Cathenys foi criada em uma espécie de harém em Pointsville junto de sua mãe, uma mera concubina. Apesar das circunstâncias, recebia várias visitas de seu pai, o rei Jordensy IV, junto de presentes, joias e roupas. Infelizmente enquanto possuía dez p...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
*Pov: Cathenys*
Pensei que o dia de meu casamento fosse ser algo mais que especial, algo que eu fosse lembrar para minha vida toda, talvez eu estivesse certa não seria fácil esquecer este dia. Mas a verdade que ninguém nos conta, é que o nervosismo toma conta de nossos corpos, como se estivéssemos prestes a retirar as tripas de nosso intestino. Essa última semana, foi a mais difícil de toda minha vida. Convencer os Rules de que estava certa em me casar legitimamente, ver os rostos de dúvidas de meus filhos ao ouvirem sobre isso junto de Alexandre, a satisfação de Merthen com minha proposta e o espantado visível no rosto de Meadox e Nora. Foi uma semana complicada. Além de pouco falar com meu noivo, afim de prepararmos nossas papéis durante a cerimônia.
Para melhorar, horas antes de entrar nos portões de sabe onde eu casaria, Nora e Mykal estariam dentro de uma sala comigo, ao lado delas um homem velho que parecia me analisar de cima a baixo, escrevendo algo em seus papéis. Quando vesti a roupa, fui obrigada a parar em sua frente enquanto ele escrevia cada vez em seus papéis, me analisando de cima a baixo. Nora tinha lágrimas escorrendo por seus olhos, enquanto analisava meus trajes postos sobre mim, eu era como uma boneca de pano linda, estranha, mas linda. Mykal segurou meus ombros, com um sorriso enorme no rosto, ela me levou até o espelho onde pude realmente reparar em minha aparência completa, eu estava bonita, eu penso que sim.
Meu vestido era como um sonho, o corpete era lindo, com um corte reto pouco acima de meus seios, em meu ombro haviam folhas de ouro formando uma única flor, conectando a uma espécie de tecido solto caindo por minhas costas, minhas mangas eram cumpridas em cortes triangulares no pulso, continuando com um tecido costurado a elas, ao qual eu apertava de nervoso, minha saia haviam galhos e flores sutilmente bordados a ouro, em minha cabeça estava a coroa de meu pai, a cada dia mais bela naquele local, prendendo o véu posto sobre meu rosto. O véu me assustava com seu aparente tamanho, devido ainda estar dentro da caixa que estaria ainda sobre a distante mesa do espelho. Embora, fosse maravilhosamente lindo, branco, como se flores douradas tivessem caído sobre ele no outono, tinha contraste ao vestido que estaria mais para uma mistura de bege e branco, do que somente o branco sozinho. Os sapatos eram como botas de couro da mesma cor da saia, com cadarço firme o suficiente para não fazer-me cair. Meus cabelos, trançados em um coque com a franja caída por minha testa, talvez uma tentativa de apagar meu suor saindo de minha testa.
Uma de minhas criadas entrou no quarto avisando que estaria na hora, junto dela vieram mais cinco. Naquela hora as duas mulheres de minha corte teriam saído do salão privado, o velho continuou acompanhando minha trajetória até o local do casamento. Mais especificamente a trajetória de meu vestido. Estava no final do corredor quando olhei para trás, as criadas que seguravam aquela enorme peça estavam longes demais de mim.
Fui levada até o jardim real, caminhava rapidamente, de acordo com as coordenadas enviadas para mim minutos antes. Adentrei cada vez mais aqueles arbustos, me deparando com uma enorme porta de ferro, era como uma igreja dentro do jardim de um palácio, era linda, os anjos do topo pareciam cantar com a voz do coral de aparentes crianças. Assim que aqueles imensos portões foram abertos todos poderiam ver minha silhueta, a de uma mulher confusa, mas ao mesmo tempo majestosamente bem, cabeça erguida e um olhar exibido. Os guardas tinham suas espadas levantadas e conforme cada vez mais avançava em direção ao enorme altar, elas seriam abaixadas. Todos, de todos os lados me olhavam, Rules, Lords, suas esposas e pessoas que eu jamais havia visto e até senhores de outros reinos aos quais não vieram, mas mandaram suas representações, embora pudesse ver cinco reis diferentes, ao lado de Merthen e sua esposa em um canto no altar, junto de Nora e Meadox. Belchior estava com a pose digna de um rei, ele nasceu para isso, nasceu para governar, ele tinha a roupa com o couro preto mais limpo possível, chegava a brilhar com a luz do entardecer que sairia pelas vidraças, com imagens de Deus e seus anjos pintados, junto a criação de Adão.
