Antes do amanhecer, Obito plastificou os retalhos em pequenas bandejas de isopor, quem visse pensaria que era bifes direto do açougue, não que ele não tratasse de certa forma. Colocou as mesma dentro de uma caixa e separou na bancada.Os membros mais difíceis, como a cabeça, e medula espinhal, triturada em cinco partes, foram mergulhadas no ácido sulfúrico dentro de um recipiente de vidro. Este que tinha ligação direta com a linha de encanamento da residência.
Limpou o ambiente com álcool e água sanitária, organizou, e então saiu levando consigo somente a bag.
Passando de forma direta em frente a sela, cujo o loiro estava, Obito para seus passos ao perceber uma leve movimentação. Parado a 3 passos mais a frente do compartimento, ele espera ter certeza do despertar de Deidara, contando com um próximo deslocamento.
Ouviu seu grunhido baixinho, a medida que se mexia sob o colchão, fazendo com que o coração do moreno batesse em seu peito com violência, e mesmo assim ele parecia completamente imóvel.
— Mas o quê...? – Deidara resmungou baixinho.
Um pouco mais lúcido ele levanta vasculhando cada canto da cela com os olhos. Estranhou, julgou, e por um breve momento, se assustou por está em um lugar desconhecido. Então ele reparou suas condições, e se aproximou da grade ainda tentando ver onde exatamente estava, o que foi envão já que tudo o que via era somente um corredor azul com uma iluminação amarelada.
— Que droga é essa? – reclamou conseguindo enchegar o final do corredor esquerdo, e quando foi checar do outro lado, recuou seus passos ao deparar com um homem de costas, ao lado de uma bag.
Contraiu as sombrancelhas sem entender, mas juntou coragem para perguntar.
— Quem é você!? Por quê eu estou aqui!?
Ele não respondeu. Já agoniado, Deidara se reaproxima da grade segurando as barras.
— Eu perguntei o que estou fazendo aqui!
O silêncio fez o loiro entrar num estado de alerta sobre aquele "indivíduo", embora ele estivesse começando a sentir um pequeno apavoro dentro de si, ele preferiu agir sobre sua indignação e raiva naquele momento.
— Olha aqui, eu não vou perguntar mais uma-
Se interrompeu ao ver aquele rosto famíliar, cresceu os olhos em pura surpresa. Obito, por sua vez, deu segundos passos na direção do loiro mantendo uma distância de meio metro dele.
Com as mãos afundadas nos bolsos, ele analisa Deidara dos ombros pra cima, notando uma leve marca no pescoço e nas bochechas próximo a boca, repreendeu-se mentalmente na mesma hora pelo exagero.
— O-obito?
Sua surpresa era estável, mas ele parecia mais curioso em querer saber o porquê de está ali, naquele lugar.
— Obito, o que é isso? Onde eu estou? – perguntou com pesar.
Sem respondê-lo, Obito permanece calado tentando achar as palavras certas para não assustar ainda mais Deidara.
— Responde! Que lugar é esse, porque eu estou aqui? Porque você está aqui?
O moreno procura se manter tranquilo sobre aquela situação, a verdade é que e ele conseguia agir normalmente na frente dos outros, mas com Deidara, ele sempre ficava tímido ou até mesmo atrapalhado.
— Eu.. trouxe você aqui.
A interrogação na cara do loiro foi visível, ele não entendia por que e nem porquê?
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Síndrome de Estocolmo (Tobidei)
FanficQuase todo mundo tem um amigo esquisito, e Deidara tinha Obito, mas que por ele foi sequestrado e mantido em cativeiro por cinco anos. Mas a pior parte, além do exílio, foi ter que lutar contra os sentimentos que estavam surgindo por ele. Obs: A his...