Caterina
Desperto assustada e sento rápido sentindo uma tontura por causa do movimento brusco, olho para o relógio na parede ao qual marca 09:00 horas, vejo que está claro lá fora e constato que estamos em outro dia. Sinto um leve movimento ao lado da maca e olho vendo Liam dormindo todo encolhido.
- Ele irá me matar! Sussurro sentindo o nó na minha garganta e o medo deixando meu corpo trêmulo.
Tiro o scalp ligado ao meu braço e o penduro no suporte onde estão as bolsa de medicação que estavam sendo administrada em mim, um arrepio percorre meu corpo quando toco meus pés no metal gelado da escada ao descer da maca. Pego a roupa que vim vestida a qual estava dobrada encima do pequeno móvel do lado da porta e me visto rapidamente deixando a camisola hospitalar que vestia dobrada no canto da maca, pego Liam ainda adormecido em meus braços e saiu do quarto as pressas. Mas infelizmente esbarro com uma das enfermeira que estava junto ao médico enquanto estava sendo atendida.
- Você não pode ir embora senhorita, ainda não teve alta! Diz aflita ao segurar meu braço que se encontra sujo pelo sangue que escorre do pequeno furo onde estava a agulha.
- Eu tenho que ir senhora, não posso ficar aqui por mais tempo! Digo puxando meu braço com um pouco mais de força e aproveito que outra enfermeira a interceptou para sair dali o mais depressa possível, ao chegar do lado de fora do hospital suspiro aliviada, alivio esse que não durou muito quando ví o senhor Arthur e o senhor Thomas descendo do carro, me escondo atrás do tronco de uma árvore, os espiando e eles seguem caminho entrando no hospital fico escondida por alguns minutos e vejo um táxi se aproximar, asceno pedindo parada e entro no automóvel que segue viagem assim que lhe passo o endereço. Poucos minutos depois chego em frente de casa e pago o motorista com o dinheiro que guardei para pagar o táxi para voltar para casa ontem.
Vejo o carro se afastar e dobrar a esquina, olho para a casa em que moro e sinto uma sensação ruim tomar conta de meu peito, suspiro fundo tomando um pouco de coragem e vou até a porta ouvindo as vozes alteradas de meu pai e madrasta. Abro a porta devagar e me assusto ao ver a situação deplorável em que os dois se encontra.
Meu pai está com o rosto todo inchado e hematomas escuro toma conta de um de seus olhos que está muito inchado, seus lábios estão machucados e ele vem mancando em minha direção afasto para trás até encostar o meu corpo na madeira fria da porta fechada atrás de mim.
-Maldita, olha o que fizeram comigo por sua causa! Fala rude segurando em meu braço me fazendo resmungar em dor. Liam se mexe em meus braços e olha para o avô assustado.
O abraço mais forte quando meu pai sorri com seus lábios deformados.
-Sabe eu prometi ao Shelby que não encostaria mais um dedo em você, mas essa promessa não se estende a esse moleque! Diz olhando para Liam e puxa o cabelo do pequeno o fazendo gritar em dor. O empurro com força o fazendo cair no chão e ele solta um resmungo de dor enquanto me olha com raiva, afago Liam que chora em meu ombro.
- VOCÊ É UM COVARDE DE MERDA QUE SÓ SABE BATER EM QUEM NÃO PODE SE PROTEGER DE VOCÊ! grito para ele que se levanta com dificuldade e logo se aproxima desferido um tapa dolorido em meu rosto. A mulher se aproxima rapidamente de nós e o puxa para trás.
- Está louco?. Fala segurando meu pai que me olha com toda raiva do mundo. -Lembra o que John falou para você ontem? Você quer morrer?. Meu pai olha para ela e acerta um tapa em seu rosto e vai para o andar de cima ouço a porta do quarto bater com força. - Você! Ela aponta seu dedo para mim. - É melhor se manter longe de seu pai, pois se seu noivo o matar por sua causa, eu matarei você e esse pirralho da pior forma! Diz entredentes.
-N-Noivo?. Questiono sentindo meu coração na boca.
- Oh não sabia?. Ela rir e logo após faz careta. -John Shelby veio aqui ontem e fez isso conosco! Aponta para o corpo machucado.- E também fez um acordo com seu pai em troca de deixa-lo vivo, ele pediu sua mão em casamento! Diz sorrindo e nego em espanto.
- I-Isso não pode ser verdade! Digo já chorando e abraço Liam com força quando ele esconde a cabeça em meu pescoço. Vou para o quarto com meus pensamentos a mil e me assusto ao ver a porta deteriorada, o trinco da parte de dentro está no chão e a fechadura que fica no batente está detonada também.
- Foi o tio John, ele tirou eu daqui! Liam fala com a voz embargada e me deito na cama junto a ele que chora baixinho em meu pescoço enquanto faço carinho em seu cabelo.
- Tudo bem bebê a tia está aqui! Sussurro e alguns minutos depois ouço gemidos choramingados vindo do quarto ao lado e sei que Lila está sendo abusada por meu pai, pego Liam em meus braços e saiu para fora de casa para que ele não ouça aquilo. Sento-me na pracinha em frente à nossa casa e deixo as lágrimas de cansaço transbordar assim como o soluço contindo em minha garganta. Liam me olha com preocupação e sorrio para ele.
-Esta tudo bem bebê vai brincar! Digo baixinho e ele afirmar mesmo receoso. Ele deixa o bubu( ursinho azul) ao meu lado e se afasta ainda me olhando e vai até o balanço.
Fico ali de olho nele enquanto deixo o cansaço e angústia esvair em minhas lágrimas abundantes e tento compreender do por que John fez isso.
Chamo Liam não irei ficar me martirizando por resposta não ditas. Entro em casa não ouvindo mais nada e vou com cuidado até meu quarto pego um pouco do dinheiro que guardo no fundo falso da gaveta de calcinhas e saiu novamente indo para o ponto de ônibus, minutos depois pego um táxi e lhe passo o endereço da residência dos Shelby o motorista me olha com receio, mas felizmente aceita a corrida.
O carro é estacionado em frente à grande casa de muros altos e cobertos com trepadeiras e um portão antigo que contém uma pequena guarita ao lado, vou até o homem que está em seu posto de guarda.
- Oi, você pode avisar a Samanta que Caterina está aqui fora! O homem acena em concordância e aciona um botão na caixa metálica grudada a parede e fala algo e logo ouço o barulho do portão sendo destravado e outro homem abre um espaço para que eu possa entrar.
Aceno para ele e entro no terreno junto a Liam que olha tudo com curiosidade, vejo Samanta correndo apressada até nós.
-Meu Deus Cat fiquei tão preocupada com você, por que saiu do hospital? John ficou louco ao retornar para o quarto de hospital e o encontrar vazio! Diz em um fôlego. - Você estava chorando?. Se aproxima tocando meu rosto e me afasto dela.
-Quero falar com John! Digo a ela que me olha desconfiada mas afirma me puxando junto a Liam que fica em silêncio o tempo todo. Ao entrar na mansão o vejo junto a seu pai e seu tio sentados no sofá grande da sala, ele se levanta e vem até mim.
-Venha comigo! Diz e vai para a direção ao que suponho ser o escritório.
- Fique um pouco com a tia Samanta já volto tudo bem?. Ele afirma e aperta seu Bubu o cheirando para se manter calmo. Vejo Samanta segurar sua mão o levando até o sofá e o sentando ali.
Vou atrás de John e ao entrar no cômodo que ele entrou o vejo sentado proximo a janela enquanto fuma.
- Por que?. O indago e ele sorri como se já soubesse o motivo de está ali.
- Porque eu te amo! Diz me deixando pasma.
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A noiva de John Shelby
General FictionOnde Caterina é uma adolescente traumatizada por causa da vida cruel em que leva nas mãos de seu pai. John é um Shelby a família que tem um nome de grande prestígio na cidade de Birmingham. Caterina se torna a obsessão de John Shelby desde quando e...