Eu dormi na sala e acordei na minha cama, com o barulho de confetes estourando, e quando eu abri meus olhos, meu quarto tava parecendo discoteca de tanto balão espalhado, nem tinha como achar o chão direito, fui acordada com café na cama e flores, eu achei fofo mesmo não indicando meu humor de manhã. Eram dois cupcakes com velas que juntas formavam "18" quando eu ia assoprar as velhinhas Jake apareceu quando um chapéuzinho de aniversário, hoje ele faz um ano.
Achei muito fofo, cada ano eles fazem uma coisa diferente, acho que isso que me faz gostar dos meus devidos aniversários e o melhor de tudo é em uma sexta feira!
Passei as pouco mais de meia hora desde que acordei respondendo parabéns e coisas do tipo, nos aniversários todo mundo te dá parabéns, até quem te odeia é quase a única vez que você é lembrada por bem e não por fofoca barata, seja da Internet ou não. Pablo estava xeretando meu quarto, não sei qual é a graça ele já deve conhecer cada detalhe de tanto que olha quando cansa do celular dele, eu não julgo porque na maioria das vezes eu faço mesmo, não tô falando que fica um silêncio bizarro, já verdade a gente não Cala a boca de tanto que fala.
— O que é isso? — ele pergunta, se referindo a um caderinho meio aberto perto da minha estante de livros
— Eu bati a cabeça e comecei a escrever um diário com dez anos — respondo, esses dias eu achei junto com alguns álbuns e resolvi ler
— Tá de brincadeira? E você deixou à vista? — ele pergunta pegando o caderninho e trazendo pra cama
— Eu só escrevia quando tava com raiva, acho que tem até a parte em que o Carter tinha beijado pela primeira vez no ano novo e eu tava com raiva porque gostava dele — falo, não digo que falei demais, porque não falei
— Você tinha dez anos e ficou com raiva porque ele beijou outra garota? — ele pergunta querendo rir
— Não, eu tinha onze, não muda muita coisa. Eu comecei a escrever em outubro de 2014 e a última coisa que escrevi foi no meio de janeiro de 2016 — não sei se ajudou
— Posso ler? — pergunta, faço que sim, ele já tinha aberto. Eu resolvo trocar de roupa e passar alguma coisa na cara, o que era meio difícil com tanto balão espalhado — Você ficou brava porque uma amiga sua ficou falando do Tom Felton pra você e você ficou com ciúmes?! — ele ri
— Claro, ela preferia o ator do Ron — grito do banheiro me defendendo
— Você sempre foi sem paciência assim? — ele faz uma pergunta retórica rindo
— Tá surpreso por quê? — retruco indo atrás de alguma roupa, pego uma blusa lilás de alcinhas e uma calça jeans preta — Deu, para de ler isso aí — reclamo, eu tô enjoada do meu quarto já, eu amo meu quarto mas sei lá
— Só responde quem é esse Juan que você tanta reclama — ele fala largando em cima da cama e enfrentando os balões até a porta também
— Um garoto madridista insuportável que eu tinha que estudar junto — respondo, aí ele pede pra tirar foto minha e lá se vai uma sessão de fotos, mas eu gostei — Agora me carrega — falo quando conseguimos deixar todas as bexigas apenas no meu quarto, ele desce as escadas comigo em suas costas pulando ainda, se eu cair a culpa é total dele e ele não tem provas de que fui em quem pediu
Tinha mais bexigas e confetes espalhados pela casa e Donuts organizados que formavam 18 também
— Bom dia, podem começar as histórias — falo deixando um beijinho na bochecha do Gavi, e indo me sentar na mesa, ele se senta ao meu lado. Uma coisa é certo, todo ano no café da manhã eles costumam contar as melhores histórias minhas ou as piores
— Você tava insuportável quando a gente foi assistir um jogo do Barcelona no Camp Nou e você passou duas semanas inteiras se gabando que tinha entrado com o Neymar e ele tinha falado que você era bonita — Fer começa, eu falava isso e jogava o cabelo ainda
— Teve aquela vez que ela implorou pra ver aquela cantora lá — minha mãe conta — Qual o nome?
— Você já respirou o mesmo ar que a taylor? — Gavi pergunta
— Meu bem, eu já abracei a Taylor! — falo jogando o cabelo e pegando mais um donut
— Sortuda do cacete — ele retruca, e eu sei que queria xingar mas tem amor a vida (ainda)
— E quando ela passou uma semana brava comigo porque eu peguei um moletom dela — Pedri conta
— Em minha preciosa defesa, era o meu favorito e você não deixa eu pegar moletom seu — retruco
— Mas você pega do mesmo jeito — retruca de volta
— Você também me suborna, para de ser assim — digo e a partida de Ping pong acaba
— Teve também quando tudo tinha que ter cebola — meu pai acrescenta
— Cebola é bom, fazer o que? — hoje eu olho pra essa história e quase me xingo, porque era realmente cebola em quase qualquer coisa, exceto apenas pra doce, qualquer prato salgado precisava ter cebola ou eu não comia. Depois disso foi vários retruca pra lá e retruca pra cá de histórias que damos risadas, todo aniversário é assim e espero que isso nunca mude!
Fizemos comemoração com um monte de flores e docinhos rosa, com músicas e filmes de patricinha, achei legal ser algo só nosso sem gente por perto, eu gosto disso! Foi perfeito e completamente a minha cara
Saudades? Eu também! Ontem não teve capítulo porque eu passei o dia fora ou reclamando de cólica, mas eu já tô melhor!
Obrigada pelas 4k de leituras e em agradecimento eu fiz uma parte da playlist pra fanfic que eu acho que mencionei a vários capítulos atrás, vou tentar deixar o link nos comentários, mas é essa aqui:E eu tava aqui pensando o que vocês gostariam nas próximas comemorações de marco de leituras? Tipo como eu posso agradecer vocês por lerem, eu tenho algumas ideias, se tiverem deixa aí pleasee!
Comentem o que acharam e deixem a estrelinha, amo vocês e vocês que me adoram, beijão! Lysa
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opostos não tão opostos
Fiksi Penggemar"E foi aqui que tudo virou de cabeça pra baixo" a história de como Pablo Gavira e Pietra González, se acharam um no outro e perceberam que mesmo opostos, são parecidos. Uma história de romance clichê para deixar o coração quentinho.