ELISA
PUTA MERDA! É só o que eu consigo pensar, mesmo sabendo que a Carol sempre quis que isso acontecesse, ainda sim me bate um certo receio, agora que é real.
_Pai? Elisa? Vocês vão me explicar o que tá acontecendo aqui. -Ela pergunta e eu olho pro Renato, que logo agarra minha mão.
_ Surpresa! Pedi ela em namoro. - Ele fala e mostra nossa mãos juntas e as alianças e eu fico totalmente surpresa é em choque. Não imaginei que a Carol descobriria o nosso namoro nessa situação.
_ É sério? Caramba, fico tão feliz, que vocês finalmente assumiram o que sentem um pelo outro. - Carol diz batendo palminhas e vindo ate nós e nos abraçando, então finalmente respiro aliviada e relaxo, por um momento pensei que ela não iria gostar, que bobagem.
_ Até que demorou em pai. -Carol diz e Renato solta um sorriso debochado pra ela.
_ Fala alguma coisa, amiga. - Ela diz pelo fato de eu ainda estar quieta, assimilando que ela descobriu o nosso namoro por que viu a gente se beijando na porta de sua casa.
_É isso ai. -É tudo que consigo falar.
_ Vou levar ela pra casa, muita coisa aconteceu com ela hoje. - Renato diz e nós despedimos da Carol.
Saímos de la e seguimos caminho a minha casa no carro do Renato. No trajeto, fico pensando em tudo que aconteceu, sou desperta dos meus pensamentos com o Renato pegando minha mão e depositando um beijo sob a mesma.
_ O quê que tá passando nessa tua cabecinha, que tu tá tão pensativa? - Ele diz e dou um sorriso morno pra ele.
_ Tudo que aconteceu hoje, desde proposta de trabalho, a assalto, a Carol descobrindo nosso namoro assim desse jeito, no meio de toda essa bagunça. - Digo e ele me lança um olhar carinhoso mas prestando atenção na estrada.
_ Eu sei que não foi a forma mais adequada de contar pra ela mas foi como aconteceu, talvez tivesse de ser assim mesmo, nem tudo tem um motivo as vezes as coisas só acontece como tem que acontecer. - Ele diz e talvez esteja certo.
Finalmente chegamos, subimos o grande prédio e entramos. Renato olha tudo e agora que me lembro que ele nunca esteve aqui na minha casa, esaa é a primeira vez que trago ele aqui, não queria que fosse numa situação assim, queria em outro momento, numa situação melhor.
_ Quer beber alguma coisa? -Pergunto deixando minha bolsa em algum lugar, não me sinto bem, me sinto ainda anestesiada, não consigo acreditar que tudo isso aconteceu comigo em um dia, fui do céu ao inferno em questão de horas e agora tô na minha casa com o meu namorado que é o pai da minha melhor amiga.
_Não, obrigado. - Ele diz e dou um sorriso murcho pra Ele e vou até a cozinha, pegar água pra mim e ele me acompanha.
Entro na cozinha, quando abro a geladeira e pego a garrafa, vejo que estou tremendo.
_Você tá bem? - Ele pergunta e vem até mim e segura meu rosto entre suas grandes mãos, então desabo em choro e ele me abraça.
_ Eu podia ter morrido Renato, eu não pensei nas consequências dos meus atos, eu apenas agi por impulso e se tivessem me visto tentando sair, teriam atirado em mim e eu não estaria aqui agora. - Digo aos prantos e ele me abraça mais forte.
_ Não pensa nisso, você está bem, está viva, está aqui comigo e só isso importa, eu não vou deixar que nada aconteça com você. - Ele diz enquanto me abraça e com uma das mãos faz carinho no meu cabelo, me tranquilizando e passando a segurança que eu preciso.
_O meu carro Renato, se tivessem acertado, eu não estaria mais aqui... - Digo, eu não consigo parar de pensar no quanto fui imprudente, no quanto me arrisquei.
_Não fala isso meu amor, não consigo mais me imaginar sem você, quero ficar com você o resto da minha vida, o que eu acredito que não seja muito devido a minha idade. - Ele diz e eu acabo sorrindo.
_Cala a boca, Renato. - Digo lhe dando um tapinha no ombro.
_Isso, finalmente consigo ver um rastro daquele sorriso lindo, que ilumina tudo ao meu redor, eu te amo garota, te ver triste estilhaça o meu coração em mil pedaços. - Ele diz e me dá um selinho.
_Você me ama? -Pergunto, pois é a primeira vez que ele me diz isso.
_ Sim, eu te amo, amo muito, como nunca amei nenhuma outra mulher em toda minha vida, eu te amo, Doutora - Ele diz e meu coração dispara rápido.
_ Eu te amo, Portaluppi. - Eu digo e ele me dá um sorriso sincero, o mais lindo sorriso que ele ja me deu, que me faz esquecer tudo ao meu redor, tudo que aconteceu, como se só existem nós dois e apenas nossas memórias. Então ele me beija, um beijo apaixonado, nossas bocas se encaixam perfeitamente, como se fossem duas peças perfeitas de um quebra cabeça que acabamos de montar, eu o amo, como nunca amei nenhum outro homem, Renato em tão pouco tempo fez o que nenhum outro homem jamais foi capaz de fazer, agora eu sei que a única certeza da minha vida é que eu amo Renato Portaluppi.
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Amor em campo [RENATO GAÚCHO]
RomansaAqui começa a história de uma jovem psicóloga e de um experiente técnico de futebol, que se apaixonam e enfrentam muitos problemas e preconceitos por conta da diferença de idade mas que juntos aprendem a superar os problemas. Como será que essa hist...