10 - Flertes

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Danía Lim

Senti que a brasileira estava bem à vontade comigo e agradeci por isso, fiquei preocupada com ela se sentir bem aqui em casa.

Peguei a sobremesa e falamos sobre assuntos aleatórios. Ela elogiou muito minha comida (mal sabe ela que foi o Drew que fez a maior parte). Disse que foi a melhor torta de limão que havia comido em toda sua vida.

- Quer conhecer o apartamento? - perguntei assim que coloquei o último talher na lava-louças.

- Adoraria. - senti meu coração acelerar com a nossa proximidade, ela estava encostada na pia do meu lado e eu igual idiota sem saber reagir ou colocar em ação meu próximo passo

- Certo, vem. - Sai da cozinha com ela do meu lado - Essa aqui é a sala de estar juntamente com a sala de televisão.

- Uau, é bem grande e a vista aqui é linda. - minha sala tem a parede de vidro, consigo ver tudo la fora mas ninguém vê aqui dentro. O sofá é grande e confortável, com uma televisão grudada na parede que imagino ter sido a maior que encontrei na época.

- Esse quadro na sala é da Frida Kahlo? - fiquei confusa, ela entende de arte também?

- Sim. Não é a original mas é uma réplica perfeita.

- É linda. O que os conservadores vão pensar se souber que você tem um quadro de uma das maiores feministas já existentes? - virou pra mim mordendo o labio e cruzei os braços

- Não vão pensar nada, eles não entendem de arte. - ela riu dando de ombros

- Aqui é um quarto que é quase um escritório, so entro aqui para trabalhar e ler.

- Que tanto de livros, ja leu todos? - perguntou passando a mão devagar sobre os livros agrupados na prateleira

- A maioria, tem uns que sao grandes então to sempre lendo um pouco. - encostei na porta observando ela reparar em todos os detalhes do quarto.

- É a sua cara. - me observou e aproximou-se ‐ é chique e culto.

- Gosto assim. - continuamos pelo corredor e mostrei outro quarto de jogos, que so tinha videogames e ela ficou encantada.

- Não sabia que você jogava!!!

- Mas eu não jogo, é quando minha sobrinha vem, ela gosta. - ela parecia animada demais para uma mulher de 25 anos - você quer jogar?

- Não, quer dizer, sim quero. Só que não agora e talvez não hoje. - saiu um pouco triste mas logo se recompôs

Apresentei o banheiro e ela adorou a banheira.

- Esse aqui é o penúltimo quarto, onde deixo as coisas da minha gatinha, e também é o de hospedes. É o mais longe do meu pois não gosto de ter minha privacidade invadida quando alguém vem aqui.

Ela entrou com cuidado para não acordar minha gatinha que roncava em um sono profundo.

- Meu Deus ela é tão linda! - susurrou pra mim e sorri - qual o nome dela?

- Lili. Achei ela na rua quando era filhotinha e hoje não troco por nada nesse mundo.

Me aproximei devagar e fiz carinho na sua cabeça.

A luz do quarto estava meio amarela e com pouca claridade.

- Pode passar a mão nela - falei baixo pra Hanna que me encarava com os olhos brilhando.

A Lili se remexeu quando sentiu outra mão fazendo carinho na sua barriga. Sorri olhando para a Hanna que estava com um sorriso genuíno acariciando meu bebê. 

- Ela gostou de você. - nem sei se estou falando de mim ou da minha gata

- E eu gostei dela. Preciso vir aqui mais vezes. - Me olhou e senti meu coração dar uma desregulada, estamos tão próximas que tenho medo dela ouvir meus batimentos.

- Você tem passa livre sempre que quiser vir. 

- Eu venho mesmo viu? - sorriu e suspirei indo até a porta.

- Vem, vou te apresentar meu quarto.

Ela olhava tudo no corredor, os quadros e as flores.

- Bem vinda ao meu cantinho. - ela pediu lincença e entrou

- Minha nossa, era assim que eu imaginava. Cores pastéis combina com você, é bem moderno.

Ela passeava pelo quarto, olhando as fotos e objetos na minha cômoda e criado-mudo.

- Duas portas? - perguntou confusa

- Banheiro e closet.

- Isso é muito chique, preciso colocar na minha casa. Meu closet é super pequeno e preciso aumentar. 

- Eu gosto de grande porque cabe tudo que eu quero. - sentei na cama

- Porra, essa cama é gigante. Eu adorei - se jogou na minha cama deitando do meu lado

Encarei seu rosto e seus pensamentos pareciam estar em outro planeta.

- Quer dormir aqui? - perguntei num impulso e ela me encarou confusa?

Droga, me precipitei. Ela vai me achar maluca.

- Quer dizer, desculpa. Eu não deveria ter feito esse pedido, foi absurdo eu s...- fui cortada

- Claro que eu quero. Só preciso de um pijama. - disse rápido e sorri mostrando os dentes

- Eu durmo pelada sabia? - perguntei e ela riu mas parou

- Pera, é serio? - engoliu a seco

- Tô brincando!!! - ri e ela soltou o ar que estava prendendo.

- Você quer ir para o ufurô agora? ta um pouco frio.

- Sim, vamos. - levantou num salto e sorri, saindo com ela

Fomos para a parte ao ar livre do apartamento e liguei as luzes do ufurô e as bolhas.

Estávamos sem reação nos encarando. Então comecei a tirar minha roupa, ela arregalou os olhos.

- O que está fazendo?

- Não podemos entrar de roupa ne? fique à vontade

Tirei meu paletó sob seu olhar no meu corpo sem vergonha nenhuma, desci minha calça da forma mais provocativa que consegui, tirei os sapatos rápido e o cropeed ficando apenas de lingerie vermelha.

Hanna me encarava e desviava o olhar para o meu corpo. Me aproximei dela e senti meus pelos arrepiarem, talvez pelo ou pela nossa proximidade, não sei dizer.

- Tira minha roupa. - disse num susurro umedecendo os lábios e encarando os meus

Meu coração está tão acelerado que parece estar em uma corrida de fórmula 1 e ele é o carro que vai chegar em primeiro lugar com uma grande vantagem sobre os outros.

Segurei a barra da sua camisa e ela levantou os braços facilitando a retirada, joguei em um canto qualquer. Sua barriga é tão chapada que consigo ver os gominhos. Queria passar a mão.

- Você malha muito? - perguntei olhando em seus olhos verdes enquanto descia o zíper da sua calça.

- Gosto de me manter em forma. - ela acabou de descer a calça e tirou o tênis

Concordei e sai do cômodo, coloquei uma música ambiente e peguei outro vinho e duas taças. Quando voltei ela ja estava dentro do ufurô, senti minha garganta secar com seu olhar carregado de luxúria.

Eu quero que essa mulher seja minha.

A cantora e a deputada conservadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora