A namorada da minha amiga

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POV Camila

Verônica me olhou incrédula, piscou algumas vezes e foi em direção ao meu sofá. Sentou-se apoiando os cotovelos em seus joelhos e afogando seus rosto em suas mãos. Apenas ficamos em silêncio, um bom tempo sem se mexer naquela mesma posição, até que tomei coragem e me aproximei lentamente. Me sentei ao seu lado e passei as mãos no seu cabelo, ela finalmente levantou a cabeça e olhou nos meus olhos.

- O que eu fiz, Mila? No que posso mudar para que você mude essa decisão?- Sua voz era firme mas triste e nesse momento eu me senti um lixo de ser humano.

- O problema não é você, Vero... - Ela me interrompe.

- Clichê, Camila! " O problema não é você, sou eu". - Ela faz aspas no ar sua voz agora saindo ríspida e rude.

- Sei que é. Mas também é a verdade, não posso ficar com você sem sentir algo. Sem te amor. - Falei esse última parte de cabeça baixa e ela levantou parecendo irritada.

- Quer dizer que você não me ama? E decidiu de uma hora pra outra? Você tem outra pessoa Camila? - Eu prontamente arregalo os olhos e começo a tentar me justificar mas nada sai e ela percebe que tem algo errado. - MERDA CAMILA!

Minha agora, ex namorada, viu que me assustei com seu grito e começa andar de um lado para o outro na minha sala. Ela parece transtornada e eu assustada, nunca havia visto Verônica assim.

- Você me traiu sua Vadiazinha. Eu aposto que foi com qualquer macho que quis te comer. No final Lauren sempre teve razão, você nunca mudou! - Ela cuspiu as palavras na minha cara, sem perceber meus olhos já estavam ardendo e lágrimas descendo pelo meu todo.

- Você não pode falar assim comigo, Vero... - Ela me interrompe mais uma vez facilmente pois minha voz sai em um fio.

- Eu falo do jeito que eu quiser, Camila puta Cabello. Eu nunca deveria ter confiado em alguém como você. Se eu tivesse escutado Lauren nada disse teria acontecido. - Ela para de falar e me encara se aproximando, eu sinto a raiva dela. Eu fui caminhando pra trás e ela cada vez mais próxima até que minhas costas colidisse com uma das paredes da sala.

- Ve-vero o que vo-você vai fa-zer? - Eu não conseguia mais controlar minha voz. Estava com medo, me tremia e chorava a cada respiração dela que batia contra meu rosto. Não parecia a Vero que eu conhecia, ela mal parecia com uma pessoa normal.

- Sua vadia de merda, você me fez de idiota e agora vai pagar por isso. - Ela rosna entre dentes e eu me arrepiou por inteiro. Num ato que julguei ser por medo rapidamente começo a falar.

- Sou vadia sim! Mas uma vadia que foi fodida por outra mulher muito melhor que você. - Levanto um pouco os pés para tentar ficar intimidadora. - Uma vadia que gozou tão gostoso que até esqueceu que tinha namo... - E mais uma vez interrompida, dessa vez por um forte tapa no meu rosto. Cai imediatamente para o lado e Verônica agarrou meu braço esquerdo com força para que eu voltasse para onde estava.

- Repete! Mas dessa vez com riqueza de detalhes e me diga quem foi a puta que te comeu. - Definitivamente não é a mesma Vero que conheci a quase um ano. Ela ainda segurava meu braço com força e com certeza ficará roxo assim como parte do meu rosto.

- Você quer que eu conte como ela me fodeu tão bem que fui atrás de mais? Ou você quer que eu conte como ela é fodidamente gostosa e mil vezes melhor que você? - Dessa vez ela deixou eu terminar para logo em seguida me acertar outro tapa, de dentes trincados e com fúria no olhar Verônica me acerta mais dois tapas no rosto. Sinto um líquido quente descendo da minha boca e vejo que tem um corte no meu lábio inferior.

- Sua vadiazinha de merda! - Exclama entre dentes.- Eu só não te bato mais por que tenho que preservar minhas mãos. Ao contrário de você, sou uma médica bem sucedida e não uma puta.