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• Somente sua •
Você perdeu a conta de quantas vezes você veio para Ivar naquele trono.
Não havia uma única gota de arrependimento em seu coração.
Alfred era passado, nada mais.
Você pegou alguns pedaços do pergaminho rasgado que ele deixou no chão, lendo as partes de um pacto de paz que ele estava disposto a oferecer com uma risadinha nos lábios.
— Ele não aprende...
— O que, minha rainha? — Ivar perguntou, endireitando as calças para se cobrir depois de todo o tempo que você passou sobre ele.
— Paz... — você disse, levantando o papel rasgado em sua mão.
Ivar sorriu.
O islandês estava quase perfeito em seus lábios agora, e Alfred não tinha ideia da mente deslumbrante que havia perdido em seu belo corpo.
Foi tudo ideia sua.
Do número de homens que usou às portas que quebrou, aquele castelo caiu de suas mãos.
Mas o rosto de Ivar ficou sério e seus olhos se fixaram nos seus.
— Eu vou matá-lo, você sabe disso, certo?
Essas palavras causaram um arrepio na espinha.
Alfred cairia, mais do que já havia caído. E mais cedo ou mais tarde, ele morreria nas mãos de Ivar.
— (S/N)? — a voz de Ivar soou novamente e você olhou para ele.
Você não queria que isso acontecesse, mas não foi sua escolha. Era assim que as coisas deveriam ser.
— Que ele caia com bravura, para que tenha na morte o que lhe faltou na vida — você respondeu.
Uma resposta viking.
Não havia inimigos e todos os bravos guerreiros mereciam Valhalla.
Mas mesmo assim, Ivar se levantou, trazendo sua muleta consigo, caminhando até ficar na sua frente, tocando seu queixo com os dedos.
— Eu deveria arrancar o coração dele do peito pelas lágrimas que vi em seus olhos. Mas darei a ele uma morte limpa quando chegar o momento.
— Eu não me importo — você respondeu, acariciando seu rosto — Não me importa como ele vai morrer, Ivar. Ou quando. Não importa mais. Que ele seja corajoso o suficiente para te dar a luta que você quer ou inteligente o suficiente para fugir com seu povo, eu não sou mais uma deles. Sou sua. E você é a única coisa que importa para mim.
— Então venha comigo — ele disse, e você olhou em seus olhos — Hvitserk e eu queremos voltar para nossa terra natal e deixar as terras cristãs para vingar nossa linda mãe, uma usurpadora morta para ter nossa coroa em Kattegat. Deixe este mundo para trás e venha comigo.
Deixar sua terra natal e partir para terras pagãs estrangeiras que você nunca viu antes. Talvez nunca mais veja essas terras, ou Alfred, ou qualquer coisa que você já conheceu.
Seus olhos se encontraram com os de Ivar.
— Você virá?
Você suspirou e beijou suavemente os lábios dele.
Pela primeira vez desde que vocês dois se conheceram, seus olhos encontraram insegurança e medo nos dele.
Era um pedido enorme, ele sabia disso. E você deveria dizer que ficaria e esperaria pelo retorno dele, ainda assim seria aceitável.
Mas você tocou sua testa com a dele.
— Você é meu rei, Ivar. Meu marido, minha segunda metade — você disse, acariciando ternamente sua pele — Eu irei aonde você quiser ir, eu te seguirei até o fim da Terra, e além.
Ele moveu a cabeça de um lado para o outro, acariciando seu rosto com o dele antes de beijá-la novamente, suavemente.
— Minha preciosa rainha... Os deuses me abençoaram com você. Eu te dei esta coroa e te darei também a coroa de minha mãe; e muitas outras. Colocarei o mundo em seus pés e todo Midgard conhecerá a rainha de Ivar — ele disse, apaixonadamente.
— É exatamente assim que eu quero ser conhecida — você disse, sorrindo contra os lábios dele — Sua rainha. Seu amor. Sua esposa... somente sua.
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