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Eve.

— Bom, vamos deixar vocês a sós para se conhecerem melhor.

Nossos pais saem e ficam apenas eu e os dois irmãos, o ar estava meio estranho e eu não sei se deveria falar algo para quebrar o galho, quando abro minha minha boca para dizer algo, Bill fala.

— E então...vocês já se conhecem? - Bill pergunta.

Claro que eu não vou falar da primeira impressão que tive de Tom, ou a situação que tivemos a algumas horas atrás, o que me resta é mentir.

— Não. - eu respondo e eu e Tom falamos em uníssono.

— Sim.

Não sei que ele está tentando enganar, se ele chama aquilo que aconteceu antes de se conhecer, então está ficando louco, não estou interessada em saber dele assim como provavelmente ele não está interessado em saber de mim.

— Não, nós não nos conhecemos. - respondo.

— Olha, gatinha, eu diria que nós conhecemos a algumas horas atrás. - Tom diz mexendo em seu piercing com a língua com um sorriso ladino.

Eu mal conheço o garoto pra ele estar me chamando de "gatinha" que intimidade toda é essa? Já estou com vontade de ir embora. Nós ficamos nos encarando por alguns segundos e Bill notou que estava sobrando ali.

— Eu acho que..eu vou ali pegar uma bebida. - Bill diz saindo de nossa frente, claro que foi um pretexto pois o clima estava ruim.

Eu não o conheço, logo de primeira já não fui com a cara de Tom mas percebi que seu irmão gêmeo é totalmente ao contrário dele, é mais calmo, nos poucos minutos que ficamos ali em meio a multidão de pessoas dançando e bebendo, Bill era o que estava tentando cortar o clima ruim.

— Eu não sei quem você é e não temos intimidade pra você chegar me chamando de "gatinha".

— Devo te chamar de "feinha"? aí eu estaria mentindo e você me conhece, só está se fazendo de difícil.

— Eu realmente não sei quem você, além de ser meu primo por parte de tataravô e seu nome ser Tom, mais que isso eu não quero saber.

Dou as costas e saio a procura de meus pais pois já passou da hora irmos embora porque amanhã tenho aula.

— Logo você vai saber! - ele grita e sua voz sai abafada por conta da música e vozes.

Não acho que ele seja tão carente pra querer me irritar ou chamar minha atenção desse jeito, além do mais, eu tenho namorado, não vou deixar outro alguém me paquerar. Acho meus pais e peço para ir embora, os dois assentem e saem em busca do carro pois se esqueceram onde estava, até que finalmente acham.

— Eu falei pra anta do seu pai que estava por aqui! - minha mãe fala pra mim apenas para que meu pai ouvisse.

— Entra no carro logo mulher, se não eu já te deixo aí e tu vai de táxi pra casa. - meu pai responde e nós entramos no carro.

Eles ainda discutam sobre coisas inúteis, minha mãe puxou assunto comigo sobre o casamento e como foi com Tom e Bill, obviamente tive que mentir se não estaria ferrada. Chegando em casa, faço minha rotina noturna, banho e cama.

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𝐃𝐨𝐧'𝐭 𝐇𝐮𝐫𝐭 𝐌𝐞 | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora