Síndrome de Estocolmo (Tobidei)

Corrida contra o tempo.

Deidara Point of View*

Ele já não estava mais na chácara quando acordei na manhã seguinte. E com isso sentir o clima um pouco diferente do habitual.

Demorei decidir se sairia do quarto ou não, e depois de debater tantos motivos comigo mesmo, fui até a porta para sair, mas ela estava trancada.

Será que essa seria mais uma de suas atitudes drásticas? Então pelo visto ele não está totalmente seguro tendo que me deixar a soltar por aí quando eu quisesse.

Quanta idiotice! Eu vou mesmo ficar trancado aqui até ele voltar!?

Recuei os passos para longe da porta, mas assim que virei ouvi muitos passos no corredor, pareciam afobados e não era de uma única pessoa. Alguns minutos se passaram, então alguém abriu a porta deparando comigo bem na sua frente.

- Oh, você já acordou.

Era Dixon, seu rosto começava a brilhar um pouco por causa do suor, enquanto ele respirava meio pesado.

- Por que fui trancado aqui?

- Eh, então...foi só por uns minutos, você não vai ficar trancado.

- Que barulho foi esse aí fora? - estreitei os olhos desconfiado.

Ele olhou para os dois lado no corredor e abriu mais a porta me dando passagem.

- Você tem que descer para o café, vamos?

Apontei para o corredor perguntando silenciosamente se tinha alguem lá, mas ele negou com a cabeça.

- Então porquê está tão nervoso!?

- Nervoso? Não, não estou; nós só estavamos mudando uma coisa de lugar.

- Que coisa?

Ele hesitou, desviou o olhar indo para fora parecendo incomodado.

- Vem, vamos descer.

Sair inconformado passando por ele; a casa parecia mais movimentada do que antes, a cada 10 passos eu trombava com funcionários passando por mim como vulto.

- Quem está responsável por tudo isso? - perguntei ao cozinheiro, aproveitando sua passagem pela sala de jantar.

- Eu. - Disse a assombração de Sora, puxando a cadeira na minha frente para se sentar. - Pode ir Hamura, obrigado.

Me mexi incomodado em meu lugar, será que além de não ter sossego e iria ter que aturar esse capacho!?

- Wow, você não parece muito feliz, mas devia estar sabe porquê? Eu posso ser uma boa companhia e um pouco mais amigável que o Obito.

- É mesmo? Que alívio, quase me desesperei pensando que não teria com quem contar.

- Viu, conseguimos nos dar bem quando queremos.

Tomamos da bebida nós encarando como se víssemos a coisa mais insignificante na nossa frente; bom, eu pelo menos me salvava.

- Sabe, agora que eu tô com essa responsabilidade temporária, eu pensei em fazer algumas mudanças.

- Eu ficaria mais surpreso se não fizesse.

- Não fique tanto, não é todo dia que você pode desfrutar de certos privilégios, e o meu é ter o controle absoluto de tudo isso, sem ninguém pra me dizer o que eu posso ou não fazer. Então pra começar, vamos pensar na sua situação primeiro; você deve ter se divertido muito com essa liberdade que Obito te deu, não é? Mas agora que ele não está aqui, você não tem mais permissão para passear por aí como bem entender; até porquê vai ser um porre ter que te encontrar a cada 3 passos dentro dessa casa; por isso depois desse café eu quero volte para aquele buraco, até que eu decida mudar de idéia. Segundo, as suas refeições serão entregues lá, e só para assegurar que você não tente nenhuma gracinha vou colocar guardas na sua porta 24 horas.