O sol não tinha ao menos nascido quando Tessa começou a organizar todos os moradores para a viagem. Todos estavam presos em um feitiço feito por Brian que protegeria, ou barraria, a doença até eles chegassem até o destino.
O feitiço não era muito confiável e podia falhar em algum momento, mas Tessa confiava que conseguiria chegar até os Lockwood's com todos em segurança.
Apenas Nicolas iria ficar na reserva, junto com os irmãos, esperando Heleonor ou Laylah com a ajuda para combater a bruxa Mesbah.
Tessa abraçou Brian, que quase não quis soltá-la, e depois foi até Gellert que estava prestes a chorar.
— Gellert, querido. Você só tem permissão para chorar quando formos beber e você começar a sofrer por desilusões – O vampiro engoliu o choro e a prendeu em seus braços grandes.
— Quando nos vermos novamente iremos fazer uma grande festa de cervejas.
A mulher acenou com um sorriso e então foi até Nicolas.
— Não faça nenhuma estupidez até eu voltar! – Falou séria, a expressão carrancuda, que o lobo carrega desde cedo, se desfez com um sorriso.
— Como faria? Tá levando todo a estupidez contigo.
Quando Tessa saiu de sua vista, Nicolas prendeu sua respiração e engoliu toda a dor guardada.
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Dizem que quando se espera muito que algo aconteça, esse algo costuma não acontecer. É como se o universo olhasse em sua cara e rir-se de sua esperança vaga, a frustração atinge cada parte sua e então você explode... ou desiste.
Naquela noite, logo depois do sol se ir, Gellert sentiu a presença de Heleonor em meio às árvores que os cercavam. Ela não apareceu.
O vampiro tinha uma mera lembrança de uma noite como a que observava agora, as estrelas estavam tão brilhante que ofuscava o brilho de uma lua nova. Ele se lembra com clareza da última noite igual aquela, se lembra dos passos até uma praia e das juras de amor feitas naquele lugar enquanto se amavam.
Heleonor era a personificação da lua nova daquela noite.
Uma fase quase escondida por raios brilhante, vista só pela pequena fresta de olhares minuciosos. Vista apenas por quem deseja vê-la.
Gellert queria vê-la, queria adorá-la e amá-la como nenhum outro, ele queria mostrar para todos que ela era sim, um ser bom.
Uma vento de ar fresco passou sobre seu rosto e a presença dela se fez presente em sua volta.
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Já era quase dez horas da manhã quando a floresta de abriu, dando espaço para uma entrada nada casual de Heleonor.
Ela os olhou com superioridade, seus olhos passando por Brian como se pudesse encherga tudo que escondia, até parar em Gellert. Ela sorriu para ele.
— Bom dia, querido. – Gellert acenou com a cabeça.
— Vamos negociar os termos e depois conversamos – Se aproximou alguns passos da bruxa – O que você quer para ir embora?
— Você sabe o que eu quero.
Não ouve um momento de excitação antes de Gellert se colocar em frente a Brian, que estava do lado da mesa grande.
No momento seguinte, Nicolas sai de dentro da cabana encontrando a cena. Heleonor desvia seu olhos para ele, a ameaça vivida toma seu corpo quando ela tenta atacar o lobo.
Brian atravessa quase metade de todo o lugar, impedido o ataque de chegar até Nicolas, a dor que lhe percorre é quase tão forte quanto o conforto de saber que Nicolas não está sentindo aquilo.
Gellert é mais rápido que qualquer outro movimento dela, ele se move até esta em sua frente e poder prender seus braços atrás de seu corpo. Gellert infla o peito e mantém seus olhos voltados apenas a Heleonor.
— Vamos embora. – Heleonor concentram-se em sua respiração irregular ao ouvir isso sair de Gellert – Para alguma praia, longe de todos.
— O que me pede vai além de tudo que eu almejo. — Ela ao menos pensou direito sobre a proposta – Escolhemos sempre a família, certo?
O chão começou a se tremer, os fios azulados de magia indo até Brian quando Heleonor deu indícios de que realmente pretendia afastar Gellert, surgiram separando eles.
Uma grande concentração de magia se fez no local, dois seres prestes a lutarem foram interrompidos pela chegada de uma outra.
— Parem! – Laylah falou e então ele parou – Sem magia aqui, Brian.
Heleonor tentou continuar com o que iria fazer, mas então uma outra pessoa recém chegada atacou.
A última coisa que viu antes de adormecer foram os olhos transformados de Thomas Williamsom.
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Before The Angels
RomanceNo tempo antigo, quando o novo mundo era novamente bom e justo, os anjos criaram uma dinastia perfeita. Onde o homem justo e bondoso era seu fiel soberano. Até tudo acabar. Essa não é a história de como o mundo foi destruído ou reconstruido através...