Amor em campo [RENATO GAÚCHO]

7

Renato

Chego em casa, guardo as chaves do e a carteira, vou direto pro banheiro tomar banho e tirar essa areia do meu corpo. Enquanto lavo meu cabelo, me lembro do sorriso da doutora cada vez que pontuamos enquanto jogavamos, a maneira que ela sempre vinha comemorar me abracando e com um grande sorriso no rosto, aquilo apertou meu coração, pude jurar que era uma infarto, melhor que fosse mesmo, eu não posso me apaixonar pela doutora, tenho que tirar ela da minha mente.

Termino meu banho, visto uma bermuda e uma camisa, então penso em pedir algo pra jantar mas logo a campainha toca, abro a porta e é a Carol.

_Oi paizinho. -Ela entra já me abraçando, como se não tivesse me visto hoje.

_Oi meu amor, veio conhecer meu ap? - Pergunto e lhe dou um beijo no topo da cabeça.

_Ah sim pai e eu vim jantar contigo. Vai jantar o que hoje? -Ela pergunta e não me surpreende em nada, sempre com fome.

_Eu tava pensando em pedir uma pizza hoje. Que tal? -Pergunto sabendo que ela não vai negar.

_Eu topo. -Ela diz empolgada.

_ Então eu quero de pepperoni  e você meu bem? - Pergunto já com o aplicativo aberto.

_Frango com catupiry. -Ela diz e eu peço .

Ela me ajuda a montar a mesa e logo a pizza chega, desço pra ir buscar, volto com a pizza, nos servimos e eu abro uma garrafa de vinho.

_Então pai, até quando você fica aqui? -Ela pergunta antes de dar uma garfada.

_ Até passar a data fifa, então provávelmente mês que vem. Porque? Já tá querendo se livrar de mim é? - Pergunto me fingindo de ofendido.

_Claro que não pai, eu só queria saber, achei que ia demorar mesmo que você  até comprou um apartamento aqui. -Ela diz

_Sim, eu não queria ir pra tua casa e tirar tua privacidade, pois tenho certeza que você já tá acostumada a morar sozinha com aquele monte de cachorro.  -Digo isso porque ela tem 4 cachorros.

_ Entendi pai, isso é uma indireta? Pra quando eu for pra Porto Alegre é? -Ela diz me olhando de canto de olho.

_Claro que não, Carolina. Tu entendeu. -Eu digo.

_Entendi pai, só tava gastando você.  -Ela diz.

_ A come quieta aí vai. -Digo e ela ri.

Então vamos pra sala assistir algo. E ela ainda vai fazer pipoca, essa menina tem um buraco negro no lugar do estômago, não é possível.

_Tu come em Carol? Pra onde que vai tanta comida assim minha filha. -Digo quando ela volta com uma vasilha enorme de pipoca.

_Ah pai sempre cabe uma pipoquinha. E amanhã eu gasto tudo na academia. Se você acha que eu como muito é porque você não vi a Elisa, nossa aquela garota come mais que eu e todo o teu time e comissão técnica juntos e ainda consegue se menter gostosa indo apenas 2 vezes por semana na academia. -A Carol fala e como sempre a doutora dando um jeito de aparecer nos meus pensamentos.

_ Ainda bem que vocês trabalham e ganham bem, pra alimentar essa fome que vocês tem . -Digo e ela ri e volta a atenção pro filme.

_ Então pai, por falar em Elisa...-Ela começa e eu já fico nervoso e encho a boca de pipoca. _Calma, pai. Vai devagar pra não engasgar. -Ela diz e eu assinto.

_ Então como eu ia dizendo, o que tá rolando com a Elisa? -Ela pergunta assim na lata e eu me engasgo, como ela disse e então ela vai rápido na cozinha buscar um copo de água pra mim, eu bebo e me recupero.

_ Rolando? O que? Com a Elisa? O que? Do quê que tu tá falando? -Pergunto e bebo água.

_ A pai você sabe do que eu tô falando, se não soubesse não estaria tão nervoso. -Ela diz, e merda, porque eu tô tão nervoso?

_Eu nervoso? Eu não tô nervoso. - Digo e bebo mais água.

_Tá nervoso sim pai, agora fala o quê que tá rolando entrr você e a Elisa? -Ela pergunta.

_ Nada, Carol.  Não tem nada rolando com a Elisa, nem com ninguém. -Digo e término de beber minha água.

_ A pai por favor, até o Téo percebeu que rolou um clima entre vocês lá praia hoje e sempre que vocês se encontram rola uma faísca entre vocês.  -Ela diz e eu custo a acreditar que tá tão na cara assim.

_ Que clima? Que faísca? Para com isso Carolina. Tu tá fantasiando coisas na tua cabeça e tua amiga pode não gostar disso. -Digo sério.

_ A pai admite logo, o que tá acontecendo? É por minha causa, porque se for, saiba que não tem problema, vocês iam ficar lindo juntos... -Ela diz e eu não posso deixar de dar um sorrisinho com isso mas logo me recomponho.

_ Por favor Carolina, já chega. - Digo e ela para.

_ Tá bom, eu paro. -Ela diz levantando as mãos em rendição.

Então continuamos assistindo o filme mas minha cabeça já tá longe daqui, fico pensando em tudo que a Carolina me disse. Será que eu tô deixando tudo tão óbvio? Será que todo mundo percebeu? Não, não pode ser. Eu não posso continuar agindo como um adolescente, eu simplesmente não posso me envolver com uma mulher que tem idade pra ser minha filha, isso seria loucura.

O filme termina e a Carol vai pra casa dela. Vou pro banheiro e escovo os dentes.

Vou pro quarto e me deito e não consigo parar de pensar na probabilidade de algum dia estar com a doutora e de tê-la em meus braços. Rolo na cama de um lado pro outro mas finalmente consigo dormir.

{ _Por favor, Renato, quero que por um momento você esqueça de tudo e todos e apenas me beije. -A doutora pede e eu imediatamente a encosto na parede e a beijo, com todo meu desejo. 

Agarro sua cintura puxando-a mais pra mim e ela passa seus braços em volta de meu pescoço, passando as mãos por meus cabelos grisalhos.

Enquanto nossas linguas travam uma batalha envolvente, em nossas bocas, então lhe dou um selinho, seguro em sua nuca e distribuo beijos, pelo seu pescoço e pelo seu colo, até chegar em seus seios onde aperto forte com a minha mão que estava livre.

Volto a beijar a boca da doutora que por sua vez desliza suas mãos pelo meu peito e barriga, até chegar no meu pau, que me faz soltar um gemido rouco...}

Então eu acordo, desse sonho com a doutora, olho pra baixo e como esperado, tô de pau duro. Me levanto e vou até a cozinha beber uma água gelada. Volto pro quarto e me deito e logo adormeço.

Ai ai esse Renato tá muito safado😏😂😂