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Mayla.

Eu tenho certeza de que são eles, consigo ver especificadamente o piercing na boca e as pontas loiras dos dreads. De repente o suposto Tom Kaulitz percebe meu olhar sobre ele e abaixa um pouco seu óculos de sol e consigo ver seu olhar, É ELE MESMO!

Arregalo os olhos e fico paralisada, por um momento eu iria deixar de lado esse grupo "suspeito" e ir embora, e não é coincidência que eles estejam aqui no mesmo dia que eu, é?

Tom faz a mesma expressão que eu, tenho certeza de que ele está disfarçado das fãs malucas. Ele faz um sinal com a mão pedindo para mim não gritasse ou falasse, eu apenas estou tentando não surtar. Agora não sei oque fazer, eu e Eve terminamos nosso lanche e ela está pedindo para irmos embora mas eu não posso sair daqui sem um autógrafo. Pego um pedaço de guardanapo faço um avião de papel e jogo até ele, para ele autógrafar é claro.

— Mayla! oque você tá fazendo?! - Eve pergunta sem entender o porquê da minha ação.

— Eu tô pedindo um autógrafo, ué.

— Desse jeito?

— Sim e eu espero que eles tenham caneta.

Vejo o papel voar para minha mesa novamente, abro-o cuidadosamente e vejo a assinatura dos quatro integrantes de Tokio Hotel ali, Gustav, Georg, Tom e Bill. Eu ganhei na vida, agora posso morrer em paz, estou me contendo para não surtar com isto, nunca me ocorreu e saber que muitas meninas matariam por isso me trás um sentimento ótimo.

Levantamos para ir embora e passei devagar ao lado da mesa deles e Bill faz um joinha pra mim em agradecimento. Eve caminha rapidamente à minha frente nem ligando para a presença da banda ali, ela não sabe o que tá perdendo..

[...]

Depois de 1 hora de caminhada chegamos em casa, Eve disse que irá passar a noite em minha casa e apenas concordei, não preciso alertar meus pais pois eles sempre deixam já que gostar da influência da Eve. Eu não diria que ela é uma boa influência mas é minha melhor amiga.

Estávamos deitadas na cama assistindo um filme qualquer que Eve colocou, suspense, eu diria. De repente ela recebe uma chamada.

— Desculpa Mayla, minha mãe quer que eu vá á um jantar de família, quem sabe eu pule sua janela de madrugada e venha dormir com você. - Eve da uma piscadela soltando uma leve risada.

— Tudo bem, vá lá e se tiver um primo ou tio bonitão é pra me mandar uma foto. - ela assentiu, pegou sua mochila e foi para o outro lado da rua se arrumar.

Eve.

Vou para minha casa que fica do outro lado da rua e assim que abro a porta da frente escuto meus pais brigando por que um demora mais pra se arrumar, andei rapidamente para meu quarto subindo as escadas, tranquei a porta e parei um pouco para respirar. Eu tenho menos de 1 hora para me arrumar e eu não posso contrariar meus pais dizendo que não quero ir, eu iria ouvir bastantes coisas. Abro meu guarda roupa em busca de um vestido formal para a festa e nada, até que vejo um vestido no fundo do armário, é meu vestido de formatura do fundamental...

Este vestido é tão vulgar que quase fui barrada na entrada da formatura pois acharam que eu era uma garota de programa, ele é de couro, preto e totalmente colado no corpo com uma fenda entre os seios, não, definitivamente não. Em busca de outro eu acho outro vestido preto, totalmente diferente eu diria, ele é mais leve, se estende até as pernas com uma fenda na perna direita, tem um decote não tão grande e não tão pequeno e é tomara-que-caia, perfeito. Deixo meu cabelo solto, passo sombra, lápis de olho e um salto preto com brilho.

Desço indo direto para o carro esperar meus pais entrarem, já estamos atrasados.

[....]

Chegando no local, vimos bastante carros estacionados na frente e o salão é alugado então provável que seja chique, de repente na hora de estacionar meus pais começam a discutir.

— Estaciona o carro ali, não tá vendo que tem vaga? - minha mãe diz apontando pra um lugar no meio de dois carros.

— E você não vê que não cabe não? – meu pai fala batendo as mãos no volante.

— Cabe sim, você que tá com preguiça de estacionar. - mãe responde.

— Se eu bater meu carro por tua culpa, tu vai pagar. - meu pai diz irritado indo pra vaga que minha mãe localizou.

Até que ele estaciona e cabe certinho, saímos do carro e adentramos o local, estava cheio mas cheio de pessoas chiques, nem parece que metade dessa gente são meus parentes pois não conheço a maioria, aqui há tios e tias de terceiro grau, primos de tataravós, e todos reunidos apenas para saudar nosso sangue e a família. Um grupo de pessoas de aproximam de meus pais e eu dou este tempo para sair um pouco, sim, eu acabei de chegar e tenho que sair, eu adoro beethoven mas isso tá um saco.

Aproveito que não há ninguém por perto e acendo um cigarro, dou uma tragada, seguro e depois solto dando um suspiro de leve.

— Proibido fumar, moça. - escuto a voz de um garoto atrás de mim.

— Ah droga, desculpa. - me viro para ver quem estava atrás de mim.

Era um garoto de dreads, com um olhar marcante e um piercing na boca, bem bonito eu diria, no rápido momento que olhei para ele já percebi a tamanha beleza, ele está de terno perto com as mãos no bolso de sua calça.

— Desculpa, você é segurança? - pergunto a ele.

O garoto se aproxima de mim e consigo ver de perto seu rosto, ele para em meu lado e da uma pequena risada mas ainda sem olhar para mim.

— Não, eu só estava brincando. - seu sorriso de lado é lindo.

— E você me fez apagar meu cigarro atoa? Afinal, quem é você? - pergunto arqueando a sombrancelha em indignação por ter apagado meu cigarro.

— Tom.

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Só pra dizer mesmo, eu tenho o mesmo piercing do tom.

𝐃𝐨𝐧'𝐭 𝐇𝐮𝐫𝐭 𝐌𝐞 | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora