anotado

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É bem estranho voltar do verão e não ter que voltar pra escola, nem comprar material escolar, bate um vazio. Eu ainda não sei direito se tiro um ano sabático ou parto direto pra faculdade, de qualquer jeito eu tenho até o dia 20 de agosto pra pensar nisso.

Hoje o foco é o aniversário do Pablo, ou meu cadelinha. Eu tenho que ir comprar presente, mas eu tô aqui moscando desde as sete da manhã, vou explicar nossos programas de hoje, ele vai passar o dia todo no centro de treinamento, lá pelas 16h vão cantar parabéns e eu vou de penetra, brincadeira eu estou autorizada, eu sou quase parte do time, só não jogo.

E se eu voltar a dormir? Porcaria eu preciso ser alguém na vida e isso começa indo garantir meu futuro de esposa troféu e comprar um presente pro meu namorado, acho que vou comprar um laço, eu sou um ótimo presente e ele é meio tarado e eu fico uma gata com lingerie azul marinho. É melhor eu parar com essas ideias ou eu fico pior que ele e meus irmãos juntos.

Visto um short jeans com uma camiseta larga e um tênis branco. Como eu vou dormir na casa dele e bla bla bla, preciso fazer minha malinha, perfume necessarie, roupa pra de noite, carregador, fone e barrinhas de cereal, o necessário. Jogo minha carteira e chaves, uma mochilhinha preta cabe tudo isso e se duvidar até mais. Agora é hora que eu vejo se tem algum motorista a minha disposição ou não, a resposta é primeira, meu pai.

— Bom dia — falo indo pegar café, eu odeio café, mas se jogar chantilly e mexer fica incrivelmente bom

— Vai pra onde? — ele pergunta

— Shopping, me deixa lá? — falo e bebo o café fazendo umas caretas

— Deixo, não vai comer alguma coisa que preste? — ele diz

— Tá falando que café não presta? — pergunto

— Come uma fruta vai, depois que passa mal, não sabe porque — ele me dá bronca

— Eu ia comer por lá — falo e pego uma banana da fruteira, não é meio cafona o Pedri ter parceria com uma frutaria de bananas? Tem bananas em todas as mesas dessa casa, na geladeira, daqui a pouco elas vão estar subindo pelas paredes

— Já chegaram os exames que você fez essa semana? — ele se refere aos exames e sei lá o que, que de três em três meses fazem pra saber como anda o atleta e tudo mais, as vezes eu esqueço que sou "atleta" é uma palavra meio pesada pra mim, mesmo meu dinheiro vindo daí.

— Só semana que vem — respondo e coloco a louça na lava-louças

— Vai dormir fora? — ele pergunta

— É aniversário dele, tem problema? — pergunto

— Você não aparecendo com neto pra mim — ele responde, eu odeio esse tipo de conversa, dá pra voltar pra quando eu só sofria por gente que não existe?

— Anotado — respondo

— Ele nunca te forçou a nada, forçou? — ele pergunta, se passaram umas cenas engraçadas na minha cabeça

— Não — respondo. Dali ele começa a me contar notícias e que não acredita que o filho dele vai jogar na copa. Aí ele fica falando de jogo o caminho todo, eu não tô funcionando mas tô concordando com absolutamente tudo!














Já estava quase perto do almoço e eu carregava bem mais sacolas do que apenas perfume, achei umas peças de roupas lindas, parei numa lojinha de doces que tinha ali perto, primeiro que como uma boa namorada eu estava escolhendo fotos pra postar e segundo porque eu amo palha italiana.

Três e meia da tarde, e eu estava com coisas bem além do que eu deveria comprar, só se vive uma vez não? Minha mãe foi me buscar e me largou no centro de treinamento, o treino dos meninos não tinha acabado ainda, fiquei lá sentadinha nas arquibancadas até acabar, eu estava com fome, e é pra isso que servem as barrinhas de cereal! Tinham alguns meninos novos ali, provavelmente vindo do LaMasia. Algum tempo depois vieram com um bolinho com velhinhas "18" e entregaram pra ele, com um monte de câmera em volta eu continuei sendo uma mera figurante.

