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Capitulo 12: Arco e Flecha
Você nunca esperou ter tantas armas disponíveis para uma pessoa. Claro, você conhece e pode apontar algumas armas simples, como a espada, o arco e a flecha. Mas quando você vê um machado, você franze a testa para si mesma, pensando que houve um engano porque isso não é algo usado para cortar árvores? Não é uma arma de batalha.
Vendo que a maioria dos homens da cidade carrega um machado no cinto, você pensou que ele está lá por conveniência ou porque eles precisam dele para obter lenha para a noite. Mas agora saber que é uma arma de violência e não de conveniência faz com que tudo pareça mais violento em sua nova casa.
O campo de treinamento fica em algum lugar na floresta, bem longe da cidade. A serenidade das árvores que cercam a área, sons de pássaros cantando tornam toda a visão uma opção impossível para intenções violentas. Enquanto você passa os dedos sobre o punho de uma espada em um toco de árvore, você não pode deixar de se perguntar o que Drefan diria se ele a visse agora.
Não que você realmente se importasse mais com as palavras de Drefan ou possíveis ameaças. Não quando Ivar está perto de você. E toda a ideia de fazer algo que foi proibido por seu irmão faz com que uma centelha de excitação percorra seu corpo.
— Venha aqui — Ivar chama gentilmente, escondendo um sorriso ao ver a admiração em seu rosto enquanto você olha para as armas.
Virando-se para encará-lo, você o vê segurando um arco enquanto se senta em outro toco de árvore. As flechas repousam no toco e ele acena com a cabeça em direção ao alvo à distância.
— Vamos começar com algo fácil — ele afirma, sua mão deixando o conjunto de armas enquanto você caminha em direção a ele.
— Nunca pensei que um homem pudesse ter uma opção tão vasta de arsenal — você ri, esfregando as mãos nas calças de couro que usa no lugar do vestido. Outra coisa que Drefan nunca permitiria — Na Inglaterra, os soldados só sabem lutar de verdade com espada ou arco e flecha — acrescenta, pegando o arco na mão com um pequeno suspiro.
Ivar ri de suas palavras, agarrando sua muleta e se levantando.
— É por isso que eles nunca serão tão grandes quanto nós — ele se vangloria, tirando uma flecha da aljava e entregando a você.
Rindo dele, você coloca a flecha em seu lugar - tendo visto isso antes - e se volta para o alvo.
— Eu pensei que era porque você foi ensinado a lutar desde o momento em que você nasceu — você provoca, Ivar caminha atrás de você, uma risada baixa soando em sua garganta.
Ele coloca as mãos em seus quadris, a muleta descansando contra a perna coberta pelo colete enquanto um pequeno suspiro sai de seus lábios ao sentir a respiração dele atingindo sua orelha.
— Isso também — ele ri, batendo em seu cotovelo como um sinal para mirar.
Erguendo o arco e apontando a flecha para o alvo, Ivar gentilmente envolve sua mão no arco para firmar sua pegada.
