CAPÍTULO DOZE!

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" ALGUNS ANOS ANTES "

Eu estava no meu último ano da faculdade de gastronomia, junto com Marcus meu melhor amigo, tínhamos planos de abrir nosso próprio restaurante, estava namorando a dois anos, ele se chamava Bryan Martin.

Tínhamos um relacionamento de idas e vindas, meu pai não gostava muito dele, nem o Marcus, os dois brigavam quase sempre quando estavam no mesmo ambiente, sempre procurava encontra-los separadamente, para não acontecer uma briga.

Naquela manhã, antes de ir para a faculdade, acabei tendo uma briga feia com Bryan, ele insistia que eu estava tendo um caso com Marcus, ele apertou o meu braço demais, ficou uma marca, que não deu tempo de esconder dos olhos atentos do meu melhor amigo.

- Ele fez isso com você? Fez não fez? - Marcus pergunta, mas vejo em seus olhos que eu não precisava confirmar nada, ele sabia - Cassie, por que você ainda insiste nesse relacionamento? Ele não faz bem pra você.

- Eu vou terminar com ele - digo arrumando a bolsa no meu ombro, mas ele me encara como se não acreditasse na minha palavra - Eu prometo, palavra de escoteira e você sabe que eu fui escoteira.

- Certo, agora eu acredito - fala e sinto uma pontada de ironia vindo da sua voz.

- Vamos para a aula, bobão.

Empurro seu ombro com o meu, rindo caminhando em sua frente, logo ele me alcançou e caminhamos juntos até a sala, onde primeiro tínhamos aula teórica e depois prática.

A nossa aula prática foi mais demorada hoje, tínhamos que preparar um prato que remetesse a nossa infância, o meu era um prato envolvendo carne, então era um pouco demorado, porque ela precisava ser cozida aos poucos, porque ela tinha que estar desmanchando e as batatas tem que ter um cozimento certo.

Ganhei um nove ponte oito pelo meu prato, saio da sala ao lado de Marcus, rindo do acidente que ele teve com uma das conchas, ele a deixou cair no chão o que assustou a sala inteira e sujou nosso professor, que estava passando bem ao seu lado na hora, isso causou muitas gargalhadas e um Marcus com as bochechas vermelhas pela vergonha.

- Minha nossa, depois eu que sou a desastrada - digo tentando controlar a risada.

- Engraçadinha, quando acontecer com você, vou rir muito - ele fala dando uma risadinha forçada, suas bochechas ainda tinha um leve tom rosado nelas.

Nosso momento de descontração acabou quando ouvimos barulhos de vozes altas, franzo o cenho ao reconhecer uma das vozes, mas achei que estava enganada, olhei para Marcus e ele também tinha a testa enrugada, seguimos o som do barulho e o que vi me deixou chocada.

Meu pai e Bryan estavam brigando, trocando socos e pelo que parecia, há um bom tempo, porque os dois tinham sangue em seus rostos, a multidão me impedia de ver perfeitamente o que estava acontecendo, tive que empurrar muitas pessoas até conseguir chegar nos dois, levei alguns empurrões, cotoveladas no caminho.

- Pai, Bryan. Parem, parem com isso - gritei em meio aos socos deles, tentei chegar neles, mas alguém me impediu.

Os dois não me ouviam, as palavras ofensivas pulavam de suas bocas, eles se empurravam contra a mureta, papai empurrava Bryan em direção a ela, mas eles acabaram trocando de lugar e Bryan empurra meu pai lá de cima.

- NÃOOOO - grito em choque correndo até a mureta, vendo meu pai estirado lá em baixo, desacordado com sangue saindo dele.

- Alguém liga para a ambulância.

- Já estou ligando.

Eu ouvia, mas não identificava de quem eram as vozes.

- Cassie, amor, fala comigo - Bryan fala tentando segurar meu braço, mas me desvencilho dele - Cassie - chama de novo quando começo a correr.

Me Ame, Agora!Onde histórias criam vida. Descubra agora