Estávamos no refeitório já e estavam entregando presentes, eram até que engraçados alguns, quando eu fui entregar a sacolinha com perfume e docinhos

— É perfume, certeza — de Jong fala

— Não é o perfume que eu uso — Pablo me olha com uma cara de confuso

— Eu só pedi foto, não falei que ia comprar o mesmo — respondo rindo

— Pelo menos o cheiro é bom — ele fala, guarda de volta e me dá um selinho, mas é muita boiolice mesmo. Pra ser bem sincera eu pensei várias coisas pra comprar esse perfume, mas eu não vou entrar em detalhes. Aí fomos pra melhor parte comes e bebes, ele me deu o primeiro pedaço, eu fiquei com vontade de dar uma bronca nele, quem dá o primeiro pedaço? O discurso foi uma gracinha, mas assim o primeiro pedaço tem que ser do aniversariante, se não qual é a graça?

Chegamos na casa dele quase 18h — Você toma banho comigo? — ele começa me fazendo cócegas na cintura

— Você já tá grandinho pra tomar banho sozinho — sim, eu vou usar idade contra ele, até voltarmos a ter a mesma idade

— Por favor — ele faz cara de cachorro que caiu da mudança, tem como dizer não? Eu sempre falo que não vou, mas no fim eu quase sempre cedo, nem sempre é com segundas intenções, as vezes é só carência mesmo

— Nunca te vi com esse...como que é o nome? — ele fala olhando pro meu crooped em cima da cama dele, eu estava terminando de vestir meus jeans, e estava sem sutiã porque o crooped não dava pra usar com sutiã, e ele tava olhando pra tudo quanto é lugar, eu já havia brigado com ele umas três vezes por ficar olhando pra mim desse jeito, eu me sinto bem desconfortável me trocando na frente de qualquer pessoa depois que saio do banho e não tinha como eu me trocar no banheiro porque a Aurora estava tomando banho lá (foto acima)

— Crooped o nome — falo pegando da mão dele e vestindo

— Por que eu nunca te vi com ele? — ele pergunta voltando a olhar cada coisa que eu fazia

— Porque eu comprei semana passada — respondo — Você molhou, você seca — entrego o secador da mãe dele na mão dele

— Você é linda, eu amo você — ele sussurra no meu ouvido quando eu me sento na ponta da cama

— Eu amo Você, criança — retruco, ele fica ali secando o meu cabelo enquanto eu passo alguma coisa na minha cara. Iríamos sair, eu, ele, os pais dele, a Auora e o Javi, ele preferiu uma coisa sem muita gente. Fomos num restaurante de comida japonesa, quando voltamos pra casa cantamos os parabéns.  Já estávamos jogados na cama dele mexendo no celular, quando Javi e Aurora escancaram a porta do banheiro, eu esqueço que essa merda é compartilhada e me assusto.

— Baralho? — Javi pergunta com a caixinha na mão

— Aurora vai embora, eu ia começar a fazer coisas com minha namorada — ele fala me puxando pela cintura, ela começa a rir

— Entrem — eu falo, e nos ajeitamos pra jogar baralho por ali mesmo, eu na ponta da cabeceira pro lado da porta, Gavi do lado do janelão com as pernas no meu colo, Aurora estava na sua frente e Javi na minha — Nossa sua perna é toda calejada, arranhada, e não sei mais como descrever isso aqui — falo passando a mão na perna dele, ele estava estilo mauricinho short bege social e camisa branca social

— Meu hater é o Pedri, lindinha — ele fala

— Perna de trabalhadores espanhóis é assim mesmo — Javi fala

— Já foi pior — Aurora fala enquanto distribuía as cartas

























Hola culers! Não teve capítulo ontem porque foi meio corrido e eu não tinha deixado capítulo pronto, e eu descobri que tem gente de outros países que leram essa fic, I'm chocked! This is amazing!
Voltando do personagem, flamengo amassou o Maringá e espero que o barção ganhe amanhã e minha felicidade continue! Dembelé e Christensen provavelmente vão voltar amanhã!
Comentem o que acharam e deixem a estrelinha! Ah e o Gavi passou na CNH
Amo vocês e vocês sabem que me adoram, Xoxo Lysa :)

opostos não tão opostosOnde histórias criam vida. Descubra agora