— O que sente por mim? — pergunto, já faz bastante tempo que eu quero saber, porque não aproveitar a oportunidade?
— Me pegou desprevenido — ele fala passando a mão na nuca — Eu sinto muita coisa por você, sendo bem sincero. Mas eu também tenho medo do que pode acontecer
— Então a gente vai tentar alguma coisa pra valer? — pergunto o encarando nos olhos, e eles estavam brilhando como naquela noite
— Se você quiser..
— Não, se for pra ser assim é melhor deixar quieto — o corto no meio e ele me olha confuso — Eu quero, você quer, eu gosto de você, você gosta de mim, ok? — ele assente — E se eu e você quer que dê certo, tem certas coisas que a gente precisa conversar — falo
— Tipo?
— Esse negócio de se "você quiser" em alguns casos, ok! Mas você também vai ter que falar o que você quer, e a gente entra em um acordo — falo, eu não quero ser grossa, mas isso se chama evitar problemas
— Bom ponto, você tem pressa pra eu colocar uma aliança nesse dedo — ele fala simbolizando colocar uma aliança no meu dedo anelar da mão direita
— Não, acho que devíamos nos conhecer melhor — eu falo — E eu acho melhor eu deixar claro, que eu vou esperar você fazer as coisas mais "difíceis" primeiro
— Eu nunca fiz nenhuma das duas coisas — ele retruca
— Pode confiar, que quando você estiver pronto pra falar, eu vou estar pronta pra corresponder — digo e deixo um selinho em sua boca
— E o que somos agora? — ele pergunta colocando a mão na minha cintura, e eu fico de joelhos entre uma de suas pernas
— Amigos — ele me beija e minha vai pra sua nuca — Que se gostam — falo quando nos separamos
— Pietra, vem comer e... — Fernando escancara a porta do meu quarto, e vê um pedaço da cena anterior
— A gente já tá indo — eu me levanto, provavelmente parecendo um pimentão de tão vermelha
— Mas você não vale nada mesmo, viu — ele fala rindo da minha cara, eu vou até a porta, fecho e fico no corredor com meu irmão mais velho
— Por favor, não fala nada — peço
— Só se me contar tudo — ele fala
— Tá, mas eu juro que não tinha nada demais ali — Eu digo
— Eu sei, você trancaria a porta e seu quarto nem tem espaço direito pra isso de tanta zona — ele fala com os braços cruzados escorado na parede
— Cala a boca — fico dando soquinhos no ombro do mesmo
— Assim que ele for embora, eu quero você no meu quarto, me contando detalhe por detalhe — ele fala fazendo gestos
— Você é insuportável — falo entrando no quarto
— Você não respondeu — ele grita do lado de fora
— Tá, agora me deixa em paz — grito de volta
— Olha lá em — eu só reviro os olhos
— E? — Gavira pergunta
— A gente continua conversando depois de comer, eles trouxeram torta de amendoim — falo
— Torta de amendoim? — ele pergunta no meio de caretas
— É, deve ter mais coisa lá, passar fome você não vai — falo
— Eles são sempre assim quando você tá com alguém? — ele pergunta
— Assim como?
— Desse jeito, ah sei lá eu não sei explicar — ele ri
— Meio em cima e querendo saber de tudo? — pergunto
— Isso
— Não é sempre — falo puxando a mão dele, afinal temos torta de amendoim lá na cozinha
— Nem sabia que ce tava aqui, Gavi — minha mãe fala, enquanto eu pego os pratinhos pra comer a torta
— Faz um tempinho que eu cheguei, tia Rosy — ele fala e abraça ela a comprimentando
— Mas o Pedri nem tava aqui — ela fala, ele só leva a mão a nuca e me olha como se pedisse socorro
— Mas eu não vim ver ele, como sempre — ele responde, e eita como foi na lata
— Eu nem vou comentar — meu pai fala colocando um pedaço da torta na boca
Meu quarto já estava quase no fim da arrumação do meu quarto, ele ainda estava lá, e eu estava muito feliz com isso.
— Quem são esses? — ele se refere a uma foto do meu álbum, nela estavam eu, Melissa, Steven, Mike, Aleix e Henry em um campo
— Melissa, Steven, Mike, Aleix e Henry — aponto pra cada um na foto
— Era algum jogo? — faço que sim — e você estava com uma camisa do flamengo?!
— Claro, até hoje eu não acredito que tenho ela autografada com todos os jogadores de 2019 — retruco
— Quem jogava? — ele pergunta
— O Aleix, Mike e Henry, Steven hoje é o marido da Melissa, que é irmão do Henry — respondo
— Jogavam onde? — no La Masia mesmo, eu acho
— Pietra, você é muito lerda, eu jogava no La Masia, o Fati jogava no La masia — ele fala rindo
— Cara, é sério isso? — pergunto em choque
— Eu era o camisa dez, e você era a amiga do Aleix que ele não deixava ninguém chegar perto — caraca, a gente podia ter se conhecido antes
— Porr@, é sério? — eu falo
— Você xingando? quem é você e o que fez com o docinho de quem eu gosto? — ele fala alisando meu cabelo
— Paro com as gracinhas
Oiee! Me respondam uma coisa, vocês gostariam se de vez em quando tivesse o ponto de vista do Gavi?
Tá um caos o Twitter e o Tiktok depois do jogo de quarta, e espero que a gente ganhe do Girona na segunda, bom feriado pra vocês!
E atualizações do menino da minha sala que eu achava que torcia pro barça, eu puxei assunto e ele torce pro Real, mas é super humilde e não fica falando de champions
Respondam a minha pergunta e deixem a estrelinha, beijão!
Ass: Lysa
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opostos não tão opostos
Hayran Kurgu"E foi aqui que tudo virou de cabeça pra baixo" a história de como Pablo Gavira e Pietra González, se acharam um no outro e perceberam que mesmo opostos, são parecidos. Uma história de romance clichê para deixar o coração quentinho.