[Romance] [New Adult] [Drama] [Reencontro]
Marina Martins e Guilherme são cirurgiões respeitados, mas guardam segredos que os mantêm distantes do amor. No passado, Marina teve que tomar uma decisão difícil que a levou a se afastar de Guilherme, o ún...
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O REENCONTRO COM PATRICIA ESTAVA PRESTES A ACONTECER. A cada passo em direção ao restaurante, memórias da nossa infância inundavam minha mente. O cheiro familiar de café e pão fresco me envolveu, transportando-me para os dias despreocupados da juventude.
Ao entrar no café, meus olhos imediatamente a localizaram. Sentada à nossa mesa de sempre, com a mesma blusa azul que ela usava na foto de formatura, Patrícia parecia perdida em pensamentos. Seu cabelo loiro estava solto, ela estava de costas para a entrada.
Decidi fazer uma surpresa. Com passos leves, me aproximei por trás dela, um sorriso nervoso brincando em meus lábios. Coloquei as mãos sobre seus olhos, bloqueando sua visão.
— Adivinha quem é? — Sussurrei em seu ouvido, minha voz rouca pela emoção.
Ela deu um pulinho de surpresa, antes de relaxar e entrar na brincadeira. Sua risada suave preencheu o ambiente, trazendo um pouco de leveza ao meu coração apertado.
— Hum... deixa eu ver... — Ela ponderou, sua voz suave como uma melodia familiar.
E assim, nossa conversa começou marcando o início de uma tarde que prometia ser repleta de revelações.
Após um breve silêncio, revelei minha identidade.
— Sua pimentinha favorita, claro! — Exclamei, a voz embargada pela felicidade de estar novamente com minha irmã.
Patrícia se virou para mim, seus olhos transmitindo uma mistura de surpresa e carinho. Em um abraço caloroso, nos acolhemos, como se o tempo perdido e as mágoas acumuladas se dissolvessem naquele momento.
Depois do abraço reconfortante, sentamo-nos à mesa e mergulhamos em um mar de recordações. Histórias e segredos do passado fluíam entre nós, trazendo de volta a familiaridade reconfortante de nossa amizade. As brincadeiras na praia, as travessuras na escola, os sonhos que cultivamos... tudo parecia tão vivo, como se o tempo não tivesse passado.
Lembra das nossas aventuras aqui no restaurante? Quase fomos expulsas!
Patrícia riu, contagiada pela lembrança.
— Como esquecer? — Disse ela, com um sorriso divertido. — Você tentava me acompanhar, a certinha das irmãs, mas eu era pura energia, correndo por todo canto.
Balancei a cabeça, rindo junto com ela.
— Pati, eu não era exatamente a "certinha" da história — Falo, fazendo um gesto com as mãos. — Na verdade, era você quem aprontava mais!
Olhei para ela, um sorriso se formando em seu rosto. Seus olhos brilhavam com um brilho travesso.
— Eram aventuras, Marina! — Retrucou ela, com um tom divertido na voz.
Respirei fundo, recordando das inúmeras vezes que suas "aventuras" nos colocaram em situações inesperadas.
— Maluquices, você quer dizer! — Respondi, tentando manter a leveza na conversa. — Lembra da "aventura" que quase nos rendeu uma expulsão do parque?
