Memórias e decisões

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QUANDO AVISTEI GUILHERME, UM NERVOSISMO REPENTINO ME INVADIU

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QUANDO AVISTEI GUILHERME, UM NERVOSISMO REPENTINO ME INVADIU. ERA COMO SE UMA ENXURRADA DE EMOÇÕES SE AGITASSE DENTRO DE MIM, MISTURANDO ANSIEDADE E DESEJO. Cada passo que ele dava em minha direção acelerava meu coração, aumentando minha curiosidade e intensificando a tremulação em meu corpo.

Meus olhos foram capturados pelos dele, me deixando hipnotizada pela cor intensa e pelo brilho misterioso que irradiava de seu olhar.

Quando ele finalmente se aproximou, eu mal conseguia falar.

— Guilherme — sussurrei, minha voz quase perdida na agitação que sentia.

Naquele instante, nos pareceu que somos os únicos seres no universo. Ele exibia surpresa, talvez não esperasse me encontrar ali. Seu olhar, ainda encantador como sempre, parecia que ele conseguia suspender o tempo.

— Ei, Marina! — Disse ele, sua voz soando como uma melodia familiar. — O que você faz por aqui?

Entre nós, pairava um silêncio peculiar, mas também um brilho nos olhos dele que me fez lembrar de tempos passados.

— Não sabia que tinha voltado. Ninguém me falou nada. — Ele olhou para minhas amigas.

— Ah, elas realmente não sabiam. Faz só uma semana que voltei, e nem imaginava que você trabalhava aqui. — Tentei manter a calma, mas as lembranças começaram a surgir.

Ficamos calados, sem saber como dar continuidade a uma conversa que levou quinze anos para acontecer novamente, até que Guilherme quebrou o silêncio.

— Você ainda se lembra daquele dia, Marina? — Ele perguntou, com um tom meio irônico, seus olhos fixos nos meus, procurando uma resposta que nem eu mesma sabia se tinha.

Um arrepio percorreu minha espinha. Aquela pergunta estava repleta de memórias que eu preferiria deixar para trás. Foi o dia em que tudo mudou, quando nossa relação se desfez em um redemoinho de mágoas e ressentimentos.

— Lembro, Gui, mas, sabe como é, estamos no trabalho, melhor focarmos no que temos que fazer agora. — Conclui, desviando o olhar, incapaz de suportar a intensidade do seu olhar.

— Desculpe, Marina. Não quis pressionar você. — Ele murmurou, o arrependimento evidente em sua voz.

— Tudo bem. — Respondi, ainda desconfortável com a lembrança daquele dia pairando sobre nós.

— Marina, você ouviu falar do Hugo, certo? — Ele perguntou, mudando de assunto. Sua voz era quase um sussurro, mas carregava um peso que me fez encará-lo.

Assenti com a cabeça, surpresa com a mudança repentina de tópico.

— Ele vai precisar passar por uma cirurgia. — Ele continuou, com uma expressão séria.

— Já imaginava, mas vou falar com ele agora. — Respondi, agradecida pela oportunidade de sair da tensão.

Enquanto Guilherme se afastava, algo inesperado aconteceu. Um pequeno objeto caiu do seu bolso; me aproximei e o peguei com curiosidade.

Destinados a ficarem juntos © 2023 (SEM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora