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Capitulo 21: Lembra do pai?
Ivar é o primeiro a acordar. Não que ele se importe de acordar antes de você, é claro. É só que estar acordado sem você para manter sua mente preocupada o faz pensar em como Drefan dispensou vocês dois de sua presença como se fossem escravos. Já se passaram alguns dias desde então, mas ainda enfurece Ivar por você não estar recebendo o respeito que merece de seu irmão. Especialmente agora que você é uma rainha e praticamente igual a ele.
Ele pode ver que você não está realmente se importando com isso no momento. Ivar pode dizer que você está cansada desta viagem e tem motivos mais do que suficientes para estar. Ele sabe que você está estressada em voltar aqui e o planejamento frenético vai deixá-la exausta. Você disse a ele que as viagens marítimas costumam deixá-la enjoada mesmo após o desembarque, mas ele não achava que seria tão grave.
Virando a cabeça para o lado, ele vê você deitada de bruços, os braços sob a cabeça, de costas para ele e as costas subindo e descendo lentamente a cada respiração. Os sons do lado de fora da tenda dizem a ele que o resto do exército está acordado e ativo no acampamento. Você se recusou a residir no palácio - para grande irritação de seu irmão - dizendo que preferia ficar com seu próprio povo como sua rainha do que no castelo como sua irmã.
Ivar sorri para si mesmo, vira e rasteja sobre você enquanto beija seu ombro. Você geme, movendo-se sob ele e pressionando seu rosto no travesseiro enquanto ele enfia o nariz em seu pescoço.
— Ivar, deixe-me em paz — você murmura, levantando o ombro para tentar empurrá-lo para longe de seu pescoço.
— Você tem que acordar, meu amor — ele sussurra, pressionando os lábios contra sua orelha e fazendo você suspirar de aborrecimento.
Você vira a cabeça para olhar para ele, seus olhos permanecem fechados enquanto você respira alto.
— O sono é um presente dos Deuses. E pretendo valorizar cada momento disso — você sussurra, revirando os olhos para si mesma quando ele beija o lado do seu rosto — Você não vai desistir, vai? — ele cantarola em confirmação, sorrindo contra sua pele enquanto você levanta a cabeça e força os olhos a se abrirem — Eu te odeio — você murmura, Ivar rindo de você antes de pressionar os lábios contra os seus.
Ele se afasta, sentando-se e fazendo sua cabeça cair para trás, seus olhos se fechando e fazendo-o balançar a cabeça. Ouvi-lo se deslocar para a beira da cama faz você abrir os olhos novamente e se apoiar nos braços. Enquanto ele trabalha no aparelho ortopédico, seus olhos seguem a linha de tinta nas costas dele.
O padrão sempre consegue te intrigar e às vezes você se pergunta o que Drefan diria se tivesse que fazer uma tatuagem. Não que você se importasse com o que ele pensa, mas você sabe que isso o irritaria. E Ivar adoraria se você decidisse fazer uma. Rastejando para frente até ele, você se ajoelha antes de beijar os ombros dele, seus dedos traçando a linha e fazendo com que o foco dele deixe as alças que ele está trabalhando e suspira.
