Cathenys foi criada em uma espécie de harém em Pointsville junto de sua mãe, uma mera concubina. Apesar das circunstâncias, recebia várias visitas de seu pai, o rei Jordensy IV, junto de presentes, joias e roupas. Infelizmente enquanto possuía dez p...
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*Pov: Thomaz Belchior*
Minha história não é tão interessante. Um garoto cuja união de seus pais foi as pressas. Uma princesa caçula sem príncipes dispostos a se casar com ela, sendo forçada a baixar seu status social, para que o rei de Beckmen não fosse obrigado a ver sua filha, jogada ao vento. Então, em uma noite chuvosa após nove meses de matrimônio eu nasci, filho de uma princesa e um Rule. Infelizmente não tive a sorte de conhecer minha mãe, dizem que ela morreu pouco tempo depois do parto, vítima de hemorragia interna.
Passei minha infância e adolescência em Pointsville. Quando completei dezoito anos, já tinha o treinamento necessário para tornar-me o substituto de meu pai. Foi em um de meus trabalhos que conheci ela, uma garota aprisionada dentro de seu próprio ser, com sentimentos aprisionados, aos quais eu queria que ela soltasse para fora. Mas ao mesmo tempo era uma tola, uma menina que "caiu" naquele trono sem entender nada do mundo.
Nos meses que fiquei com meu pai, Beltraz, no palácio de Pointsville, estudava os Rules, cada um com sua função, sua personalidade e diferentes modos de serem facilmente destruídos. Meu pai não participava de seus jogos de corrupções as escondidas, mesmo que isso custasse ter somente o título e não uma boa situação financeira, mesmo que isso levasse nosso sobrenome a queda. Enquanto os outros simplesmente pareciam rir de nossa cara. Estava disposto a acabar com aquelas artimanhas de uma vez por todas. Um dia, antes de ir embora, fiz a pequena rainha se enfurecer tanto ao ponto de me obrigar a levá-la até a aldeia. Lá Cathenys pode ter uma pequena noção do que era a realidade. Ela era uma menina burra e imatura, mas quando fui obrigado a partir, conseguia ver um mínimo potencial. Meu trabalho estava bem sucedido. Em somente cinco minutos naquela carruagem, rumo a algum lugar que eu não sabia qual, meu pai não se conteve em abrir a boca.
- Fique tranquilo, voltará a vê-la. - Disse tossindo, com um lenço em sua frente.
- Não é com ela que me preocupo e sim conosco. Para onde vamos? Não teremos onde ficar. - Dizia preocupado, foi quando o mais velho passou sua mão por meu ombro.
- Não se lastime tanto, iremos para Beckmen. Você poderá falar com seu tio, mostrar seu valor e conquistar a vida que sempre sonhou. - Abaixou a cabeça, era a primeira vez que o via fazer isso, se "rebaixar" desse modo. - Sinto muito que eu não tenha dado a você, a vida que você merecia. Mas os ventos mudarão, eu tenho certeza.
Conhecer meu tio foi o trabalho mais difícil do mundo, ele era mesquinho, um homem que muitos considerariam mal e outros simplesmente fraco, inclusive eu. Embora seja grato, por tudo que me foi concebido logo de início como: roupas caras, banhos todos os dias e comida surreal de tão boa. Estava tão deslumbrado com tudo, que foi impossível notar que meu único parente próximo, estava sendo vítima de uma doença.
