Síndrome de Estocolmo (Tobidei)

Primeira tentativa.

Obito entrou no bunker muito tenso, as palavras de Konan não saiam de sua cabeça.

Uma vez que parou em frente ao compartimento de Deidara, olhou para ele ao mesmo tempo em que era encarado com desprezo.

Seus olhos lentamente desceram para a barriga ainda não visível dele, e fechou os olhos afim de ignorar aquele novo problema.

— O que é dessa vez?

Perguntou incomodado pelo encaro do moreno, se analisando discretamente para ver o que tinha.

— Nada.

Respondeu seco seguindo seu caminho para a sala mais a frente. Uma mensagem fez ele para de pensar um pouco, e subir para o térreo ao encontro de Hidan.

— Conseguiu o que eu pedir?

Ele sorriu concordando, e estendeu as mãos na direção atrás de Obito.

— Aqui está, seu clone.

Obito deparou com o mesmo homem com qual foi confundido na delegacia, e embora estivesse curioso a respeito das suas semelhanças, foi direto ao ponto.

— Obito também, certo?

— Assustado comigo? — perguntou sarcástico enquanto sorria travesso.

— Nenhum pouco, pode ir, Hidan, te chamo se precisar.

Ele saiu os deixando a sós, Obito analisou seu sósia dos pés a cabeça apenas para confirmar a semelhança e se podia usá-lo para o que pretendia.

— Fala aí, não vai me dizer o motivo de ter me tirado da cadeia?

— Não; você está aqui unicamente para me fazer um favor, pode considerar um agradecimento em troca da sua liberdade.

— Primeiramente, quatro olhos, não pedi que me tirassem de lá, e muito menos vou agradecer com favorzinhos, então com sua licença, eu tô vazando.

Deu as costas indo em direção a porta ajeitando o capuz da jaqueta, mas ao girar a maçaneta viu que estava trancada e o tilintar das chaves foi ouvido atrás de si.

Obito as guardou em seu bolso e foi até ele muito seguro da sua atitude, tirou os óculos e abusou da confiança colocando-o no rosto de seu sósia.

— Você ainda não entendeu, mas vou te dá a chance de escolher; assim que atravessar essa porta terá uma arma apontada para sua cabeça, mas se ficar, será útil alguma vez na sua vida trabalhando pra mim. O que vai ser?

O sorriso sarcástico desapareceu da cara do homem, e provocado pela provocação ele tirou o óculos e quebrou em sua mão sentindo o vidro perfurar levemente sua palma.

— Agora sou eu que vai te dar duas escolhas, pula fora do meu caminho ou experimente me testar pra ver o que te acontece.

Obito fingiu surpresa, fez sinal de rendição e recuou um passo se colocando na defensiva; percebeu que seria fácil perder o controle da situação com ele e por isso estendeu sua mão em cumprimento, na tentativa de recomeçar novamente.

— Okay, nós exageramos, vamos fazer assim, esquecemos tudo e começamos outra vez beleza?

Seu sósia tinha a "cara" de ser mais esperto, pelo menos Obito achou que não o compraria com aquela conversa, mas o que ele não imaginava era que o homem fosse aceitar tão fácil a sua proposta, portanto pensou: ou ele era realmente idiota, ou estava se fazendo para entrar no jogo, dessa forma ele decidiu que a melhor opção era se prevenir agindo por impulso.