Reunião

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Amor, quando nosso vinho amargar ou perder o sabor
Quando a maquiagem borrar e as fotos perderem a cor
Tu ainda vai querer me aquecer quando não me restar nem calor?
E quando o cigarro apagar, vai ter valido a pena as cinzas e o frescor?

POV LAUREN JAUREGUI

O clima não estava dos melhores em minha casa. Henrique estava trancado em seu quarto, e Sofia tinha ido para casa da avó. Camila estava quieta e pensativa. — Você está infeliz? — questiono séria, enquanto a mulher digita algo em seu computador, deitada em nossa cama. — Acho que precisamos ter uma conversa, você, Henrique e eu! — comento, obtendo a atenção de Camila.

— Infeliz é uma palavra forte, mas feliz, com certeza, não estou! — ela afirma, desligando o notebook que estava em seu colo. Camila vestia roupas largas e seus cabelos estavam presos em um coque frouxo; seu rosto parecia cansado. — Se você quer dizer algo, diga logo. Não fique enrolando! — ela diz séria, me encarando.

— Vou me reunir com os chefões da facção hoje e ver o desenrolar do meu afastamento dos bagulho! — explico calma. — Tá ligada que não é certo que vou conseguir sair, né? — questionei sincera e ela concorda. — Sei que tu já tá no teu limite pô e não vou te forçar a ficar não. Então se não tiver saída para mim, tu pode pegar teus bagulho e me largar! — afirmo seria, me sentindo mal em ter que falar isso.

— Não vou mais me prender nesse tua vida não Lauren, por mais que eu te ame! Nossos filhos precisam viver uma vida normal cara, se você não consegue fazer isso, eu mesma faço sozinha por eles! — disse cheia de marra. — Não espere que eu esteja aqui quando você cair na prisão, te aviso a tempos sobre tudo isso! — disse.

— Tu se esquece que os bagulho não depende só de mim né, caralho! É tão difícil entender que quando tu entra nessa vida é difícil sair? — questionei brava. — Querendo ou não, tu e meus filhos tem um alvo nas costa Camila, é por isso que cada passo que vou dar pra sair dessa vida é muito bem pensado! — relembro a mulher. — Quando tu se envolveu comigo tu sabia como os bagulho funcionava, não é como se eu tivesse te enganando! — lembro.

— De fato você não me enganou. Eu era nova e não pensei muito, mas agora sei o peso disso tudo. Não vou permitir que meus filhos vivam no meio disso, nem que eu tenha que ir embora com eles! — avisa e eu nego com a cabeça.

— A minha filha fica perto de mim, o Henrique não posso exigir isso, porque não é meu filho no papel, mas pode ter certeza que minha filha você não afasta de mim, tá ligada né? — pergunto brava chegando perto da mulher. — Também sou mãe porra e você sabe muito bem que faço tudo por eles!

— Quando você precisava ficar longe por dias você não lembrava que era mãe, né? — questiona debochada. — É fácil falar quando passa mais tempo na rua do que em casa. Sinceramente, tô cansada dessa coisa toda! — afirma.

— Isso, aponta as minhas falhas! Agora reconhecer que eu tive mudanças você não faz, né? Você tá sempre tentando se sobressair Camila. Mas tu sabe, sabe que eu sempre tive ali contigo na boa ou na ruim. Posso ter errado? Sim, mas nunca deixei tu resolvendo os B.O dos nossos filhos sozinha, então, não me venha com sermão, como se tu fosse mãe solo, porque isso tu nunca foi! — digo puta da vida e a mulher me encara. — Parece que as coisas funcionavam melhor quando a gente estava "separada", agora parece que qualquer coisa é motivo pra tu ameaçar largar tudo! — falo cansada.

— Qualquer coisa? Tu matou a Porra do Roberto cara, tinha gente ameaçando nossa família. Isso não é a porra de uma motivo simples! — ela fala brava.

— Matei e faria de novo quantas vezes fosse necessário! — digo seria. — Quando eu ouvir de um homem que ele abusaria da minha mulher e mataria ela e eu não fizer nada, pode ter certeza que bem eu não estou! — falo convicta e a mulher parece surpresa. — Se Roberto e caco morreram foi por motivos justos. Ambos queriam se aproveitar de tu Camila, ambos queriam me desestabilizar e isso eu jamais deixaria acontecer! — falo de saco cheio.

Lá vem elaOnde histórias criam vida. Descubra agora