Entre as Sombras e a Esperança

347 63 482
                                    

Aviso: Neste capítulo, há cenas de violência doméstica. Se isso te incomoda, considere se quer continuar lendo. Essas cenas tratam de questões sérias e buscam iniciar conversas importantes. Se você estiver lidando com problemas similares, é essencial buscar ajuda.

 Se você estiver lidando com problemas similares, é essencial buscar ajuda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A LUZ SUAVE DO SOL ENTROU PELA FRESTA DA JANELA, ME ACORDANDO. Abri os olhos devagar e vi Leon na cama, com a cabeça no travesseiro. Suas sobrancelhas estavam franzidas e os olhos fechados, ele parecia tentar dormir.

Ele esfregou os olhos sonolentos e bocejou, um som profundo que preencheu o quarto. A pele pálida e as olheiras indicavam que ele passou a noite em claro. Sua respiração estava irregular e o peito subia e descia rapidamente.

A expressão triste e os lábios apertados mostravam sua ansiedade. Era estranho ver Leon assim, ele que sempre foi tão vibrante e positivo.

— Bom dia, Leon! — Eu disse, me espreguiçando e sorrindo para ele, tentando trazer um pouco de alegria para a situação.

Ele abriu os olhos e me olhou, mas o sorriso foi forçado, como se estivesse tentando se concentrar.

— Bom dia, Marina. — A voz dele estava rouca e cansada, quase um sussurro.

— Você parece... — hesitei, mordendo o lábio inferior. — Teve uma noite difícil no trabalho? — Perguntei, tentando esconder minha preocupação, mas senti um aperto no estômago.

Ele balançou a cabeça, mas não disse nada. Continuou me olhando, os olhos cheios de incerteza.

— Você sabe que pode contar comigo para o que precisar, certo? — Eu disse, acariciando seu rosto. Senti um nó na garganta.

Ele fechou os olhos e suspirou fundo.

— Eu te amo — ele disse, as palavras saindo como um sussurro quase inaudível. Ele me abraçou forte, como se precisasse de mim mais do que nunca.

Eu o abracei de volta, sentindo meu coração se encher de amor e preocupação.

— Eu também te amo — eu disse, acariciando seus cabelos.

De repente, senti algo estranho, como se fosse puxada de volta à realidade. Quando abri os olhos, foi como se fosse um choque de realidade, era tudo um sonho, tão real e perfeito, que se desfez. Nele, Leon era carinhoso e atento, e eu me sentia amada e feliz, mas, a realidade era bem diferente.

No começo, Leon era um homem carinhoso e atencioso. Ele sempre estava lá para mim, me fazendo sentir amada e protegida, porém, com o tempo, ele mudou. Ficou mais distante, mais frio.

Na entrada da cozinha, Leon estava de pé, segurando uma garrafa de bebida. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, como se tivesse passado a noite sem dormir. A camisa estava aberta, mostrando uma camiseta branca amassada por baixo. A barba mal feita e o cabelo bagunçado o deixavam com um aspecto descuidado.

Destinados a ficarem juntos © 2023 (SEM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora