26 - Mãe?

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Hanna Bensson

Acordei sentindo um braço em volta da minha cintura e sorri me aproximando mais do corpo da minha namorada. Me virei para olhar em seu rosto.

Seus cabelos pretos esparramados pelo travesseiro e a respiração leve como se não tivesse preocupação nenhuma. Sua boca entreaberta, ela parecia um anjo. Eu com certeza posso me acostumar a acordar com essa cena todos os dias. Ela é tão linda.

Passei meu dedo devagar no seu rosto desenhando sua pele com calma para guardar pra sempre nas minhas memórias. Passei por cima da sua boca e ela se remexeu um pouco. Dei um beijo na sua bochecha antes de me levantar e fazer minhas higienes.

Ontem enquanto eu assistia seu pronunciamento estava acompanhando a opinião das pessoas pelas redes sociais e fiquei feliz quando vi que mais de 90% das pessoas não estavam julgando mas sim apoiando e desejando somente coisas boas pra ela.

A Júlia me ligou também e conversamos enquanto eu preparava a janta, contei pra ela sobre o pedido de namoro e falamos sobre o pronunciamento da Danía que estava por todo canto. Ela não estava mais brava e sim orgulhosa e feliz por mim e pela Danía. Me cobrou um casamento e disse que quer ser a madrinha.

Eu amo minha amiga.

Fui para a cozinha preparar nosso café e pensar sobre casamento.

Será que a Danía pensa em se casar? Ela ficaria tão bonita com um vestido branco de noiva. A gente nunca conversou sobre isso ou coisas mais intimas, tipo filhos.

Quando eu tinha 18 anos um dos meus maiores sonhos era casar e com o passar do tempo, com dois relacionamentos fracassados eu parei de pensar nisso e já tinha acertado que ninguém passaria o resto da vida ao meu lado mas não sinto isso em relação a Danía.

Com ela só consigo me sentir segura e confiante.

- Bom dia amor - apareceu sorrindo e deu um tapa na minha bunda me pegando desprevenida.

Arqueei as sombracelhas e ela riu bebendo um copo de água.

- Acordou feliz hoje, hm? - te dei um selinho.

- Estou aliviada Hanna, isso parece um sonho.

- Estou amando viver esse sonho com você. - ela me puxou pela cintura e me beijou, senti um friozinho na barriga e aprofundei nosso beijo, sentindo nossas línguas dançar uma com a outra em um ritmo lento e provocativo.

Sua mão entrou por dentro do meu cabelo e a outra apertava minha cintura por baixo da camisa. Desci minhas mãos para sua bunda apertando-as com força e ela arfou entre o beijo. Senti minha intimidade reagir rapidamente e agarrei sua nuca tentando colar mais nossos corpos se fosse possível.

Ela desceu os beijos pelo meu pescoço me fazendo arrepiar.

Sua mão arranhava de leve minha barriga e a outra abria meu sutiã por baixo da camisa. Suspirei e tirei essa peça que estava nos atrapalhando.

Ela deu um sorriso safado e beijou meu seio esquerdo enquanto massageava outro, porra eu estou tão molhada.

No momento que ela foi abrir meu short a campainha tocou. Ela gemeu de frustração e eu bufei vestindo minha roupa novamente.

Ela foi atender a porta e eu tentava recompor minha respiração.

Ela chegou com um envelope na mão e abriu.

Fiquei do seu lado para ver o que estava escrito. Era um carta de demissão, pedindo para pegar todas as coisas na sua sala até o final do dia de hoje.

Ela parece não ter se importado muito e pegou o outro papel que estava la dentro. Leu com atenção.

Era um carta do seu pai. Ele disse que teve que mandar carta já que ela não o atende e nem responde as mensagens.

A cantora e a deputada conservadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora