Capítulo 9

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                           Caterina

Olho para o senhor Thomas que me encara, mesmo com um sorriso quase gentil estampando seu rosto, seus olhos azuis expressão raiva e ciúmes nublando de maneira perigosas os olhos cristalinos.

-Conte-me mais! Seu tom tranquilo causa um arrepio gelado em minha coluna e me encolho na cadeira enquanto ele balança suavemente a bebida em sua mão. - Quem são esses que estão interessados em Suran, Caterina?. Sua voz sai um pouco rouca enquanto espera por respostas.

- Não ouse fazer isso tio! John fala sério enquanto encara seu tio com repreensão, senhor Thomas o olha sorrindo.

- Eu não estou fazendo nada querido sobrinho, só quero que Caterina me responda aquilo que à questionei?. Volta atenção para mim.

-Você a está intimidando! John dispara mais bravo, e meu coração fez para com medo de uma possível briga entre os dois.

-Desculpe senhor Thomas, mas se o senhor quiser saber sobre isso pergunte à senhorita Suran ou investigue por conta própria, eu não irei me meter nisso! Digo a ele em um só fôlego, sentindo meu coração bater acelerado em meu peito.

-Certo! Diz e volta sua atenção ao seu jantar. Durante a refeição o clima ficou estranho e me sinto culpada por isso, é bom para mim aprender não me meter em assuntos que não cabe a mim.

Após o término do jantar dona Judy nos chama para ir para a sala, conversamos um pouco e me levanto.

- Bem o jantar estava delicioso, mas precisamos ir embora não quero dar mais motivo para estressar meu pai! Digo me levantando e Liam me acompanha segurando seu pequeno urso.

- Eu a levarei, só vou pegar suas coisas no quarto e a chave do carro! John se pronuncia e se afasta da janela deixando o cigarro que estava fumando no cinzeiro perto de si o olho receosa e ele sorri. - Eu dirijo desde os dezesseis anos Caterina, não tem porque temer! Diz e se afasta subindo as escadas.

-Você estará segura querida, John é muito responsável quando está dirigindo! Seu Arthur fala e relaxo um pouco, me despeço de todos ali e me desculpo mais uma vez com o senhor Thomas que apenas sorri para mim.

-Vamos?. John chama se aproximando com minha mochila e as sacolas com remédio, me aproximo tentando pegar minhas coisas e ele apenas as afasta e o sigo para fora enquanto seguro a mão de Liam, John abre a porta de trás do carro fazendo Liam subir e acomodar no banco de couro  e logo me acomodo no banco ao lado do de John que coloca as coisas ao lado de Liam e entra no carro o ligando e saímos da sua casa.

Durante o percurso pensamentos do que poderá acontecer quando as pessoas da escola souberem que estou noiva de John toma conta de minha mente, meu corpo treme levemente ao lembrar das ameaças que sempre recebi de Charlotte para me afastar dele, de todos ela é a que mais me preocupa pois é uma menina totalmente problemática e ciumenta, umas das maiores causadoras do bullyng que sofro na escola. Sinto um toque suave em meu rosto e olho para John que me encara preocupado.

-O que está acontecendo com você Caterina?. Indaga preocupado.

- Estou com medo John! Digo a ele que franze o cenho.

-Seu pai não fará nada com você Caterine! Diz convicto.

- Não estou com medo dele, estou com medo do que irá acontecer comigo quando as pessoas da escola descobrir que sou sua noiva, principalmente no que Charlotte fará! Digo com a voz quebrada pelos soluços, ele encosta o carro e o desliga abrindo a porta do seu lado e saindo, ele rodeia o automóvel e abre a porta do meu lado me puxando para fora e me abraça apertado. O agarro como se ele fosse minha bóia de salvação, o único que poderá me proteger de todo o mal que me rodeia.

- Eles não irão fazer nada Caterina, pois acabo com todos eles se ousarem fazer algo para te machucar! Diz sério enquanto alisa meus cabelos. -E pode ter certeza que não será agradável para eles! Diz me apertando mais ao seu corpo e pude sentir suas mãos trêmulas, sei que ele está ficando com raiva.

Levanto o rosto para olhar para seu rosto que está sombreado por causa da boina, seus braços grandes está ao redor de minha cintura a apertando um pouco, John e um garoto alto de corpo esguio, mas ainda sim ele é forte o suficiente para acabar com qualquer um deles principalmente quando está em crise por causa de seu transtorno, já mandou um garoto desacordado para o hospital quando o mesmo grudou chiclete em meu cabelo, lembro de ficar tão assustada que tentei fugir dele de qualquer maneira durante um mês. Mas agora olhando para ele só tenho que agradecer pois John está fazendo de tudo para me manter segura das mãos daqueles que tentam me machucar, e o agradeço muito por isso.

Ele segura meu rosto com cuidado e tira os resquícios de lágrimas que restavam ali. Levo minha mão até sua boina ao qual cobria seus olhos me impedindo de ver o azulado das esferas cristalinas e a tiro.

- Ela estava me impedindo de ver seus olhos! Digo quando ele me olha confuso e logo sorrir.

- Gosta de meus olhos ruivinha?. Indaga brincalhão e apenas afirmo o surpreendendo.

-Gosto, eu me sinto mais segura quando você fala que vai me proteger enquanto olha em meus olhos!  Digo e abaixo a cabeça em vergonha.

- Por que não confia em minhas palavras?. Indaga levantando meu rosto com seus dedos sustentando meu queixo.

- Sabe como dizem os olhos são o espelhos da alma, o único que pode transmitir o que está em seu coração, muitas vezes a boca podem falar palavras mentirosas, mas seu olhos sempre irão transmitir a verdade e é por isso que gosto de encarar os olhos das pessoas enquanto elas falam, assim terei certeza que suas palavras não são apenas mentiras proferidas! Digo a ele que afirma.

-E o que meus olhos transmitem agora?. Me olha e sorrio.

-Transmitem que você é um bobo! Digo e sorrio quando ele me aperta em seus braços. - Eu sei que está falando a verdade John, sua boca fala aquilo que seus coração transmite, sei que nunca mentiu para mim e não preciso olhar seus olhos para perceber isso, mas gosto de os olhar porque eles são bonitos e tem um brilho de ternura sempre que fala comigo! Digo e ele sorri. - Agora vamos embora, não quero estressar mais meu pai! Digo com certo desprezo.

- Vamos! Ele me solta é lhe devolvo a boina o qual ele somente coloca sobre sua perna ao entrar no carro e sorrio por isso.

Ele estaciona o carro em frente minha casa e desço com cuidado, pego as coisas no banco e ele retira o Liam que está adormecido ao me aproximar da porta já consigo ouvir a briga de meu pai e sua esposa. Abro a porta e entro.

- ONDE ESTAVA ATÉ ESSA HORA VAGABUNDA! Ele se aproxima e segura meu braço com força me fazendo resmungar pela dor, tento me soltar é ele apenas levanta a mão para me bater fecho meus olhos me encolhendo e seu agarre em meu braço some e ouço um som alto de algo pesado caindo no chão, quando abro os olhos meu pai está caído na madeira escura e olhando assustado para John que segura Liam em apenas um braço.

-Está bem?. Indaga e afirmo, ele me entrega Liam e beija minha testa. - suba e descanse! Afirmo e me afasto sentindo seu olhar em mim, subo as escadas e quando estou alcançando o último degrau ouço sua voz totalmente fria.

- Vamos conversar lá fora! Diz puxando meu pai pelo braço e fecha a porta ao sair para fora da casa.

A noiva de John Shelby Onde histórias criam vida. Descubra agora