medo.

Os feromônios do moreno eram controlados, e mesmo que eles não se dessem nada bem quando novos… Harry o trazia um estranho senso de segurança. O homem os olhou assim que apareceram no cômodo espaçoso, e ele pareceu meio hesitante ao abrir a boca, como se não tivesse muita certeza se deveria falar ou não.

- Quer ajuda?

- Não! Não… Nós vamos ser rápidos.- O loiro negou rapidamente, até meio ansioso em sua resposta, o que deixou Harry meio confuso, mas não disse nada. Malfoy aprendeu naqueles 16 anos que não deve esperar a ajuda de Alfas. Só de Potter o oferecer, entrou em um leve pânico.

Não podia aceitar isso.

Já era inútil o suficiente, precisava fazer algo, como sempre o lembravam.

“Você tem que servir o seu marido, Draco. Se lembre disso.”- Seus pais o lembraram nos primeiros anos de casamento, principalmente no primeiro, já que havia se passado um ano e meio após o casamento e ele ainda não havia engravidado.

Só não gostava de se deitar com Theodore.

Mas…. Ele tinha que servi-lo. Essa era sua única utilidade, como o ensinaram.

Harry acenou para Lyra, que devolveu o ato meio tímida, praticamente correndo para o andar de cima em seguida. Ele quis rir com aquilo. Ela e Scorpius eram bem diferentes.

O moreno voltou a ficar sozinho naquela sala enorme assim que os três loiros foram apressados até o andar de cima. Potter já tinha entrado em inúmeras casas e mansões naqueles anos que trabalhou como Auror, já que era necessário para fazer investigações…. Mas se tinha uma coisa diferente na casa de Malfoy, era a falta de fotografias.

His Savior- DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora