𝐋ee Minho, um modelo - e dançarino em horas vagas -, se muda para uma nova agência em Seul. O que ele não esperava, porém, era que o seu primeiro amor - e ex-namorado - que ele nunca superou de repente viraria seu fotógrafo em tempo integral.
𝐊im...
— Agora você resolveu ter um tanquinho? — enfatizo o "Agora".
Ele dá de ombros, como se não soubesse sobre o que eu estava falando.
—Tive que tentar impressionar alguém depois que você foi embora.
— Tudo bem, Senhor Lee? Já podemos voltar?
Minho estava com o pescoço vermelho, e tentava esconder sua respiração ofegante. Provavelmente estava subindo e descendo as escadas, coisa que se me lembro bem, só fazia quando estava extremamente nervoso. Minho odiava fazer esse tipo de esforço físico, lembro que brincava eternamente sobre como ele era um velho preso em um corpo de adolescente. Ele nunca subiria e desceria andares de escadas "apenas por que sim".
E eu sabia exatamente o porque que ele estava nervoso.
— Estou, estou sim. Foi apenas um mal estar.
Não sou burro.
— Precisa de uma água?
Tudo que Minho menos esperava era eu estar noivo de outra pessoa que não fosse ele.
— Claro, obrigado.
E mesmo querendo ignorar, mesmo querendo profundamente que o redemoinho em meu estômago fosse apenas resultado do macarrão instantâneo que eu comi ontem tarde da noite, eu sei que não era.
Não poderia me impedir de me sentir culpado por isso.
Por não ser noivo de Minho.
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Era quase impossível não lembrar da última vez que nos vimos.
As luzes coloridas da balada batiam em seu rosto e refletiam o seu suor, se te conhecesse bem poderia dizer que estava naquela pista a pelo menos duas horas.
E Minho não se cansava. Ele nunca iria se cansar de dançar, principalmente se soubesse que estava sob o meu olhar. Coisa que com certeza sabia.
Mesmo com a iluminação baixa, quase inexistente, seus olhos negros praticamente brilharam quando me olharam. Seu corpo seguiu as batidas da música perfeitamente, e ele me usou como quis, atraiu meu olhar para as suas mãos que desenhavam profissionalmente o próprio corpo justamente para atrair minha atenção.
E, quando vi, as mãos de Minho estavam sendo substituidas pelas minhas.
— Oi.
Depois de mais algumas fotos, Changbin resolveu que estavam todas ótimas e que eu já poderia parar. Algum agente de Minho comprou cafés e doces para todos, e eu sei que se não parasse para comer agora, não comeria nada pelo resto da tarde.
