Vikings

Ubbe Ragnarsson | Rangsaelis (4/6)

• Capítulo 03: Dia Três •

— Ubbe... O que você... — ela começou, mas ele apenas a segurou com mais força.

— Shh... — ele silenciou para ela ficar em silêncio — Não pergunte. Por favor. Não me faça dizer isso.

Ele tentou antes. Ele tentou dizer a ela a verdade. Isso só fez com que seu amado irmão morresse como ela. Ubbe mal conseguia lidar com a morte de sua esposa. Pensar que ele mataria Hvitserk também seria demais.

— Só me deixe ficar aqui e sentir você. Apenas me deixe ficar para sempre, S/N. Eu preciso de você. Eu preciso de você mais do que tudo na minha vida.

— Ubbe — ela chamou, quase em um suspiro.

Mas suas mãos apenas a puxaram para mais perto e ele ergueu o rosto molhado pelas lágrimas, beijando-a profundamente nos lábios, saboreando o sabor que sabia que lhe seria roubado de novo e de novo e de novo até que ele fosse capaz de descobrir o que sua mente não conseguia perceber.

— Fique comigo — ele implorou com toda a necessidade de seu coração, sentindo como o corpo dela se derretia em suas mãos, cedendo lentamente a suas carícias, seus beijos.

Como nos nove reinos ele seria capaz de viver sem a voz dela suspirando seu nome assim?

Como ele poderia respirar sem o cheiro de sua pele?

Onde seu corpo poderia encontrar calor senão em seu abraço?

Seus dedos correram por sua pele, despindo-a da camisola. Seus lábios tomando sua pele, beijando seu pescoço e curvas apaixonadamente, ignorando os apelos e murmúrios em sua voz sobre a consulta que ela tinha, apenas continuando a explorar seus pontos doces que ele conhecia tão bem até que seus murmúrios se transformassem em pedidos por mais.

Mas mesmo assim, mesmo com o prazer nos gemidos dela ou o suor na pele dele colando seus corpos um ao outro como se fosse possível transformá-los em um só; mesmo assim, não havia luxúria em seus toques ou em seus beijos.

Vezes e vezes em suas vidas, Ubbe se lembrava de atrair sua linda esposa para seus braços e sobre seu corpo apenas por prazer. Mas desta vez, era o desejo do medo, a paixão do desespero, e o amor ferido em seu peito implorando de seu coração sangrando por um tempo para parar em seus sons de felicidade.

Mas Sól continuou fugindo de Sköll pelo céu, e chegou a hora de sua linda S/N deixar seus lençóis, seus braços, seu quarto. Desta vez, ele não a impediu.

Ele só pediu mais um segundo para sentir o cheiro do cabelo dela, o calor que agora estava se esvaindo lentamente de seu corpo, lembrando que logo ele não teria mais o calor dela.