Capítulo 5

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                             John

Tenho vontade de rir ao ver sua expressão assustada, olhos arregalados e boca aberta formando um "O" perfeito, ela pisca algumas vezes e franze a testa.

- O-O que? Gagueja ainda espantada.

- Eu te amo Caterina e foi por isso que pedi sua mão em matrimônio para seu pai, não posso viver tranquilo enquanto sei que a garota que tem meu coração sofre! Digo jogando o charuto no cinzeiro de cristal nem me importando de apaga-lo me aproximo dela que ainda está estática no lugar com seu rosto banhado em lágrimas.

-Você não pode me amar! Diz com a voz falha e limpo seu rosto percebendo sua bochecha levemente inchada, respiro fundo tentando não ficar irritado e ir até o meu sogro e mata-lo por encostar a mão novamente nela.

- Porque não posso? Indago vendo-a me encarar tentando achar uma resposta e  apenas baixa a cabeça quando não encontra. Desço meus dedos em seu rosto e apoio seu queixo e inclino sua cabeça para que olhe nos olhos.- Por que não posso te amar Caterina?. Questiono mais uma vez.

- Porque não! Diz baixo.

- Essa não é a resposta que quero ouvir, quero que me dê um motivo plausível do por que não poder te amar! Digo mais uma vez e ela se afasta.

-Por que espancou meu pai?. Diz tentando mudar de assunto e suspiro frustrado.

- Porque ele é um covarde que bate apenas em quem não pode se defender, pessoas assim me dão nojo e todos sabemos que tenho o transtorno mental ao qual me deixa agressivo quando sinto raiva e te ver machucada é um grande gatilho para mim! Digo a ela que morde os lábios em nervosismo, ando até ela e coloco a mão em sua bochecha desprendendo com meu polegar seu lábio do aperto de seus dentes vendo o local vermelho e me seguro para não beija-la.

-Sabe que não posso casar com você! Diz chorando novamente e eu sei o motivo, a criança na sala é o único que ainda a prende nessa vida de misérias.

- Eu sou o único que pode te tirar dessa vida Caterina, mas entendo seus motivos para não querer esse casamento, mas posso te assegurar que no momento em que você assinar a certidão de casamento Liam virá conosco também, eu sei que sou um garoto de personalidade forte ruivinha, mas não sou o monstro que pareço em seus olhos nunca deixaria uma criança sofrer na mão de um adulto cruel, então te peço que confie em mim pois tudo que estou fazendo é para seu bem! Digo sincero, ela suspira enquanto me encara procurando algum resquício que posso está mentindo, mas não o encontra já que nunca minto para ela, sempre sou sincero com ela.

- Você me promete? Por favor John prometa que irá tirar Liam de lá também, não quero que ele sofra o mesmo que sofri e ainda sofro na mão do meu pai e madrasta! Diz em um fio de voz e apenas a abraço com força sentindo seu corpo tremendo junto ao meu.

- Eu prometo ruiva! Digo a ela com toda a sinceridade possível em meu peito.

-Então eu aceito! Diz baixinho e abafado sorrio com uma sensação maravilhosa em meu peito.

- Você não tinha muita escolha! Digo a fazendo rir e mal ela sabe que essa frase foi totalmente sincera, ela querendo ou não iria casar comigo do mesmo jeito, mas é bom que ela fez a escolha certa em me aceitar. Levo meu nariz até seu pescoço sentindo a maciez da pele pálida e fungo ali sentindo o cheiro suave de seu perfume floral. Me afasto de seu corpo sentindo o meu reagir de forma excitada e não quero a deixar desconfortável com isso.

Ela me olha e sorrir com suas bochechas vermelhas e tento o máximo não ficar irritado com seu rosto ainda marcado.

-Vamos colocar um gelo em sua bochecha! Ela me olha espantada e leva a mão pequena até o local o cobrindo e abaixa a cabeça. Seguro sua mão livre e a levo para fora do escritório passamos por todos na sala e vamos para a cozinha, pego um pano de prato limpo e coloco algumas pedras de gelo  amarrando as extremidade do pano o deixando igual a uma pequena trouxa e ponho em sua bochecha tomando o cuidado para não deixar muito tempo, ela segura meu braço. - Sabe ainda estou irritado por você ter fugido do hospital, sabe o quanto fiquei preocupado em não ver você descansando e sendo tratada quando voltei para lá! Digo em tom repreensão e ela abaixa a cabeça novamente.

-Desculpe eu fiquei apavorada já que tinha passado a noite fora, eu estava apavorada do que poderia acontecer, e pode achar até burrice por eu ter voltado para casa mais pode ter certeza que se eu ficasse mais tempo lá seria muito pior! Diz baixo e tenho certeza que se não tivesse tido a conversa ontem com seu pai e lhe ameaçado, a essas horas ela poderia esta apanhando de novo. Caterina é uma menina assustada e traumatizada por causa da crueldade de seu pai.

- Ele lhe bateu novamente certo? Digo apenas querendo ouvir a confirmação de sua boca. Ela apenas acenou em confirmação.

- Foi só um tapa, mas foi minha culpa eu o empurrei e ele acabou caindo no chão! Diz e suspira.

- E por que o fez?. Ela me encara e pude ver seus olhos bonitos marejados.

- Eu fiquei com raiva, ele puxou o cabelo de Liam e ameaçou dizendo que tinha prometido a você que não iria mais tocar em mim, já que você o ameaçou de morte se o fizesse, mas esse acordo não se estendia a Liam, e eu fiquei com muita raiva ao ver meu bebê chorando por causa da agressão daquele homem covarde! Diz e apesar de ter a voz baixa e embargada pude ver a raiva brilhando em seus olhos bonitos e sinto o mesmo no momento.

Ouço o barulho de passos e logo minha irmã aparece com o pequeno ruivo de olhar curioso e amendrotado ao seu lado. Ele vem devagar em nossa direção e agarra as pernas de Caterina esfregando o rosto corado ali.

-Cat você está melhor?. Samanta pergunta preocupada e a ruiva apenas acente deixando um leve sorriso.

A noiva de John Shelby Onde histórias criam vida. Descubra agora