𝟢𝟤𝟩. 𝓐quele final, aquela praia, aquele amor.

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Seungmin.

— Eu tenho algo contra este casamento.

Sinto como se tivesse me afogado em uma piscina de areia movediça, me colocando no meu próprio fim quando olhei para Minho.

— Senhor Hwang, nós deveríamos interromper a cerimônia por um tempo — o padre sussurra.

— Não será necessário — Hyunjin diz e, pelo canto do olho, consigo ver ele olhando duramente para mim, facas saindo pelas suas íris, como se eu tivesse planejado tudo aquilo. E talvez eu tivesse. — Daqui a pouco ele se senta quando perceber que ninguém está dando a mínima para o show dele. Não é, amor?

Mas eu estava prestando atenção no show de Minho. Eu praticamente paguei por esse show, dirigi ele, se formos falar nesses termos. Não conseguia tirar os olhos dele, e ele não conseguia tirar os seus de mim.

Minho anda a passos fortes até estar perigosamente perto do altar. Meu pai se levanta com um banque, pronto para pular em cima de Minho quando meu cunhado o colocou sentado novamente no banco com facilidade.

Minho estende a mão para mim. Um ato pequeno em comparação ao que eu estava prestes a fazer, o tamanho da decisão que eu estava prestes a dar na minha vida.

Kim Seungmin — Hyunjin fala entre dentes do meu lado.

Eu o olho uma última vez. Hyunjin poderia ser horrível, mas ele ainda merecia uma explicação. Ou uma humilhação, como vocês quiserem interpretar.

— Eu ainda lembro quando a gente se conheceu, sabia?

— Seungmin, isso não é hora de–

— Acho que você não se lembra, então eu vou refrescar sua memória — o interrompo. — Fui jantar em casa um dia e você estava lá, conversando e rindo com os meus pais. Era uma linda armadilha; um garoto bonito da minha idade e da minha classe social, o sonho dos meus pais depois do meu primeiro e último relacionamento fracassado. Você era tão gentil no começo, como um príncipe, e eu sempre gostei de príncipes. Bonito e charmoso como os de conto de fadas que eu assistia quando era pequeno, você me encantou, Hyunjin, e eu pensei que realmente poderíamos dar certo. Mas aí você gritou comigo pela primeira vez. E pela segunda. Pela terceira, e quando vi já havia perdido a conta de quantas vezes você explodia por semana. De quantas vezes você sumia por mês, sem nenhuma explicação. De quantas vezes eu me sentia um merda por me colocar em primeiro lugar. Você fez eu me sentir um filho de uma puta apenas porque eu queria ter o mínimo de amor próprio, Hyunjin. Você é egoísta, aproveitador, tóxico e um par de coisas a mais. Eu espero que você fique sozinho pelo resto da sua vida, mas, se achar um outro alguém para sugar a alma e energia, eu espero que ela seja tão doente como você, tão doida e manipulativa como você. Porque é isso que você é, Hyunjin, e é isso que você merece. E, meu Deus, que peso que eu estou tirando dos meus ombros de finalmente poder dizer que eu te odeio, seu desgraçado!

Estou ofegante quando termino de falar. As mãos de Hyunjin tremem de ódio. A igreja está movida por um silêncio ensurdecedor. Quando me viro, vejo Minho. Sorrindo. Eu sorrio de volta para ele, e estou pronto para descer as escadas do altar quando Hyunjin segura fortemente meu pulso e me puxa para ele.

— Você–

Lhe dou um soco antes de ele conseguir abrir a boca. Hyunjin cai para trás, em cima de algum padrinho seu e eu rio. Escuto a risada gostosa de Minho e é aí que eu me lembro.

Minho.

Pulo em cima dele, abraçando seu pescoço e sentindo seus braços fortes envolverem minha cintura e me tirarem do chão, me girando no ar enquanto ele continua a rir.

We Are Not Getting Back Together, Not Even The Slightest! !¡ 2𝑚𝑖𝑛.Onde histórias criam vida. Descubra agora