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Capitulo 20: Oh Deuses...
Demorou alguns meses para conseguir que tudo viajasse pelos mares. Havia muito a ser feito e, a cada tarefa, você aprendia como ser uma rainha melhor para o seu povo. Ivar tinha suas próprias tarefas, como garantir que a frota de navios fosse adequada para viagens, reunindo seu Grande Exército Pagão e tal. E embora vocês não se vissem muito durante o dia, compensavam isso à noite.
Quando chegou o dia de deixar Kattegat, você não pôde evitar a sensação de desconforto crescendo em seu estômago. Por muito tempo você esperou escapar de Drefan, fugir para uma terra distante e ficar fora de seu alcance. E embora quando você se casou com Ivar, você odiou que isso fosse parte de quaisquer planos de Drefan, mas deu a você o que você queria. Então, quando as coisas entre você e Ivar mudaram para melhor, foi como se você tivesse entrado em Valhalla. Estar longe de Drefan, não temê-lo ou o que ele poderia fazer com você, ter um marido carinhoso e amoroso ao seu lado é mais do que qualquer coisa que você poderia pedir. Então, navegar de volta ao reino de Drefan parece que você está correndo de volta para o fogo do inferno.
E isso é outra coisa. Navegação. Você pensou - e jurou a si mesma - que a vez em que navegou para Kattegat como a noiva pretendida para o jovem rei pagão seria sua primeira e última vez. Tudo porque você odiava o enjôo que vem com a viagem. Desta vez, é pior por causa do mar agitado. E o fato de você não saber o que esperar quando aterrissar no lugar do qual tentou a vida inteira fugir não ajuda a acalmar seu estômago revirado.
Sua cidade de infância aparece. Mesmo que você mal consiga reconhecê-la por todas as ramificações feitas por ordem de Drefan. O reino não parece mais um reino pacífico que prospera em suas colheitas como seu pai pretendia que fosse. Agora parece uma enorme cidade de guerra. As torres de vigia estão estrategicamente colocadas em cada canto da cidade, conectadas com barreiras altas para bloquear qualquer pessoa indesejada, bem como esconder a verdadeira beleza da cidade que pode ser vista do mar.
Ivar caminha ao seu lado. Passando um braço em volta da sua cintura, ele desvia seu olhar da cidade e se vira para ele.
— Preparada? — ele questiona suavemente, sabendo que você teme pisar nas terras de seu irmão novamente.
Inclinando a cabeça contra o ombro dele enquanto a mão dele descansa em seus quadris, você solta um suspiro e morde o lábio inferior.
— Não exatamente — você murmura, voltando seu olhar para a cidade — Eu nunca tive medo de fazer nada além de sair deste barco e vê-lo novamente — você afirma, colocando a mão sobre o estômago enquanto o simples pensamento de falar com Drefan novamente traz de volta aquela sensação desconfortável.
— Nem mesmo se casar comigo? — ele ri, pressionando a cabeça contra a sua enquanto segue seu olhar para a cidade.
Você ri. Virando a cabeça para olhar para ele, você dá um sorriso brilhante e balança a cabeça.
