Além do Medo

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Aviso: Neste capítulo, há cenas de violência doméstica. Se isso te incomoda, considere se quer continuar lendo. Essas cenas tratam de questões sérias e buscam iniciar conversas importantes. Se você estiver lidando com problemas similares, é essencial buscar ajuda.

 Se você estiver lidando com problemas similares, é essencial buscar ajuda

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O CORAÇÃO BATIA FORTE, E EU ESTAVA NERVOSA. UM MEDO FIO CHEGOU COMO UMA ONDA, E A ANSIEDADE APERTAVA MEU PEITO. A cada respiração, o ar cortava como facas nos meus pulmões. A lua cheia tentava aparecer entre nuvens escuras, criando uma atmosfera misteriosa. As árvores sussurravam, como se estivessem me avisando de algo ruim que estava por vir.

Leon apareceu na porta, com os braços cruzados e os olhos cheios de raiva.

— Por que você estava conversando com aquele cara, Marina? — a voz dele cortou o silêncio, meio fria e assustadora. Meu coração pareceu congelar.

— Leon, estávamos apenas conversando, nada de mais aconteceu — tentei explicar, mas minhas palavras pareciam fracas diante da expressão dele.

— Apenas conversando? — ele perguntou com um sorriso meio malicioso. — Não posso acreditar em você. Vi como você o olhou, com um olhar de quem está profundamente interessada, como se ele fosse a coisa mais importante do mundo para você.

Cada palavra dura dele doeu no meu coração. Respirei fundo, olhei para ele com coragem nos olhos, pronta para falar.

— Leon, eu te amo muito. Nunca faria nada para te magoar. Foi apenas uma conversa comum. Você precisa confiar em mim. — falei, tentando manter a calma, porém, o medo começava a me dominar.

Ele me encarou com raiva. Quando ele deu um passo na minha direção, dei um para trás, sentindo o medo aumentar.

— Você está sendo uma vagabunda, Marina — ele disse com desprezo.

— Não sou uma vagabunda, Leon. Você não pode me chamar assim — eu disse, e ele deu um sorriso meio estranho, saindo do quarto e me deixando sozinha no sofá, com medo e insegurança.

O medo estava me corroendo por dentro, como se fosse um ácido que queimava o coração e rasgava a alma. Consciente de que precisava enfrentar a situação, porém sem saber qual seria a melhor abordagem. Respirei fundo, tentando acalmar meu coração que batia rápido demais.

De repente, tudo mudou de novo. Um cheiro de cigarro encheu o ar, meio enjoativo. Os passos de Leon ecoaram pelo apartamento, pesando no meu coração. O ar ficou pesado.

Ele chegou mais perto, com um olhar que dava medo.

— Vai dormir agora? — ele perguntou, esperando uma resposta.

— Sim, vou dormir. Estou cansada — respondi, tentando ficar tranquila.

Leon continuou me olhando sério, com os olhos penetrantes.

— Sempre cansada, Marina. Parece que esconde algo — ele falou.

Tentei acalmar meu coração, mas o comentário dele só fez meu desconforto aumentar.

Destinados a ficarem juntos © 2023 (SEM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora