JOHN
ouço os rangidos quando me sento na mesa velha e empoeirada da velha fábrica abandonada onde encontramos Smith e seus capangas que agora estão espalhados e sem vida no chão, ascendo um cigarro olhando a cena violenta em minha frente, senhor Smith está amarrado em uma cadeira velha enquanto seus dedos se encontram em posições agoniantes de se olhar, suas roupas encharcadas de sangue ao qual escorre de sua boca com a arcada dentária incompleta e novamente seus gritos dolorosos ecoa no local 1uanfo meu tio arranca mais um dente o fazendo cuspir mais sangue. Todos sabem o peso que nosso sobrenome tem, todos nesse mundo sujo do crime sabem que não devem mexer conosco pois as consequências disso são devastadoras. E olhando para esse homem que murmura pedidos de perdão enquanto se engasga no próprio sangue me faz ter dúvidas se ele é muito burro ou corajoso para mexer logo conosco.
-Sabe o que mais odeio nesse mundo Smith?.Tio Thomas o encara enquanto o ex contador financeiro da nossa família se afoga em seu sangue. - Pessoas que acham que vai nos roubar e ficará por isso mesmo, eu sou do tipo que não suporta traição Smith ainda mais de quem trabalhava comigo! Ele fala acendendo um cigarro e o colocando na boca. -Mas serei misericórdia com você, até porque estou cansado e admito que deu muito trabalho te encontrar! Ele riu enquanto sopra a fumaça e pega a arma apontando para o velho quase morto. - Últimas palavras! Sopra a fumaça mais uma vez encarando o velho que já não consegue respirar direito.
-Você é o diabo Thomas Shelby! O homem murmura com a voz fraca.
-Mesmo? Pois falarei para meus subordinados te proporcionarem uma ótima hospedagem em meu lar! Sorrio com suas palavras. -Te vejo no inferno Smith! logo o som seco do tiro ecoa pela fábrica fedida, e a parede mofada e respingada pelo sangue do velho que está inerte com um buraco na testa.
-Belo show! Digo para meu tio que espalha C4(Explosivo) por algumas partes do prédio e saio para fora da fábrica para tomar um ar puro, jogo a bituca de cigarro no chão e piso encima fazendo um barulho areado por conta do cascalho e me encosto na pilastra de pedra da velha ponte cruzando os braços enquanto suspiro em cansaço, como tio Thomas falou o velho deu trabalho para ser encontrado nos levando a ficar mais tempo do que o especulado.
Olho para a fábrica novamente e vejo Thomas se aproximando e aperta um controle que está em sua mão fazendo o prédio explodir e uma nuvem densa de fumaça escura se espalhar rapidamente enquanto várias pessoas correm desesperadas para se esconderem.
-Vamos para casa garoto!. Diz passando por mim e apenas o sigo. A viagem de volta foi longa e estressante, mas finalmente chegamos em Birmingham durante a madrugada.
Entramos em casa e deixo a mala no chão, me jogo no sofá sentindo meu corpo extremamente cansado e dolorido tanto pelos dias sem dormir direito quanto pelo estresse que essa viagem proporcionou para nós.
-Vá descansar garoto, você está péssimo! Ouço a voz do tio Thomas e o olho vendo que ele não estava muito diferente de mim, suas olheiras escuras e a perda de peso evidência que esse dias foram dificultoso para ele também, movo minha cabeça de um lado a outro escutando os sons estalados do meu pescoço tenso.
Pego o relógio de bolso e vejo que ainda faltam três horas para ir para a escola e apenas tiro meu sapato e deito no sofá mesmo, meu peito vibra em ansiedade para ver a ruivinha que me atormentou com saudade durante essas duas semanas que passei fora. Descanso o braço sobre minha testa e rapidamente adormeço ali.
Sou desperto com um peso sendo depositado em cima de mim e vejo os olhos azuis de Samanta me encarando enquanto sorri. Reviro os olhos a empurrando para o lado a encaixando entre mim e o encosto do sofá e levanto a fazendo resmungar.
