o momento é agora

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[...]
– eu aceito morar com o senhor. — ela diz colocando sua mão encima da dele.

– é sério? — fernando aperta a mão de letícia.

letícia logo se toca, tira a mão e volta a sua pose de durona.

– mas… com condições. — Ela cruza os braços.

– Claro, quais você quiser.

– Não quero o senhor em cima de mim 24 horas por dia.

Fernando riu pois sabia que não o faria.

– Claro, claro com certeza. — Ele fecha a cara para que ela não fique brava.

– E nem que se preocupe tanto. O senhor tem quarto de hóspedes certo?

– Tenho, tenho sim mas porque? — Ele brinca com um dos lápis da mesa de Letícia.

– Para eu... dormir? O senhor não espera que a gente durma no seu, né? — Ela pergunta com um toque de esperança.

– Não, claro que não, dona Lety, isso nem passou pela minha cabeça. — Ele responde cabisbaixo.

Alguns dias depois. Letícia estava em sua sala passando mal, com a pressão baixa quando Fernando entrou.

– Dona Lety, a senhora está bem? — Ele se aproxima dela que está apoiada na mesa.

– Estou bem seu Fernando, minha pressão apenas baixou. — Ela senta na cadeira da presidência e em seguida corre para o lixeiro, vomitando.

Fernando pega um pano para lety limpar a boca, e ela senta de volta em sua cadeira.

– Dona Lety, por que a senhora não vem morar comigo? — Ele pergunta ficando ajoelhado na frente da cadeira.

– Eu já disse que vou seu Fernando, quando o bebê nascer.

– Não, eu estou dizendo agora.

Ela o olha estranho.

– Eu quero cuidar de vo- digo, do bebê. Eu sei que sua mãe é ótima, sabe, mas seus pais já estão quase na casa dos 70.

Letícia franze as sobrancelhas.

– Não me entenda mal, eu tenho mais disposição para ficar com você, mais energia. E seria muito divertido se você parar pra pensar.

  Letícia abriu um leve sorriso. Isso era algo sério, algo grande, morar com o homem que ela amava mas que não era recíproco era algo muito grande. Mas Fernando tinha razão, ela não queria ser um peso para seus pais, ela sabia que não era, mas eles já não estavam mais em condições.

– Sabe seu Fernando, o senhor tem certeza disso? Não quero ser um peso. — Ela fala levantando da cadeira e se apoiando na frente da mesa roendo as unhas.

– Não! Claro que não Le- Dona Lety — Ele se tapeia, seguindo ela. Ele estava nervoso pois era possível que Letícia aceitasse.

Ele não queria que ela se sentisse pressionada.

– Você indo agora, seria bom para você se adaptar com a casa, assim quando nosso bebê nascer você já estará bem adaptada.

  Letícia sentia seu corpo estremecer quando Fernando falava "nosso bebê" ela não queria aceitar que havia gostado da ideia.

– Tem razão, assim podemos trabalhar mais pesado também.. — Ela dá uma desculpa.

– Então, você aceita? — Ele se anima um pouco demais.

– Sim, mas…

– lá vem. — Ele dá revirada de olhos.

– Você terá a missão — ela faz uma pausa dramática—

– De falar com meu pai.

– Eita o seu Erasmo… — Ele pensa um pouco.

– Certo, eu aceito.

– Jura? Terá coragem?

– Sim dona Lety, eu sou um homem muito corajoso, não percebe? — Ele diz, prensando ela na mesa.

– Claro, muito, muito corajoso o senhor é.
— Ela diz se movendo para trás, Fernando fica perto demais, os dois ficam encarando os olhos e os lábios um do outro. Quando eles estão prestes a se beijar, Thomas entra de supetão na sala e os dois se separam rápido. Letícia revira os olhos como se agradecesse a Deus.

– Que clima pesado aqui dentro. — Thomas diz olhando estranho para os dois.

Fernando vai para sua salinha e Letícia fica conversando com Thomas.

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