Terror!

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Deidara voltou pra roda, e logo depois Obito, mas com aquela tensão no ar.

Eles tentavam se envolver na conversa para esquecer o ocorrido, mas não conseguiam cada vez que trocavam olhares.

— Alguém tá afim de ouvir histórias de terror? – Hidan perguntou, esperando uma mão levantar.

— Eu detesto histórias de terror, é uma mais sem graça que a outra. – Sasuke se pronunciou, expressando todo o seu tédio com o novo assunto.

— Eu quero contar uma, mas não é história, é fato! – Itachi se pôs de pé, encolhendo as mangas da jaqueta. – O caso recente do Canibal de Yokohama, ficaram sabendo que desde a quinta feira passada outra vez encontraram uma mala com um corpo dentro? e não era de ninguém menos que o de Mike Takare, sabe aquele agiota caloteiro? A polícia acha que ele foi mais uma vítima daquele assassino.

— É eles desconfiam por o quê cara tava sem as panturrilhas e os músculos das coxas. – Completou Sasuke.

— Mas esse cara não só matava estupradores? – Konan perguntou, Itachi refletiu sobre a pergunta e encarou seu irmão, então o Uchiha mais novo respondeu:

— Sim, mas vai saber o que esse tal do Mike aprontou, além de que a última vítima foi encontrada nas mesmas condições. O fato que mais choca, é que ele sempre sequestra suas vítimas, tortura, e come seus pedaços enquanto elas assistem ainda vivas. Então depois ele faz o que bem entende do corpo, não se sabe exatamente o número de vítimas, mas eu duvido que sejam poucas.

— Sabe eu não julgo, até acho que esse tipo de gente deve pagar pelos seus podres. Eu sou fã desse cara. – Disse Hidan outra vez, ignorando os olhares de reprovação dos amigos.

Depois de Itachi foi a vez de Pain levantar para contar uma história, embora a maioria tivesse atenta, Obito em nenhum momento ouviu o que eles tanto conversam, se sentia excluído, afastado, com a cabeça muito longe dali, e quando finalmente caiu em si, ele olhou outra vez Deidara abraçado com o namorado do outro lado da roda, a cena o quebrou por dentro, dilacerou a dor em seu peito aumentado gradativamente a cada segundo que continuava a encarar. Então sentiu seus olhos arderem, e pensando na humilhação de chorar na frente de todos ele se pôs de pé interrompendo a história de Pain.

— Eh... Desculpa pessoal, mas eu tenho que ir.

— Já!? – Pain disse com indignação.

Ele acentiu colocando a bebida em cima do banco, pediu licença e se foi sem fazer falta a ninguém, exceto para o loiro.

Para Deidara aquela festa já não tinha tanta graça, eles prosseguiram aumentando a música e dançando pelos próximos 40 minutos.

O celular de Deidara vibrou e ele atendeu se afastando dos amigos e do som alto, foi para os fundos do clube quando de repente, uma queda de energia parou toda a festa.

O murmúrio alto tomou conta do salão, os meninos ligaram seus celulares e procuraram por velas ou qualquer outra coisa que iluminasse todos o bastante.

— Deidara! - Sasori gritou pelo loiro.

— Ele foi pra cozinha atender uma ligação. – Itachi comentou.

O ruivo foi atrás dele com a ajuda do celular, e os irmãos Uchihas atrás do disjuntor geral.

Após dois minutos ele volta revirando o salão com olhos, atrás de Deidara.

— Ele não tá na cozinha.

— Está sim, eu vi ele atendendo o celular e indo pra lá.

Síndrome de Estocolmo (Tobidei)Onde histórias criam vida. Descubra agora