Capítulo 25

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PERSEUDois meses depoisO dia está bem quente, igual ao meu humor ultimamente, acho que nunca estive tão irritado como me encontro, a vontade é sair detonando todos ao meu redor

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PERSEU

Dois meses depois


O dia está bem quente, igual ao meu humor ultimamente, acho que nunca estive tão irritado como me encontro, a vontade é sair detonando todos ao meu redor. A garçonete passa e sorri com flerte para mim, reviro os olhos, e ela perde o brilho, melhor assim, não estou a fim de papo com gente oferecida. Principalmente porque me sinto comprometido, mesmo que a Zoe não pense assim, somos um casal e logo estaremos juntos, e eu não consigo pensar em nenhuma outra mulher ao meu redor. Aquela desgraçada partiu levando minha alma, dois meses que busco seu paradeiro, mas parece que ela sumiu do mapa.
Nem Emma, que é a melhor nisso, consegue encontrá-la, ela não mexeu nas suas contas e nem acessou e-mail ou rede social, fez o trabalho direitinho de sumir. Quando eu a encontrar, vou levar um dia inteiro dominando aquele corpo delicioso, ela vai aprender a não sumir assim.
Inferno!
— Mais uma bebida, senhor?
Ela parece que não vai desistir, estou com paciência zero ou abaixo disso, igual ao inverno na Antártida, olho de lado para ela, que sorri toda coquete, sem querer entender o recado do meu foda-se.
— Sou casado e não gosto de mulheres oferecidas!
— Eu...
— Procure quem esteja interessado. — Viro o resto do drink e ponho umas notas no balcão, tenho um encontro com alguém que pode esclarecer umas dúvidas minhas. — Se valorize e procure alguém que goste de verdade de você, não suma no mundo sem deixar pistas.
— Seu grosso! Maluco!
— Já me xingaram de coisa pior!
Passo por ela e vou embora do local. Onde pretendo ir, fica do outro lado da rua, só atravesso e espero a chegada do babaca que acha que pode me enganar com os esquemas deles. Avisto-o atravessar o local e ir direto para o banheiro privativo da quadra de tênis. Essa turma vive uma vida dupla interessante, joga tênis, almoça com a mãe aos domingos, tio preferido, como explica os sumiços por meses? São bons mentirosos e psicopatas descarados.
Entro no banheiro e ouço a cabine com o barulho da água do chuveiro sendo ligada. Caminho para lá e abro a porta, Águia toma um susto com a minha presença, creio que não imaginava que voltaríamos a nos ver tão cedo.
— Perseu? — diz, procurando uma saída, pena que ele esteja nu e sem sua arma, não é? Creio que não tenha para onde fugir.
— Não diria que é bom encontrar você — debocho, cruzando os braços. — Sabe, estou com algumas dúvidas.
— Cara, vou sair, vestir uma roupa e conversamos. — Ri, tentando aparentar calma.
— Não é necessário, não que eu curta ficar olhando para seu pequeno pau, é uma visão incômoda para mim, mas o que preciso saber será rápido. — Rio para ele, que fica calado, com a mão na frente do pau — Sabe, Águia, ou diria Amadeus? — Seu rosto empalidece ao descobrir que sei seu verdadeiro nome. — Até hoje não entendi o motivo pelo qual o Xandy evaporou do mapa, e o fato que a agência sempre soube que o homem que matou minha mãe estava morto e sempre fingiu que não sabia, e ainda sumiu com esses dados para que eu não conseguisse rastrear.
— Olha, cara, eu não sei...
— Não minta! — Abro e fecho o canivete que tiro da jaqueta preta de couro que estou usando. — Ele pode escorregar e cortar sua garganta ou seus ovos.
— Porra, tudo que vou dizer é extraoficial, entenda.
— O que vou fazer ou não com essa informação é por minha conta — zombo.
— Xandy avisou que você viria atrás de nós depois.
— Infelizmente aquele canalha me conhece bem. — Ainda não superei sua traição.
— Porra, a gente descobriu o esquema todo para derrubar agência e modificar os termos, seríamos marionete do asiático e de suas pretensões políticas, muitos queriam sair há bastante tempo — conta com impaciência. — E o presidente não ia acreditar em conversa de bastidores contra seu sobrinho, um homem de família, com pretensões para presidência deste país, e acredite, tentamos.
— Onde eu entro?
