Elisa
_Doutora Elisa, a doutora Bruna está chamando a senhora em sua sala. -Diz minha secretária, Clara, após entrar em minha sala.
Me levanto e então sigo a caminho da sala da doutora Bruna, chego lá, bato na porta e ela me manda entrar.
_Me chamou Doutora? -Digo e ela pede pra eu me sentar e assim eu faço.
_Sim, o Presidente do Grupo Barbieri, Júlio César Barbieri, marcou uma consulta sigilosa e eu estou passando pra você, você não deve contar a ninguém pois como eu disse, é uma consulta sigilosa. - Ela me fala e fico surpresa.
_Mas porque você vai me entregar um caso tão importante como esse? Não sei se estou preparada. - Digo insegura, pois a final de conta, faz pouco tempo que me formei em psicologia e logo iniciei o meu trabalho aqui na Clínica, não me sinto tão pronta pra algo tão importante assim.
_Eu sei que faz um pouco mais de 1 ano que você se formou e começou a trabalhar aqui na Clínica mas eu tenho te observado e visto o quanto você é competente, você sabe que eu sempre te achei uma aluna brilhante e exemplar, se eu não achasse você apta para este caso, eu não estaria te pedindo isso, sei que você é capaz, então vai aceitar? -Ela me pergunta e eu respiro fundo.
_Vou sim, muito obrigada pela confiança, Doutora, farei o meu melhor. - Digo com confiança.
_Muito bem, é assim que eu gosto. Agora, você quer saber mais sobre o paciente? - Ela me pergunta, eu aceno que sim e logo ela começa a me explicar.
_Uau, realmente é um caso bem delicado, crises de ansiedade e de pânico em excesso podem ser até fatais em muitos casos, vejo que terei muito trabalho pela frente. -Digo e ela assente positivo.
_Com certeza, Doutora Elisa. Porque você não para de olhar pro seu relógio, tem algum compromisso? -Ela me pergunta e agora eu percebi que não parei de olhar pra hora.
_Ah sim, hoje tem jogo o São Paulo joga contra o Grêmio e eu vou pro estádio. -Digo e ela sorri baixo.
_Aaa claro. Bom, por hoje é só, está liberada, pode ir e boa sorte, até amanhã. -Ela diz, eu agradeço e saio.
Saio da sala da doutora Bruna, volto pra minha sala, penduro meu jaleco, pego meu celular e carteira, guardo na bolsa e saio.
Chamo um Uber e espero fora da empresa, logo ele chega, entro no carro e olho no relógio e vejo que ainda são 17:00, respiro aliviada já que a partida é apenas as 20:00.
O Uber estaciona do outro lado do meu prédio, então eu desço do carro e vou atravessar a rua, então recebo uma mensagem que provávelmente é da Carol me lembrando de ir pra casa dela amanhã pra um jantar que ela vai preparar porque ela quer apresentar o pai dela pra todos os amigos, pois já faz um ano que conheço ela e nunca vi o pai dela, ele que veio do Rio Grande Sul a trabalho pra passar duas semanas aqui em São Paulo e ela tá super ansiosa pra que a gente conheça ele que tá mandando mensagens no nosso grupo desde o início da semana. Vou pegar o celular na bolsa mas não percebo um carro vindo em minha direção, quando vejo é tarde demais, apenas caio com oo susto, já que por sorte o motorista consegue frear, então ouço a porta do carro bater.
_Você está bem? Se machucou? -Ele pergunta, então eu olho para o meu braço e vejo que apenas minha mão tá um pouco arranhada mas de resto eu tô bem.
_Não, eu tô bem. -Digo e ele me ajuda a levantar, olhando agora, esse rosto, esses cabelos grisalhos e a voz um pouco rouca, me parecem familiares mas não me lembro, paro de admirá-lo, quando de repente ele começa a brigar comigo.
_Poxa vida garota, tá maluca? Não sabe que tem que olhar pros lados quando você for atravessar a rua não? -Ele diz quase gritando comigo.
