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Ele não conseguiu pregar os olhos nem por um instante, a noite foi muito longa e com certeza amedrontadora para Deidara.

Já Obito estava como uma pedra deitado no chão ao lado dele, o loiro se pôs sentado no colchão e passou a encara-lo.

Seus olhos de repente pousaram no bolso da calça do moreno, a chave deveria está lá. Naquele momento ele se afundou em tantas ideias, que por mais parecessem boas, todas tinham um final terrível e esse era seu medo.

- Não. - sussurrou baixinho para si mesmo negando toda a tentação que lhe veio. - Mas...

Era assustador e ao mesmo tempo idiotice não fazer nada. Ele só precisava ter certeza de que Obito estava mesmo em sono profundo, e fez isso dando leves cutucadas em seu braço e rosto.

Quando confirmou esperou até 2 dois minutos juntando coragem para se mexer, foi cuidadoso, silêncioso e meticuloso demais em todos os movimentos; e finalmente estava com a chave na mão dentro do bolso de Obito; Só que o imprevisto aconteceu quando ele sentiu a mão segurar seu pulso de repente.

Ele arregalou os olhos assim que o encarou e viu que Obito também o olhava. Tentou puxar a mão de volta mas o moreno manteve sua força.

- Você quer as chaves?

Pelo nervosismo Deidara negou rapidamente com a cabeça, mas era tarde.

- Você não aprende mesmo, isso me faz lembrar da última vez em que você foi tão rebelde.

Levantou-se indo abrir a grade, deu espaço e esticou o braço indicando a passagem livre pro loiro.

- Venha; não quer sair?

Deidara voltou para o canto da cela, ele sabia que aquele não era um bom convite.

- Eu falo sério, venha pra fora.

- Pra quê, pra você me espancar como ontem!?

- Eu não vou pedir duas vezes, ou saia agora ou ficará aí o resto do dia!

Ele saiu muito apreensivo, sempre mantendo aquela pequena distância por precaução.

Assim que Obito fechou a cela vazia, o sósia apareceu naquele corredor; sua aparência não estava nada agradável foi como se estivesse vindo de uma guerra.

- Quê que é isso; de que buraco você saiu? - perguntou irônico.

- Vai a merda eu quase morri pra conseguir isso!

Jogou o envelope sobre Obito ainda revoltado com sua situação. Ele puxou duas fotografia de dentro do envelope analisando cuidadosamente, e no fim as entregou para Deidara.

- Veja só. Consegue imaginar que é você? Porque eles conseguem.

Ele não resistiu rir de satisfação, e a cara do loiro foi de puro desgosto.

- Q-quem é esse? Porquê você fez isso com ele?

- Não liga, esse maldito merecia coisa pior; pelo menos morreu sendo útil.

Deidara negou com a cabeça sem tirar os olhos da imagem onde pequenas partes de um corpo, provavelmente esquartejado, estava carbonizado, ainda se via requicios queimados da sua fantasia que usava no dia em que desapareceu.

- Como pode! - Aquilo revirava seu estômago, a vontade de vomitar começava ser quase inevitável.

- Tá bom, chega. - disse puxando as fotos e dando-as para seu irmão. - A essa altura já devem estar periciando, logo sai a confirmação.

Síndrome de Estocolmo (Tobidei)Onde histórias criam vida. Descubra agora