-Nossa seu bruto, se fosse Caterina você não teria a tratado assim! Diz bufando enquanto ajeita seus cabelos e sorrio, pois ela está totalmente certa. Ela levanta e me abraça apertado.- Estava com saudades irmão, tenho muito a te contar sobre esses últimos dias! Diz se afastando e pega a mochila sobre o sofá. - Vai para a escola?. Afirmo e ela caminha em direção a porta, logo saindo de casa e apenas suspiro indo para o meu quarto tomar um banho e trocar de roupa, vejo a minha mala sobre a cama e tenho certeza que Thomas que a trouxe, olho no espelho alguns hematomas em meu corpo e suspiro por não ter nenhum visível, assim não preocuparia Caterina e nem ficaria ouvindo os sermões de Judy. Pego minha mochila e retiro a carteira de cigarro de dentro da mala a colocando em meu bolso, desço para a sala encontrando meu pai sentado no sofá enquanto lê o jornal e lhe conto resumidamente tudo que aconteceu nas semanas que estivemos fora.
-Certo, quando você chegar da escola quero ter uma conversa com você e Thomas sobre Antony Shelby! Diz e fecho a feição ao escutar o nome do homem que quase me matou.
-Certo! Falo sentindo meu corpo sendo consumido aos poucos pela raiva e vou até a cozinha tomar minha medicação antes que tenha uma crise de raiva.
Entro no edifício escolar e bufo irritado sentindo os olhares dos alunos que estão no corredor, apenas os ignoro como sempre e sigo caminho procurando atentamente pela minha ruiva e mais a frente vejo a cabeleira cobreada que tanto me fascina, Caterina está de costas para mim enquanto conversa com Finn e Samanta que ao me ver abre um sorriso discreto, me aproximo notando que ela está inquieta já que fica mudando seu peso de uma perna a outra enquanto mantém seus ombros tensos. Finn logo nota minha presença também e pega a mochila ao qual pendia em um dos ombros de Caterina e se afasta e faço o que vinha desejando a dias a abraço por trás sentindo a maciez de seu corpo quente entre meus braços, suspiro com a falta que aquilo que me fazia e logo todo o cansaço e estresse desaparece como se nunca estivesse ali, ela tenta se solta e a aperto ainda mais.
-Sentiu minha falta ruivinha?. Sussurro próximo ao seu ouvido sentindo seu corpo tencionar e logo enfio meu nariz em seus cabelos sentindo um cheiro diferente, agora um aroma doce de baunilha talvez? Invade meu nariz me fazendo relaxar e ali noto que não é o seu cheiro que me acalmava e sim o simples fato de ser ela de ser a minha Caterina em meus braços independente do aroma que ela exalar. Ela se move entre meus braços ficando de frente para mim e sorrio ao notar suas bochechas tão rubras quanto seus cabelos, observo as várias pintinhas que salpicam seu rosto a deixando adorável, desvio meus olhos para seus lábios rosados e não consigo resistir a tentação de o sentir sobre os meus então uno nossos lábios em um selar a fazendo arfar de olhos fechados. Aperto meus braços ainda mais ao seu redor e desgrudo nossos lábios a fazendo abaixar a cabeça enquanto murmura meu nome e olha para os lados me fazendo repetir seu ato vendo que os alunos nos observa curiosos e logo retorno minha atenção na ruiva que esconde seu rosto em meu peito provavelmente em vergonha, descanso meu queixo no topo de sua cabeça até a ouvir falar baixo.
-Eu senti, senti muito a sua falta! Diz e aperta-me mais contra seu corpo macio enquanto exala profundamente meu cheiro relaxando seu corpo em seguida e ali eu vi que sempre seremos o conforto um do outro independente de qualquer situação que estivermos passando, procuraremos sempre um ao outro como nosso porto seguro.
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A noiva de John Shelby
General FictionOnde Caterina é uma adolescente traumatizada por causa da vida cruel em que leva nas mãos de seu pai. John é um Shelby a família que tem um nome de grande prestígio na cidade de Birmingham. Caterina se torna a obsessão de John Shelby desde quando e...