_Oi? Maluca? E o senhor não viu que tinha alguém atravessando, porque não bunizou? Ah deve ser a idade atrapalhando a sua visão. -Digo a ele e ele passa a mão no cabelo, e isso quase me fez esquecer que eu tava brigando com um desconhecido na rua.
_Quer saber? Não vou perder meu tempo brigando com você, dá licença que eu tenho compromisso e não quero atrasar. -Ele diz entra no carro e sai, me deixando incrédula.
Eu simplesmente não estou acreditando, que quase fui atropelada e pior por um cara grosso pra caramba, gostoso porém rude. Gostoso? Eu quis dizer seboso, é seboso. Pelo menos ele desceu pra prestar socorro é o minimo que ele podia fazer também né.
Então depois de tudo isso, atravesso a rua e vou em direção ao prédio que eu moro.
Chego em casa, coloco a bolsa na mesinha de centro da sala, pego meu celular e ligo pra carol mas só da ocupado, então eu olho pra mão e me lembro do acidente e daquele cara, parando pra pensar agora depois de todo aqueles caos, ele bem que é um gato, um coroa bem gato, tenho certeza que ele parece alguém mas não sei quem, mas não importa nunca mais o verei mesmo.
Vou até a cozinha faço um lanche e terminando de comer olho no relógio, vejo que já são 18:30, então decido ir tomar banho pra me arrumar mas quando pego o celular a carol me liga.
_Oi Carolzinha. - Digo ao atender o celular.
_Oi Elisa, vi que tu tinha me ligado mas eu tava com o meu pai por isso não pude atender mas então você vem amanhã, né?
_Relaxa gata, eu vou sim mas é que horas mesmo? Pergunto enquanto vou andando em direção ao meu quarto.
_Amanhã as 20:00 amiga, meu pai vai tá trabalhando. Mas me conta, foi por isso que tu me ligou? - Ela me pergunta e então eu conto o que aconteceu.
_Foi por isso também, mas tu acredita que quase fui atropelada hoje? - Digo e consigo ouvir ela se engasgar mas logo se recuper.
_Sério amiga? Você tá bem? Como isso aconteceu? - Ela pergunta assustada.
_Eu tô bem, foi apenas um susto. Eu ia atravessando a rua, então recebi tua mensagem e fui ver, então veio um carro com um coroa maluco e extremamente rude, pelo menos ele desceu pra prestar socorro. - Eu conto pra ela.
_Ai amiga que loucura, ainda bem que você tá bem, hoje aconteceu algo parecido com meu pai também parece que alguém entrou na frente do carro dele porque tava prestando atenção no celular, mas graças a Deus mas tudo bem. - Ela diz e eu fico impressionada com tamanha coincidência.
_Sim amiga, bom agora eu tenho que ir, se não me atraso e ainda tenho que chamar um uber, só queria que meu carro saísse logo da oficina. - Digo pra ela.
_Tá bom amiga, não esquece viu, amanhã as 20:00, tá? beijo. -Ela diz e logo desliga.
Vou pro banheiro, tomo um bom banho, saio escovo os dentes e vou pro quarto me arrumar, penteio meus cabelos, faço um rabo de cavalo e pronto, não me maquio passo apenas um liptint e uma mascara de cilios.
Então me visto, passo perfume, alguns acessórios e estou pronta, pego meu celular, documentos e dinheiro, guardo tudo no bolso, detesto ir com bolsa pro estádio, feito tudo isso saio de casa, fecho a porta e guardo as chaves e saio pra pegar o uber pra ir pro estádio.
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Amor em campo [RENATO GAÚCHO]
RomanceAqui começa a história de uma jovem psicóloga e de um experiente técnico de futebol, que se apaixonam e enfrentam muitos problemas e preconceitos por conta da diferença de idade mas que juntos aprendem a superar os problemas. Como será que essa hist...