Duas semanas haviam se passado, a casa dele estava vazia, então é lá que saberíamos. Não havíamos tocado muito no assunto, mas eu me peguei várias olhando demais pra minha barriga, que não aparenta nada.
— O que você espera, de verdade? — pergunto sentada na bancada da pia d9 banheiro, ele estava escorado no batente da porta e estávamos esperando o resultado, é a segunda vez que faço essa coisa em cinco meses e meio de namoro
— A chance de dar negativo é quase impossível — ele responde e minha vontade é de dar um soco nele
— Não perguntei isso — ele enrruga a testa — O que você quer que dê? Isso que eu perguntei — explico
— Puts, eu não sei. Eu sempre quis ser pai, só não imaginava que seria tão cedo — ele só me responde isso, olho pro teste na minha frente e nada ainda — E você?
— Por um lado sim, por outro não — respondo querendo começar a chorar, e se me sentir assim daz com que eu me torne uma pessoa horrível?
— C#r@lh0 eu vou ser pai — ele fala e eu olho pros dois testes que haviam dado positivo, eu começo a tremer, ele me abraça
— E agora? — sussurro, eu já chorava, ele também mas eram quase como lágrimas curtas
— Pietra eu vou ser pai! — ele fala sorrindo no meio daquele caos, ele levanta meu rosto e deixar um selar ali, como ele consegue? Eu tô em desespero — Por favor, me fala alguma coisa
— Eu..eu não sei, Pablo — afundo minha cara no peito dele que nem ligou muito, eu estou desesperada — Me perdoa se eu não for boa o bastante — acho que essas palavras demonstraram meu medo
— Não fala isso — ele puxa meu rosto novamente e seca boa parte do meu rosto — Você vai ser uma ótima mãe, não está sozinha — ele fala, acho que é importante que eu fale com ele, está na mesma que a mim, acho que estou apenas piorando. O silêncio engoliu boa parte dos medos, dos choros, dos soluços, do vazio e do desespero, éramos três a partir de agora.
— Como eu vou contar isso pra minha mãe? — pergunto, já estávamos a mais de uma hora abraçados na cama sem falar nada, eu não conseguia falar nada — Eu desobedeci a única regra deles sobre estarmos juntos
— Pietra, eu tenho boa parte de participação nisso, você não fez com o dedo — ele me deu um choque de realidade que eu precisava
— Pelo menos meu teste de motorista é em duas semanas — troco de assunto mas ele entende
— Eu sei o que você acha disso, mas lembra do apartamento que eu tava vendo? — ele pergunta, faço que sim — Vem morar comigo, eu troquei e agora tem espaço de sobra — ele fala
— É óbvio, agora eu sou quase que uma responsabilidade sua — brinco e toda a tensão da situação começa a ir embora
— Podemos contar pros seus pais hoje, os meus amanhã e nos mudamos essa semana — ele fala e começa a se empolgar, além de um bom partido o filho que ele fez vai ter uma sorte e tanto, só balanço a cabeça confirmando, vou acordar todos os dias no meu lugar favorito mais cedo que nunca, ideia tentadora — Eu prometo cuidar de você e de Pievi — ele fala e eu começo a rir
— Nomeou ele assim? — pergunto incrédula
— Para, ele só tem duas semanas — ele briga comigo rindo e passando a mão na minha barriga reta, não sei se vou me acostumar com pessoas tocando essa região do meu corpo, ele até que vai
— Já pensou que fazer filhos é estranho? — começo a viajar na maionese
— Depende de qual parte — ele fala com um sorriso brincalhão e que talvez dizia "podemos comemorar nosso jovem filho de duas semanas" pra pensar isso ou eu passo tempo demais com ele, ou virei pior. Nunca pensei que ficaríamos falando de bebês tão cedo assim, em partes isso também me assusta e muito, mas com o tempo eu aprendo a conviver
— Todas!
Eu continuo sem saber o rumo da história ao certo, mas eu prometi capítulo! Dica do dia: não corram muito sem se alongar antes! (Eu fiz isso e tô com dor faz quatro dias) subimos na Hashtag fcb e gavi, obrigada!
Dei uma atualizada na playlist, se escutarem me contem o que acharam!
Torçam por mim (aposta), deixem a estrelinha e comentem o que acharam! Amo vocês e vocês sabem que me adoram :) Xoxo Lysa
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opostos não tão opostos
Fanfiction"E foi aqui que tudo virou de cabeça pra baixo" a história de como Pablo Gavira e Pietra González, se acharam um no outro e perceberam que mesmo opostos, são parecidos. Uma história de romance clichê para deixar o coração quentinho.