A guerra começou

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*Pov: Cathenys*

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*Pov: Cathenys*

Eu e Pater travávamos uma guerra silenciosa, usando somente nossos olhares. A mulher foi falar alguma coisa quando gritei para que saísse daquele local, naquele mesmo instante. Por um momento ela relutou, pela segunda, pedido por seu marido que se retirasse, ela cumpriu, retirando as crianças e ela do local. Somente reparei que era marido quando vi os anéis em seu dedo. Eu tinha sobrinhos, minha família havia crescido e nem tive sequer a chance de conhece-los e talvez nunca tivesse. Eles eram tão bonitos, com cabelos cor de mel junto dos olhos claros como uma perfeita paleta, eram dois meninos e uma menina. Não conseguia acreditar que crianças tão angelicais pudessem ser filhos de um monstro. Se a adrenalina em meu sangue não estivesse tão alta, teria tido pena de seus rostinhos assustados enquanto seguiam sua mãe para fora do cômodo. Assim que a porta foi fechada segurei com ainda mais força o cabo de prata da adaga.

- Como ousa me desrespeitar daquela maneira perante a minha corte? Como ousou me chamar de bastarda? - Me aproximei dele, Pater era bem mais alto que eu, embora isso já não me importasse mais. Eu só o queria embaixo da terra, se Thera estivesse sete palmos abaixo da terra, Pater estaria a quatorze. Eu aguentei de tudo, aguentei ser desrespeitada minha vida inteira, por ele e pelas mulheres que ele encontrava pelo caminho de seus aposentos, ser maltratada de todas as formas possíveis ao nível de ser jogada na lama; no meio da madrugada ser quase morta na tentativa falha do mesmo de conseguir um reinado, que era meu por direito, aturei a morte do único homem que amei em minha vida, do homem que ele conheceu e algum dia brincou com espadas de madeira, atacou minha ponte, espalhou o símbolo de uma rebelião contra mim, contra meu reinado. Não iria aguentar mais aquilo, não me submeteria a mais nada, aquilo já teria sido demais, as fofocas, os boatos espalhados e seus desrespeitos sobre mim, tudo aquilo acabaria. - ACEITE QUE SOU EU QUEM SENTA NO TRONO. ACEITE QUE SOU EU QUE PORTO A COROA.

- NÃO OUSE LEVANTAR A VOZ PARA MIM. VOCÊ NÃO SABE O QUE EU SOU CAPAZ DE FAZER, CATHENYS. - Ele dizia igualmente levantando sua voz, se aproximou de meu rosto quase colando-os, ele era desprezível. Seu lugar era com os porcos, mas eu faria questão de me encarregar disso. Pater e seus homens seriam aniquilados, um por um, assim como tudo que tiraram de mim. Eu faria mil vezes pior.

- MAJESTADE! É assim que você deve e tem a obrigação de me chamar. É assim que fui chamada por nosso pai, poucos minutos depois de você sair daquela sala. Sou eu que senta no trono de Pointsville, sou eu que esta no controle da ponte, os Rules obedecem aos meus comandos e caso contrário, ficarei feliz em arrancar o fruto podre. - Minhas mãos foram levadas para frente, ainda segurando a adaga, passando minhas mãos por ela, levantando minhas sobrancelhas, em forma de sarcasmo. - É capaz de fazer algo contra mim, caro irmão? Então mostre-me, mostre-me suas armas, porque até agora foram todas falhas. Você tirou algo enorme de mim, tirou o amor de minha vida e eu continuo de pé... - Fechei meus olhos numa tentativa falha de me acalmar. Não tinha jeito, eu estava cega de ódio e aquele fogo que estava crescendo dentro de mim jamais se apagaria. - ESCUTE BEM O QUE EU VOU DIZER, PORQUE EU NÃO VOU REPETIR. Os reinos cairão, você cairá, o mundo entrará em chamas, mas no final de tudo, é a minha dinastia que vai reinar. - Pater estava chocado, olhava como se estivesse vendo o próprio demônio em pessoa, seus olhos esmeralda, se arregalavam a cada segundo, sua respiração estava descontrolada de ódio.

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