"Positivo."

112 13 2
                                    


Sasori andava incansavelmente pelas ruas, até se acomodou no banco de uma praça vazia. Bufou cansado e angustiado pelo ocorrido, por fora seu cansaço era visível e por dentro ele lutava contra um desespero amedrontador que o assustava a cada hora que passavam, afinal, haviam se passado 2 dias desde o desaparecimento.

Seu celular vibrou em seu bolso, e mesmo querendo ignorar, atendeu contra seu gosto.

- Fala Konan.

- Você tem que vir aqui agora! - Sua voz soou receosa.

- Não dá ainda tô distribuindo folhetos...

- É urgente, Sasori, é sobre ele. - o interrompeu.

- O que é, o que você descobriu?

Konan encerra a ligação deixando o ruivo preocupado. Sem opção ele se apressa até sua moto e vai em rumo a casa.

Chegou sem bater na porta encontrando a garota no sofá, aparentemente preocupada lendo uns papéis.

- Foi uma falta de educação desligar na minha cara!

- Senta aí. Eu tive que ir buscar os exames de sangue que Deidara havia feito semana passada, e os resultados são complicados.

- O que ele tem?

- É que...

- Só fala, Konan!

Ela ficou nervosa, e segurou os papéis se aproximando dele.

- Você sabia que o Deidara é hermafrodita? Sasori, o exame atestou positivo para gravidez.

O ruivo a olhou incrédulo, mas que absurdo era aquele?

- Que merda você tá falando?

- Isso é sério, Sasori, mas achei que ele já havia te contado.

- Isso não existe, Deidara é um homem! Olha só, eu não tenho tempo pra brincadeira okay, tchau pra você.

Saiu mais estressado do que nas últimas horas, e Konan ficou perplexa com a atitude, mas não julgou.

[...]


Vidrado no computador, Obito escolhe sua próxima vítima com muita cautela e dessa vez, não era o tipo de pessoa que costumava fazer parte de sua tabela.

Midory Hakui, jovem de 17 anos preso por estupro e feminicidio, quitará sua sentença em dois dias desde que estivera no reformatório para menores infratores há 3 anos. Jovens como ele, Obito costumava deixar com as autoridades, mas nem sempre via que mereciam misericórdia, além disso, precisava com urgência de uma mercadoria nova e fresca.

E esses lhe rendia uma boa recompensa.

Fechou o aparelho e levantou-se de sua cadeira, estava trancado no escritório subterrâneo desde a noite anterior, isso porquê passou metade dela cuidando de Deidara enquanto estava inconsciente.

Deixou o cômodo indo até ele para ver como estava, entrou no compartimento e abaixou-se ao seu lado.

Por causa de sua teimosia e fraqueza pela a falta de alimento, teve que lhe por um soro enquanto dormia, ajudando até em sua aparência pálida.

Ele conhecia como Deidara levava suas palavras ao pé da letra, então se tivesse que ser mais autoritário para impedir que ele acabasse consigo mesmo, ele seria.

Seus olhos se abriram mais descansado e tentou se levantar.

- Cuidado, não pode fazer muitos esforços.

Síndrome de Estocolmo (Tobidei)Onde histórias criam vida. Descubra agora