— Muitos não estavam voltando das missões, estávamos morrendo depois dessa tentativa. O cara executava os que iam contra ele. Foi ideia do Xandy se infiltrar, tentar descobrir suas fraquezas e provar que ele estava mandando matar os nossos. — Engenhoso, bem a cara do imbecil do Xandy, dá uma de mártir, penso com desdém. — E descobrimos o esquema que ia pagar para você fazer o serviço, e depois você seria executado.
— Se a grana fosse boa, eu aceitaria — digo, dando de ombro. — Já avisei milhões de vezes que estou me fodendo para agência.
— Xandy disse isso, que você seria ideal para o serviço, já que todos sabem que não se importa com ninguém. — Elogio uma hora dessas, olha que delícia! — Mas ele também sabia que você não iria querer morrer, depois aí veio o plano de trazer você para o nosso lado.
— Não fui consultado! — resmungo. — Vocês não me queriam na realidade, o que vocês desejavam? Deixa ver se adivinho! Emma!
— Bingo! — Só precisava dessa peça. — Ela seria a pessoa ideal para trazer as provas que precisávamos, sabíamos de sua arma secreta, Perseu, e todos te invejam por isso. — Sorri, e eu não retribuo, sem achar a mínima graça. — Aí tivemos que pegar os filhos dela, mas eles ficaram bem e quase levaram um dos nossos ao colapso nervoso de tanto que disseram que mãe deles iam matar todo mundo.
— Aquelas crianças são piores que a mãe, umas pestes! — Não queria estar na pele de quem tomou conta deles. — Foi por isso que mandaram me matar, para me tirar de circulação.
— Matar não, foi na perna, cara, e não vou dizer quem fez o serviço, só não queríamos que o asiático achasse você primeiro, por isso tiramos você de circulação. — Preciso até agradecer, foi esse tempo fora de combate que me permitiu sentir a Zoe, me entregar a ela. Que saudade daquela mulher, caralho! — Foi por isso que o Xandy estava por perto.
— Imagino que sim. — Ele era um cara bom para planos. — Vou tentar não levar para o coração, então Emma entrou na parada, desenrolou todas as informações e ainda negociou tudo para vocês, sendo que ninguém precisou sujar as mãos e ainda ficaram bem na fita com o chefão. — Ele não responde. — Engenhoso! Mas não gostei de ser colocado nesse plano e ainda ter a Emma usada dessa forma. Quero o Xandy, onde ele está? E sobre o homem que matou minha mãe?
— Xandy saiu, o cara estava com a mente ferrada por conta do que você sabe bem.
Xandy nunca se recuperou da morte de sua amada, sabia que liberdade era o que movia ele, por isso tramou isso tudo.
— Os dados dele foram apagados, e você ainda fodeu com a casa dele, foi bem mais fácil desaparecer sem ter nada para deixar para trás — conta, pensativo. — Sobre o homem que você nunca fala o nome, na realidade, soube depois que era o que mantinha você na coleira, a agência queria sua lealdade e, por isso, omitiram essa informação e ainda alimentava algumas mentiras convincentes. — Foi o que imaginei quando visitei o túmulo do desgraçado para ter certeza de que tudo não passava de uma grande farsa, mas Xandy pediu para te dar um recado na última vez que o vi, e nem me pergunte o que significa.
— Recado? E você não me procurou para entregar o recado? — Que porra!
— Droga, na realidade, esqueci. — Coça a cabeça, pensativo. — Ele disse assim: Águia, diz a Perseu que estou cuidando, como prometi, até ele voltar para buscar.
— Que merda, aquele desgraçado ardiloso! — Gargalho alto, isso é bem a cara daquele miserável! Estavam em minha frente as respostas que eu queria e a facilidade da Zoe conseguir sumir.
— O que foi?
— Nada, só preciso achar um ex-amigo filho da puta! — Miro o Águia. — E você, seu bosta, da próxima vez, dê o recado.
— Desculpa, cara!
— Desculpa é o caralho, quero um favor em troca de não cortar essa sua cara feia.
Ele ri, e eu não retribuo, já não estou tão pau da vida ao descobrir todo plano, se tivesse no lugar do Xandy, teria feito o mesmo ou pior. Assim a coisa rola em nosso meio, faz parte ser mais inteligente e astuto para conseguir sobreviver.
Aguarde, Zoe, meu amor, estou chegando para buscar o que é meu, ou seja, você.

OLÁ MENINAS!
ESTAMOS EM RETA FINAL
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PERSEU: FILHO DO FOGOOnde histórias criam vida. Descubra agora