Capítulo 3

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                               John

Saiu do hospital e vou direto para a casa de Caterina, entro na residência sem muito esforço e noto tudo escuro e silencioso ando pelo local prestando atenção em tudo e subo para o segundo andar onde ouço um choro infantil, caminho pelo corredor até chegar em frente à uma porta com a tintura branca descascada e alguns adesivos grudados nela, giro a maçaneta redonda e percebo que a mesma está trancada. Lembro que uma vez Samanta falou sobre o sobrinho de Caterina que morava junto a eles.

- Se afaste da porta! Digo para a criança presa dentro do quarto e ouço seus passos se afastando, me afasto também e chuto a porta com força a vendo estalar mais continuar trancada, chuto novamente e um barulho metálico se faz presente dentro do cômodo trancado, chuto mais vez e ela se abre revelando um garoto encolhido sobre a cama e ao me aproximar ele se encolhe mais no canto abraçando um urso azul. -Liam?. Questiono e ele afirma seus cabelos vermelhos como os de sua tia reluzindo na baixa claridade que vem da janela.

 Questiono e ele afirma seus cabelos vermelhos como os de sua tia reluzindo na baixa claridade que vem da janela

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- Esta tudo bem eu sou amigo de sua tia Caterina! Digo calmo e ele se aproxima um pouco quando me sento na cama.

- Onde ela tá?. Pergunta baixinho com sua voz ainda embargada pelo choro contido.

- Ela está dodói então estamos cuidando dela! Digo e ele funga cheirando o ursinho continuamente.

- Foi o vovô?. Indaga curioso. - Ele é mal faz dodói em Cat! Diz passando a mão em suas bochechas e sinto a raiva me consumir o pego em meus braços e saio do cômodo escuro antes que exploda em sua frente e o deixe amendrontado mais do que já está. Ando até meu tio e entrego a criança em seus braços.

-O leve daqui e lhe dê algo para comer! Digo e meu tio sai acompanhado de um dos homens. - E vocês podem ir quero resolver isso sozinho! Digo e de um por um eles se vão me deixando sozinho na casa. Fecho a porta e vou até uma estante pegando a garrafa de vinho barato ali a colocando sobre a mesa de madeira, tiro um charuto do bolso e o acendo, espero pelo agressor de Caterina chegar. Fico ali por alguns minutos até que ouço o barulho de carro e vou até a janela vendo o meu futuro sogro descer do carro junto a sua atual esposa e a puxar pelos cabelos vindo em direção a casa. Sorrio e me sento no lugar que estava.

Ouço a porta destrancando e ele passa por ela jogando a mulher no chão e lhe dando um chute na barriga.

- Então é um covarde que só sabe agredir mulheres senhor Ferguson? Digo os assustando. - Que tal uma luta justa um? que tal bater em alguém que consiga revidar! Digo me levantando do cadeira que estala e acendo a luz vendo seu rosto pálido.

- Senhor Shelby o que faz aqui?. Indaga tenso e sorrio minimamente.

- Qual foi o acordo que fizemos a última vez que nos encontramos senhor Ferguson?. Digo bebendo o resto do líquido ruim e barato e logo em seguida trago o charuto soprando a fumaça no ar.

- Que nunca mais tocasse Caterina! Diz baixo dando alguns passos para trás quando tiro o revólver de minha cintura o deixando sobre a mesa.

-Exatamente e sabe onde ela está nesse exato momento?. Questiono e ele nega.
-No hospital, ela está internada por que passou mau e chegou a vomitar sangue e sabe qual foi o diagnóstico do médico?. Ele nega novamente, coloco mais um pouco de vinho no copo e o balanço ficando em silêncio por um momento antes de solver todo o líquido de uma vez, olho para o copo vazio e depois para o homem a minha frente que treme. - Órgãos internos inflamados por contas das decorrentes agressões físicas causadas pelo senhor! Digo colocando o copo na mesa com força fazendo o vidro cristalino rachar, eles se assustam. - O quê deveria fazer com você um? você sabe que os Shelby odeiam pessoas que não cumprem acordos certo?. Digo pegando a arma novamente e destravo apontando para ele que rapidamente se ajoelha no chão.

- Por favor senhor John poupe minha vida eu juro nunca mais tocar um fio de cabelo dela! Implora chorando

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- Por favor senhor John poupe minha vida eu juro nunca mais tocar um fio de cabelo dela! Implora chorando.

"Covarde"

- Mas temos um problema aí senhor Ferguson, você me prometeu não tocar nela e olha onde estamos, o senhor acha que irei acreditar novamente em sua palavra?. Questiono sorrindo e vejo a mulher abraça o marido. -Mas quem sabe podemos firmar outro acordo e assim poderei poupar sua inútil existência o que acha?. Coloco a arma novamente sobre a mesa e o vejo suspirar aliviado.

- Qualquer coisa que o senhor pedir eu faço! Diz rápido.

- Pois bem! Levanto arrumando meu terno. - Quero que o senhor me dê a mão de Caterina em matrimônio! Digo a ele que me olha chocado assim como a biscate ao seu lado.

- O -O que?. Gagueja e arqueio a sobracelha.

- Isso mesmo que ouviu, quero a mão de sua filha em matrimônio e o senhor me entregará sem questionar certo?. Ele me observa e afirmar.

-Sim! Diz com desgosto.

- Pois bem, assim que ela completar dezoito anos venho lhe entregar o dote do casamento e levarei minha noiva comigo! Digo levantando e arrumo o terno caminho até a porta a abrindo. - E espero que essa seja a última vez que lhe aviso sobre as agressões, se eu ver um hematoma se quer em Caterina de agora em diante eu não pouparei sua vida e pode ter certeza senhor Ferguson não terei piedade! Digo saindo de dentro da casa e faço um sinal para meus homens que entram logo depois e escutos os gritos dos donos da residência, que imploram por clemência.

Volto para o hospital e entro no quarto de Caterina a encontro dormindo assim como o menino ao seu lado.

- Resolveu o problema irmão?. Samanta segura meu braço e apenas concordo.

- Daqui a quatro meses Caterina passará a ser mais que apenas uma amiga para você! Digo a ela que me olha confusa.

- O quê? Sorrio.

- Ela também será sua cunhada! Digo e a vejo sorrir largamente me abraçando. Vou até a poltrona e me sento ali relaxando meu corpo

- Eu iria ficar aqui! Diz entregando um cobertor. - Mas é melhor que você fique cuidando da sua futura esposa! Diz sorrindo e afirmo. Ela apaga a luz do quarto e fecha a porta, puxo a poltrona para maos perto do leito de Caterina e seguro sua mão a sentindo apertar levemente a minha, sorrio com esse gesto e me aconchego mais na poltrona jogando o coberto por cima de meu corpo e fecho os olhos descansando.

A noiva de John Shelby Onde histórias criam vida. Descubra agora