Lá vem ela

Ovelha negra

Atenção: capítulo sem revisão

Levava uma vida sossegada
Gostava de sombra e água fresca
Meu Deus quanto tempo eu passei
Sem saber
Foi quando meu pai me disse filha
Você é a ovelha negra da família
Agora é hora de você assumir

POV LAUREN JAUREGUI

Fico furiosa quando Camila e Henrique retornam à casa, e o garoto desabafa sobre as atitudes lamentáveis do pai, despertando minha raiva. Roberto age como se fosse um bom pai, mas nunca fez nada pelo filho, só querendo parecer virtuoso. Eu me contenho para não confrontar violentamente o pai de meu filho, mesmo que ele provoque.  — Dê um jeito de não cruzar meu caminho com esse homem — alerto Henrique, enquanto ele está no sofá. Minha paciência está esgotada.

— Não vou mais me envolver com ele, mãe. Fique tranquila — Henrique assegura, e eu concordo. — Já passou da hora de insistir nisso; ele é um erro — ele diz, com desapontamento, dirigindo-se ao seu quarto no segundo andar.

— Tenho vontade de confrontar Roberto de forma incisiva — revelo, mas Camila discorda.

— Não vale a pena, amor. Ignora esse sujeito inútil — ela me aconselha, sentando-se em meu colo no sofá. — Vamos nos concentrar na nossa família, em nós! — ela sugere, inclinando-se para me beijar; nosso beijo é lento. Exploro seus lábios minuciosamente, minhas mãos acariciam suas costas, e Camila solta um gemido enquanto nossos lábios se separam, sentindo a mordidinha que dei em seu lábio inferior.

— Você me desarma por completo! — revelo, deixando beijos nos lábios da mulher, que responde com um sorriso. — Meu amor por você é imenso! — expresso, cheia de paixão.

— Eu te amo infinitamente mais! — ela responde, se aninhando em meu pescoço de forma afetuosa. Admiro os traços de Camila, ela é tão linda. Nossa relação é sólida, como se nada pudesse abalar isso. Meu amor por ela é total, e faço de tudo para vê-la feliz. Permanecemos em nosso próprio mundo até que nossos filhos aparecem e começam a nos enlouquecer.

— Vamos parar com as brigas, Henrique. Deixa sua irmã em paz! — peço com calma ao menino, que estava provocando a irmã, já emburrada. — Logo ela vai soltar o verbo e sua mãe vai te repreender! — advirto seriamente, enquanto Sofia vai atrás do lanche na cozinha. Meu filho me chamou para jogar videogame e eu aceitei. Adoro passar esses momentos com ele e sua irmã; fico contente em ver como nossa relação é boa hoje em dia. Camila está cuidando da nossa pizza para o jantar; ouço a campainha tocar, vou atender e fico surpresa ao ver minha sogra acompanhada de Soraya.

— Que surpresa agradável tê-las aqui! — digo com falsa animação, dando espaço para que elas entrem. Soraya passa por mim, deixa um beijo em minha bochecha e sai rebolando; reviro os olhos e fecho a porta, rezando para que minha mulher não surte. Henrique fica surpreso ao ver a tia em nossa casa, e nós dois ficamos apreensivos quando Camila aparece.

— O que essa mulher está fazendo na minha casa? — ela pergunta, irritada, e minha sogra encara a filha com um sorriso forçado no rosto. — Já não te falei que não quero contato com sua filha? — ela questiona sua mãe, que parece constrangida.

— Minha filha, vamos manter a educação! — Sônia pede com paciência, e Camila revira os olhos. — Sua irmã queria te ver, saber como estão as coisas, conhecer sua nova casa. Não vi problema nisso! — a senhora se explica.