opostos não tão opostos

e você presta?

— Vem — ele pega minha mão pra sair do carro, era tipo uma sorveteria

— Tchau — me despeço do cunhado dele e paramos na porta

— Calma, já eles liberam — ele fala acariciando minha mão

— Você realmente fechou o lugar só pra gente conversar? — pergunto incrédula

— Você disse "sem gente por perto" foi o que eu fiz — ele responde sorrindo — Vem, abriu — entramos no local e era lindo, uma gracinha e um cheiro de lavando incrível

— Eu quero um milk-shake de ovomaltine  — respondo a moça que me pergunta após trocar algumas palavras com ele, ele pede um de morango

— Por onde a gente começa? — ele pergunta desviando o olhar

— O que você sentiu? — pergunto assim que me sento frente a ele

— Como estamos conversando? — ele devolve outra pergunta

— Olha — paro de falar e solto um suspiro longo — Eu não quero estragar a amizade que a gente tem

— Perfeito — ele abre a boca e começa a pensar no que ia dizer, mas eu o corto

— Mas não sei se quero deixar de lado o que eu senti — ganho coragem e falo

— Ótimo, estamos em sintonia — ele fala e relaxa os ombros

— Tirou um peso também? — fali rindo de nervoso

— Com certeza — ele ri e os milk-shakes chegam

— O que sentiu, ontem? — pergunto e tomo a bebida

— Não dá pra explicar com palavras, só quero que saiba, que não aproveitei o momento...só foi por impulso — ele encolhe a mão que brincava com o canudinho e dá um gole

— É como, fogos de artifícios — deixo escapar

— Exatamente — ele sai do transe — Posso confessar uma coisa?

— Manda bala — falo, o nervosismo continuava dentro de mim

— Lembra quando você me perguntou, por quantas eu já tinha sentido alguma coisa? — faço que sim — Uma das duas é você, e a outra garota foi a minha decepção

— Acho melhor eu deixar esclarecido que eu não sei o que eu sinto — digo e o ambiente e sua expressão ficam tensos — Mas eu sei o que eu senti ontem, e não quero deixar pra trás

— Então, eu não quero parecer emocionado, mas eu não quero te perder, Pietra — ele fala pegando na minha mão

— Eu tô disposta, é difícil admitir mas meu coração acelera, eu sinto tanta coisa quando eu te vejo Pablo. Você anda mexendo demais comigo, quando eu acho que é coisa da minha cabeça, você aparece e faz parecer que é real, você mexe comigo e eu odeio admitir isso — falo e solto uma longa quantidade de ar, os olhos dele transmitem um brilho que eu nunca tinha visto

— Você faz pior comigo, eu te vi beijar todos aqueles caras, você não sabe o tanto que eu me corrói por dentro, pensando que se eu não enrolasse tanto, poderia ter sido eu todas as aquelas vezes, mas não fui, eu senti ciúmes que não tinha o porque, ou tinha. Você também mexe muito comigo, e é a primeira vez que eu admito isso em voz em alta. Me doeu todas aquelas vezes que você reclamava de "pievi" enquanto eu só queria que fosse real, que acontecesse de verdade, em que eu só pensava em provar do seu gloss e falar tudo, mas eu não conseguia, por mais que eu te conheça eu não sabia sua reação, achei que cê nem ia querer olhar na minha cara — ele para de falar um pouco, eu fico total sem saber o que falar, mas todas aquelas palavras estavam me atingindo e meu coração acelerava

— Eu sinto muito — falo com voz melancólica e faço carinho em sua mão livre — Eu só percebi que você mexia comigo, quando você brincou com aquela garotinha no hospital — ele sorri

— Não pode ser verdade Pietra — começamos a rir

— Mas é — falo entre as risadas — Eu não me arrependo de ter te falado nada do que eu disse

— Eu me sinto livre, mas não vale usar contra mim — ele aponta o dedo na minha cara

— Eu prometo — levanto as mãos em sinal de redenção

— Bom e agora? — ele dá outro gole na bebida

— A gente mergulha nisso e vê no que dá — respondo — Só não me faça ter que escutar as músicas depressivas da Taylor Swift com motivos

— Prometo se você me prometer o mesmo — ele faz o acordo

— Claro — sorrio — Que tal se a gente começar agora — levanto uma das sobrancelhas terminando a bebida

— Você não presta, mas até que não é ruim — ele ri

— E você presta? — faço uma pergunta retórica e ele faz cara de quem tá pensando

— Você vai ter que descobrir — fala fazendo biquinho, saímos do local alguns minutos depois — Se eu não for enxerido..

— Mas já sendo — completo

— Isso, por que você e o González brigaram? — ele pergunta antes de continuarmos a andar

— Não estraga isso aqui — coloco meu braço em que estávamos de mão dadas em cima do seu ombro e escoro a cabeça ali — Depois eu me resolvo com ele — ele balança a cabeça e beija minha testa

— Tem um shopping aqui perto — ele muda de assunto

Ooi, gente eu nem sei oq falar das últimas notícias do Barcelona, entrei em desespero umas par de vez, tô acahando suspeito caírem desse jeito em cima do barça, mas ok. O pedri voltou a treinar, e domingo temos el clássico!!! Comentem oq acharam e deixem a estrelinha, beijão!
Ass: Lysa