Entre a dor e a esperança

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O SOL ESTAVA FORTE NO PARQUE ENQUANTO EU CORRIA

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O SOL ESTAVA FORTE NO PARQUE ENQUANTO EU CORRIA. Já se passaram quinze anos desde o fim do meu relacionamento com Guilherme, mas a dor da separação ainda era palpável. Eu me sentia culpada pelo fim do nosso casamento. Seus olhos intensos e sorriso enigmático continuavam a me assombrar.

Estava ofegante, cansada pela corrida, havia acabado de beber um pouco de água quando meu celular tocou, era Lais, minha chefe.

— Marina! — Ela exclamou assim que atendi o telefone. — Você pode falar agora?

— Claro, sem problemas. — Respondi, ofegante.

Lais parecia hesitar antes de continuar. — Muitas pessoas estão gripadas... e precisamos de ajuda. Você poderia vir, mesmo não sendo seu dia de trabalho?

Percebi a urgência em sua voz e, sabendo que a vida dos pacientes estava em jogo, não pude recusar.

— Estou indo, Lais — disse, me preparando mentalmente para o que me esperava na instituição.

Depois de desligar o telefone, corri para casa, peguei minha bolsa e me troquei rapidamente. Chamei um carro enquanto a adrenalina tomava conta de mim. Já no carro, minha mente estava focada no trabalho que me aguardava.

O taxista estacionou o veículo e eu paguei a corrida, agradecendo apressadamente antes de sair.

Ao me aproximar da entrada do hospital, senti uma pontada no coração. Guilherme estava lá, conversando animadamente com uma jovem loira na recepção. Ela se parecia estranhamente comigo, o que me fez lembrar de Sophia, minha filha que havia sido sequestrada. Uma enxurrada de memórias invadiu minha mente, trazendo uma mistura de emoções - tristeza pela perda de Sophia, raiva pelo sequestro e ciúmes ao ver Guilherme com a jovem loira. Mas eu sabia que não era hora de me deixar levar pelas emoções.

Assim que entrei no hospital, deparei-me com um cenário caótico. Bianca, com as mãos trêmulas, me entregou um prontuário.

— Mari, que alívio que você chegou! — Exclamou Bianca. Ela parecia exausta. — Está uma bagunça aqui. Tem muita gente gripada.

Sem hesitar, coloquei meu jaleco e comecei a trabalhar. Atendi os pacientes, prescrevi medicamentos e organizei as internações. Apesar da adrenalina, a lembrança de Guilherme continuava a me perturbar.

Horas se passaram desde que cheguei ao hospital. A atmosfera estava tensa e eu me sentia exausta. Foi quando, de repente, um movimento no canto do meu olho chamou minha atenção. Era Guilherme, se aproximando de mim.

— Marina — sua voz saiu baixa e hesitante. — Você parece distante. Fiz algo errado?

Meu coração acelerou. Eu queria contar a ele o que havia acontecido, mas a cena da "traição", aquele beijo que vi Guilherme dar em outra mulher, ainda estava fresca em minha mente. Mas agora não era o momento.

Destinados a ficarem juntos © 2023 (SEM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora