expectativa

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[...] – Faz sentido Lety, a casa do seu Fernando deve ser muito grande, o bebê de vocês teria mais espaço, teria um quarto, nossa casa é cheia de amor mas não temos espaço. Claro, se o seu Fernando estivesse de acordo… — Ela diz sorrindo e piscando para Fernando.

– Claro, seria muito, muito melhor e outra vocês poderiam ir lá a hora que quiserem.

Letícia não acreditava que ele estava entrando na onda, ela era a única ali que raciocinava? E o seu pai? Não iria interferir? Seus pensamentos correm pela sua cabeça.

– Seu Fernando, está realmente levando isso a sério?

– Na verdade é uma ótima ideia. — Ele completa.

Letícia fica boquiaberta e sobe para o quarto.

– Vocês querem tirar minha filha da minha casa? — Erasmo finalmente interfere.

– Meu velho, temos muito amor mas esse bebê vai precisar de muito mais, de espaço, de um pai presente. Não quero que minha filha vá embora, mas quero o melhor para ela e para o meu neto.

No quarto:

– Meu Deus. Imagina, morar com o seu Fernando que tortura, estar tão perto mas ter que estar tão longe, tê-lo ali e não poder tocá-lo.

Fernando sobe atrás de Letícia.

– Com licença Le- Dona lety. — Ele fala olhando ao redor.

– Então aqui é o seu quarto, pensei que jamais entraria nele. — Ele senta ao lado de Letícia na cama.

– Você já entrou aqui várias vezes seu Fernando.

– Eu? Quando?

– Nos meus sonhos.

Lado a lado, os dois encaram a parede e Fernando pega na mão de Letícia.

– Eu estraguei tudo, né?

– Sim seu Fernando.

– Eu sinto muito. — Ele diz apertando a mão de Letícia.

– Eu também. — Letícia o amava, mas com tudo que aconteceu, o orgulho cresceu em seu coração.

– Olha Lety, eu fiz tudo errado, a minha vida inteira, mas não quero errar mais, não quero errar com nosso filho. Não quero te pressionar a fazer nada mas não acha que seria bom para o nosso filho crescer vendo os pais juntos? — Ele diz olhando nos olhos de Letícia e enquanto falava apertava a mão da mesma.

Ela franze as sobrancelhas.

– Eu já entendi que não quer fazer isso como um casal, eu juro que vou tentar aceitar, mas quero dizer como parceiros. Pelo nosso bebê.

  Letícia abaixa as sobrancelhas com uma expressão de choro, aquilo a comoveu, ver o Fernando empolgado em relação ao filho deles a comovia.

– Preciso pensar. — Ela tira as mãos das de Fernando.

– Claro, não se estresse com isso, está bem? Olha, mudando de assunto, eu te trouxe outro presente.

– aí seu Fernando, não precisava.

Era uma corrente, com bonequinho, simbolizando seu bebê.

– Olha só, é um recém nascido, como não sabemos o sexo. — Ele diz animadinho mostrando os detalhes do pingente.

– Ah seu Fernando que bonitinho, eu adorei. Obrigada. — Ela sorri e lhe dá um abraço demorado.

  Fernando amava quando tinha essas oportunidades com Letícia como, abraçá-la ou de ficar a sós com ela, ele recordava dos bons tempos.

– Vamos antes que o seu Erasmo ache que estamos fazendo outro netinho. — Ele ri saindo do quarto.

– Aí seu Fernando. — Ela o tapeia nas costas.

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